Rui Jorge ft Paulo BentoAfinal que mudanças aconteceram com a chegada destes senhores? Essas mudanças foram úteis? |
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02 de Outubro de 2011, às 19:21 |
Depois de algum tempo de ausência do Relvado, volto com um artigo no qual proponho aos relvas uma análise das seleções AA e sub-21 desde que Paulo Bento e Rui Jorge assumiram o comando, quero que avaliem o trabalho destes dois senhores ao serviço da nação.
Afinal que mudanças aconteceram com a chegada destes senhores? Essas mudanças foram úteis? Qual o balaço que a seleção deve fazer em relação a eles?
Na minha opinião o balanço é muito positivo e nem se mancha com o caso Ricardo Carvalho.
Avaliemos primeiro o percurso de Paulo Bento: chegou numa altura em que a seleção tinha um ponto em dois jogos e desde então, nos quatros jogos oficiais que disputou a seleção ganhou todos, marcou 11 golos e sofreu dois. Bento coloca assim Portugal no topo do seu grupo de apuramento. Os números não mentem, por muito que não se goste de Paulo Bento os resultados estão à vista mas eu vou mais longe na análise positiva que faço da sua liderança.
Desde a sua chegada Portugal passou a ser uma equipa com identidade, uma equipa que baseia o seu jogo na posse de bola e nas transições ofensivas que, não sendo rápidas, são quase sempre, pelo menos enquanto Portugal não está em vantagem, objetivas e com os olhos na baliza contrária.
Paulo Bento criou um grupo sólido, quase um onze base que conhece em todos os setores homens de lugar não cativo mas seguro enquanto houver empenho e tempo de jogo nos seus clubes. Também aqui Paulo Bento tem sido muito coerente nas suas escolhas (à exceção do caso Nuno Gomes/João Tomás): um dos seus critérios tem sido, invariavelmente e, quanto a mim, corretamente a rodagem que os jogadores têm nas suas equipas. É dentro deste critério que Paulo Bento convoca jogadores como Castro, Paulo Machado entre outros e não convocava (porque acho que vai começar a convocar) por exemplo, Bosingwa.
Está assim explicada a minha opinião sobre Paulo Bento e agora vou passar a Rui Jorge: quando Rui Jorge chegou à seleção fiquei muito contente por duas razões: primeiro pela qualidade no trabalho com jovens que mostrara no Belenenses, (na altura muitos dos seus pupilos como Mano, Fredy ou André Almeida foram aproveitados para a equipa principal); e depois porque, sendo um homem da confiança do Paulo Bento pensei que pudesse implementar na seleção algo que faltara com Queiroz e Scolari: um modelo de jogo único nas seleções que facilitasse a transição para a seleção AA.
É apoiado nestes dois argumentos (na minha opinião confirmaram-se) que avalio positivamente também Rui Jorge que até, aproveitando agora uma seleção de sub-20 motivadíssima e alguns dos jogadores que já estavam familiarizados com os seus métodos, pode criar uma geração com bons valores dos quais destacaria Rui Fonte, Pedro Mendes, Nuno Reis, Danilo e Nélson Oliveira.
E vocês, relvas? O que pensam sobre isto?
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Seleccionadores - avaliação deve ser por resultados
Enviado por dragao13 a 03 de Outubro de 2011, às 12:29.Na minha opinião, o trabalho dos seleccionadores deve ser avaliado pelos resultados que obtém. É por isso que me aprece um pouco precoce a avaliação proposta, antes de se saber o que cada um deles alcançou. Assim, mais do que uma avaliação, que deve ser baseada em factos, vou dar uma opnião pessoal.
Confesso que não tenho boa impressão de Paulo Bento. Enquanto treinador do Sporting sempre me pareceu um técnico com opções sempre pouco ambiciosas e nada brilhante a ler o jogo. Por outro lado, também me deu sempre a sensação de ter alguma falta de tacto para lidar com os jogadores criando amiúde problemas que se afiguravam evitáveis desde que houvesse o bom senso necessário e o treinador os antecipasse para poder evitar. Paulo Bento, sempre muito teimoso, em vez de os antecipar para evitar, precipitava-os!
Na selecção está a cumprir o mesmo trajecto! Teimoso, levado a teimosia até para além dos limites, tem opções tecnico-tácticas muito discutíveis, mas o seu pior é que, após uma fase inicial em que tudo eram rosas, começa agora a criar problemas de relacionamento com os jogadores sendo o mais evidente o caso de Ricardo Carvalho, um jogador de conduta exemplar até agora, mas sentindo-se outros como por exemplo com Bosingwa que embirrou em não chamar apesar de estar a jogar no Chelsea (e bem!) e de a diferença de qualidade para as alternativas ser abissal! Outras escolhas estão a ser vistas cada vez mais como estranhas e são fruto de uma maneira de ser complicada´.
Quanto a Rui Jorge, acompanhei mal o trabalho no Belenenses e creio que merece o lugar. O resto terá de ser visto nas próximas partidas!