Visivelmente incomodados com os assobios de que foram alvo em Leiria, no encontro frente à Arménia, os jogadores da equipa portuguesa pedem agora apoio para a próxima partida com a Finlândia. Recorde-se que Ricardo Quaresma e Simão foram alguns dos atletas mais assobiados, sendo que nem o capitão, Cristiano Ronaldo, escapou à fúria dos adeptos presentes. O jogador do Manchester United revelou-se bastante descontente com esta atitude, afirmando ter sido a primeira vez, em cinco anos, que era assobiado pelos seus próprios adeptos. «Se jogarmos mal e ganharmos, eu prefiro isso do que jogar bem e não conseguir ganhar», advogou no final do encontro, acrescentando: «Estamos em Portugal, já sabemos que os portugueses são assim. Eu jogo há cinco anos em Inglaterra e nunca fui assobiado, mesmo jogando mal. É a mentalidade, temos de viver com isto mas é claro que é triste».
Já o lateral esquerdo do Boavista, Jorge Ribeiro, salientou que «os portugueses devem estar com a Selecção», apesar de reconhecer que os jogadores têm de «respeitar os assobios» e que a equipa não entrou bem no jogo de Sábado com a Arménia, valorizando, no entanto, a conquista dos três pontos.

O jogador pediu «ajuda» às «pessoas do Norte» no apoio à Selecção Nacional no decisivo confronto com a Finlândia. «Peço ao público que ajude a equipa. As pessoas do Norte, principalmente, vão fazer isso», assegurou, explicando os motivos de tanta certeza: «Eu sei disso porque jogo no Norte».

Manuel Fernandes desvalorizou por completo a atitude dos adeptos. «Todos os elementos que estão aqui actuam em grandes clubes. Se ligassem aos assobios, pura e simplesmente não jogavam. Deixávamos todos de jogar à bola», afirmou.


Maniche também considerou normal haver pessoas descontentes nas bancadas, justificando: «As pessoas estão habituadas a ver-nos jogar bem e quando isso não acontece, reclamam».

Gilberto Madaíl preferiu não se alargar muito no assunto, afirmando apenas: «Cada um manifesta-se como quer, todos têm esse direito... Quando Cristiano Ronaldo disse que não estava habituado a assobios, também disse o que pensava».

O presidente da Federação preferiu aproveitar a ocasião para pedir entusiasmo ao público que assistirá, no Porto, ao encontro decisivo diante da Finlândia. «O importante é que o público apoie a sua Selecção no Dragão».

Imagens: Lusa