Selecção Portuguesa de Futebol: O FIM

Bernard Lama (Guiné) Marcel Desailly (Guiné) Lilian Thuram (Guadalupe) Patrick Vieira (Senegal) Youri Djorkaeff (Registado em França mas é rabibi) Zinedine Zidane (Argélia) Christian Karembeu (Nova Caledónia) Só aqui estão 7 jogadores, quase todos eles titulares da selecção francesa, que foram Campeões da Europa e do Mundo, fora aqueles que foram registados em França mas não nasceram lá (como o Djorkaeff). Se quisermos pegar noutros exemplos, a Dinamarca de 92 tinha 10 jogadores que actuavam fora do seu país, o Brasil de 2002 tinha 12 e a França de 2006 tinha 13! Isto não fez com que estas selecções deixassem de ganhar e muito menos de festejar com o orgulho que sentiam pela camisola que vestiam e não me acredito que seja esse o nosso problema. Até porque hoje, cada vez mais e devido à globalização de que falas, um jogador de futebol está mais que habituado a suar qualquer camisola que seja. Não quero com isto dizer que sou a favor na utilização de jogadores naturalizados na selecção, bem pelo contrário. Acho que há casos claros de jogadores que fizeram toda uma carreira desportiva, desde as camadas jovens, em Portugal e consideram-se portugueses (caso de Bosingwa, por exemplo) e, depois, há as excepções por motivos óbvios. Caso de Deco, por exemplo, desde muito novo em Portugal, perfeitamente identificado com a nossa cultura e que veio colmatar uma lacuna evidente no plantel. Já Pepe, e muito menos Liedson, acho que não faz grande sentido... A não ser que Pepe fique definitivamente como o trinco que falta a Portugal e deixe a retaguarda para os centrais portugueses de primeira linha mundial. De qualquer das formas, quer-me parecer que o problema da selecção tem haver única e siplesmente com uma questão: LIDERANÇA. Quando houver um verdadeiro líder que reúna um grupo de miúdos habituados a todas as mordomias e os motive para vir do seu majestoso lar no estrangeiro e das meninas que poderia estar a mimar durante a pausa no campeonato para o Estádio de Braga jogar com uma equipa com a Albânia... aí talvez tenhamos Selecção. Aí talvez tenhamos uma equipa de craques que saiba jogar em conjunto e se manhe para ganhar um jogo nem que seja a feijões. Como já tivemos a espaços, por muito que me custe admitir, com o cepo do Scolari. Abraço, JC

e considero-me inteiramente português, e vivo em França desde 27 anos, desde que nasci. Uma pessoa é da nacionalidade que quer, da nacionalidade que quer representar. Que me interessa do lugar onde nasceu? Xenofobia começa nestas coisas que parecem sem interesse, mas pode acabar muito longe, os exemplos não faltam. A sociedade é assim feita hoje em dia e acho muito bem que seja assim. Se para o autor do artigo a seleção ja néao existe, é porque os jornais, a V e nos proprios as vezes, fazemos deles uns 'Deuses' e depois eles perdem o contacto com a realidade e pensam que os nomes ganham jogos... Tambem temos as nossas culpas!

VEM AÍ! APOSTO PARA A PRIMEIRA CAPA EM LILIANA QUEIROZ! E VOCES? E QUEM GOSTARIAM DE VER NAS PROXIMAS 11 CAPAS?

E em que te baseias ao afirmar que um luso-descendente ou até um jogador naturalizado tem menos amor à camisola do que um jogador português?! É um preconceito que julgo que já devia ter sido ultrapassado em pleno séc. XXI... Eu acho que começa a ser preocupante o facto de não ver a garra e a pujança que a Selecção nos tem habituado nos últimos jogos, mas não acho que tenha a ver com estes jogadores que referes. Desde que o jogador seja uma mais-valia para a Selecção e traga qualidade ao nosso jogo, não me interessa se nasceu no Brasil ou tem pai etíope. Está ali para dar o seu melhor, para ajudar Portugal e é isso que mais interessa. Não nos podemos comportar como Hitler e "apurar a raça portuguesa" em todos os jogadores da Selecção. E mais, se esses jogadores ESCOLHEM representar Portugal, acho que não é de todo correcto duvidar da sua entrega e vontade em representar o nosso país.