Passeio tranquilo deu para chegar aos cinco (crónica)

Portugal venceu o Luxemburgo por 5-0, no último jogo de preparação antes do compromisso oficial com o Chipre. Um triunfo tranquilo, em que não foi preciso forçar muito. Tal como se previa...

Paulo Bento reservou algumas surpresas para o onze, com Ricardo Carvalho, Raul Meireles e Nani a ficarem no banco, entrando de início Bruno Alves, André Santos e Danny, respetivamente. Na baliza, Rui Patrício foi titular na seleção A pela segunda vez na carreira, relegando Eduardo (e Quim) para o banco. Local onde também estava  Nuno Gomes, que mesmo sem entrar, foi muito aplaudido pelos adeptos.

A primeira ocasião surgiu dos pés de Danny, aos 8 minutos, com um remate muito perigoso que passou a rasar o poste esquerdo da baliza e Joubert. Mas os luxemburgueses, atrevidos, responderam por Schnell, num desvio subtil que quase surpreendeu Rui Patrício. Acabaria por ser a única oportunidade de golo dos visitantes.

O jogo desenrolava-se num ritmo lento, como é normal nestas partidas particulares, ainda para mais em fase inicial de temporada... Até que Ronaldo entrou na área em grande velocidade e pareceu ter sido derrubado pelo guardião luxemburguês. Mas na sequência do golo, Postiga marcou, através de um belo chapéu. Nos lances em que há penálti não existe lei da vantagem. Ou seja, o árbitro espanhol terá considerado que não houve falta...

O golo foi mesmo uma exceção no marasmo de uma primeira parte disputada a (muito) baixa velocidade, com exceção de algumas "arrancadas" de Ronaldo e João Pereira.

Até que, em cima do intervalo, voltou a aparecer Ronaldo, na fantástica execução de um livre direto, após falta sofrida por ele própria. O craque do Real Madrid não marcava pela seleção há seis meses.

Hugo Almeida diz presente

No recomeço, Paulo Bento fez quatro substituições, com Ricardo Carvalho, Raul Meireles, Nani e Hugo Almeida a renderem, respetivamente, Pepe, Moutinho, Ronaldo e Postiga.

A segunda parte começou como acabou a primeira: com Portugal a marcar, desta vez por Fábio Coentrão, que se estreou a faturar pela seleção de forma improvável: com um belo cabeceamento, desviando excelente cruzamento de João Pereira (belas exibições dos dois laterais).

Mas o melhor momento da noite foi sem dúvida o golo de Hugo Almeida: rematou sem preparação aos 58' e a bola foi ao ângulo da baliza luxemburguesa. Pouco depois, o ponta-de-lança do Besiktas bisou, mostrando a Paulo Bento que também poderá ser opção para o onze.

A segunda parte foi bastante parecida com a primeira: superioridade lusa quase total, sem forçar muito. A questão era apenas saber quantas bolas entrariam na baliza de Joubert.

Foram cinco... Mas poderiam ter sido mais. Na retina ficou fabulosa jogada individual de Coentrão, concluída com remate de trivela que bateu no poste.

Ao cair do pano, Rui Patrício lá teve finalmente de sujar o equipamento, desviando de forma espetacular um belo remate de fora da área. Mas a notícia da noite foi mesmo o primeiro cartão amarelo visto por Bruno Alves na seleção nacional ao...42º jogo efetuado.