Portugal-Espanha: Desvantagem lusa, mas só 2 derrotas em 50 anos | Relvado

Portugal-Espanha: Desvantagem lusa, mas só 2 derrotas em 50 anos

 

A seleção portuguesa de futebol tem um balanço muito negativo frente à Espanha, com escassas 7 vitórias em 36 jogos, mas só perdeu duas vezes nos últimos 50 anos.

Depois do desaire em Madrid por 1-0 a 13 de abril de 1958, num particular decidido por Alfredo Di Stefano, Portugal apenas caiu, e com estrondo, a 06 de setembro de 2003, em Guimarães (0-3), e no recente embate dos oitavos de final do Mundial de 2010 (0-1), na Cidade do Cabo.

Neste último meio século, os empates têm dominado (seis), mas Portugal soma mais um triunfo do que os espanhóis (três contra dois), sendo que conseguiu estar invicto entre 1958 e 2003 (oito jogos).

Os dois primeiros triunfos, neste período, foram ambos conseguidos nas Antas, no Porto, a 15 de novembro de 1964 (2-1), frente à então campeã europeia em título, graças a um “bis” de Eusébio, e a 20 de junho de 1981 (2-0), com tentos, nos últimos cinco minutos, de Nené e Nogueira.

Na que é ainda a única vitória em sete jogos oficiais, Portugal voltou a bater os espanhóis no último jogo da fase de grupos do Euro2004, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, onde o “herói” foi o suplente Nuno Gomes.

O jogador “encarnado” entrou ao intervalo para o lugar de Pauleta e bateu Casillas com um colocado remate de fora da área, selando a obrigatória vitória lusa – à Espanha bastava o empate –, aos 57 minutos.

Depois desse encontro, disputado a 20 de junho de 2004, Portugal e Espanha estiveram mais de seis anos sem se defrontarem, até ao jogo dos oitavos de final do Mundial2010 (29 de junho), que os espanhóis venceram por 1-0, graças um tento de David Villa, rumo ao título.

Ao cair na Cidade do Cabo, a formação das “quinas” sofreu, nas contas lusas, o 17.º desaire com a Espanha, que, assim, reforçou a sua vantagem no confronto direto, uma vez que só consentiu sete desaires.

A vantagem espanhola deve-se, sobretudo, aos confrontos ocorridos entre os anos 20 e 50 do século passado: em 25 jogos, ganharam 15, um deles por 9-0 (11 de março de 1934), cedendo apenas seis empates e quatro derrotas.

Na contagem espanhola, os jogos não são 36, mas apenas 33, já que não são considerados dois (vitórias lusas por 2-1 e 1-0) nos anos 30, em plena Guerra Civil espanhola, e outro em 1927, em que a Espanha venceu por 2-0, mas com a equipa “B” – no mesmo dia a principal perdeu 2-0 em Itália.

Ainda assim, Portugal surge na lista da “selección española” no primeiro lugar, com 33 jogos, sendo que a formação das “quinas” é a seleção frente à qual a Espanha soma mais vitórias (16) e golos marcados (72).

Na contabilidade lusa, a Espanha é, igualmente, o adversário que a seleção portuguesa mais vezes defrontou, em vésperas de um 37.º “duelo” - 34.º nas contas espanholas -, quarta feira, no Estádio da Luz, em Lisboa.

- Os 36 jogos com Portugal:

Nº Data Adversário Local Carácter

------------------------------------------------------------

001 18/12/21 Espanha (F), 1-3 Madrid Particular

(Alcantara 2, Meana/ Alberto Augusto)

002 17/12/22 Espanha (C), 1-2 Lisboa Particular

(Jaime Gonçalves/ Monjardin 2)

003 16/12/23 Espanha (F), 0-3 Sevilha Particular

(Zabala 3)

004 17/05/25 Espanha (C), 0-2 Lisboa Particular

(Oscar, Carmelo)

011 29/05/27 Espanha (F), 0-2 Madrid Particular (a)

(Oscar, Valderrama)

012 08/01/28 Espanha (C), 2-2 Lisboa Particular

(José Manuel Martins, João dos Santos/ Zaldua, Goiburu)

019 17/03/29 Espanha (F), 0-5 Sevilha Particular

(Martinho pb, Rubio 2, Triana, Padron)

025 30/11/30 Espanha (C), 0-1 Porto Particular

(Peña)

030 02/04/33 Espanha (F), 0-3 Vigo Particular

(Larrinaga, Regueiro, Elicegui)

031 11/03/34 Espanha (F), 0-9 Madrid Mundial

(Langara 5, Ventoira 2, Regueiro 2)

032 18/03/34 Espanha (C), 1-2 Lisboa Mundial

(Vítor Silva/ Langara 2)

033 05/05/35 Espanha (C), 3-3 Lisboa Particular

("Pinga" 2, Manuel Soeiro/ Ventoira, Langara, Gorostiza)

036 28/11/37 Espanha (F), 2-1 Vigo Particular (b)

(Gellart/ Artur de Sousa "Pinga", Alfredo Valadas)

038 30/01/38 Espanha (C), 1-0 Lisboa Particular (b)

(Artur de Sousa "Pinga)

044 12/01/41 Espanha (C), 2-2 Lisboa Particular

(Fernando Peyroteo, Carlos Pereira/ Campanal, Escola)

045 16/03/41 Espanha (F), 1-5 Bilbau Particular

(Herrerita 2, Epi, Campanal, Campos/ Artur de Sousa "Pinga")

047 11/03/45 Espanha (C), 2-2 Lisboa Particular

(Fernando Peyroteo 2/ César, Epi)

048 06/05/45 Espanha (F), 2-4 Corunha Particular

(Zarra 3, César/ Fernando Peyroteo 2)

053 26/01/47 Espanha (C), 4-1 Lisboa Particular

(António Araújo 2, José Travaços 2/ Iriondo)

058 21/03/48 Espanha (F), 0-2 Madrid Particular

(César, Gainza)

061 20/03/49 Espanha (C), 1-1 Lisboa Particular

(Fernando Peyroteo/ Zarra)

064 02/04/50 Espanha (F), 1-5 Madrid Mundial

(Zarra, Basora, Panizo 2, Molowni/ Fernando Cabrita)

065 09/04/50 Espanha (C), 2-2 Lisboa Mundial

(José Travaços, Jesus Correia/ Zarra, Gainza)

088 03/06/56 Espanha (C), 3-1 Lisboa Particular

(Francisco Palmeira 3/ Peiró)

097 13/04/58 Espanha (F), 0-1 Madrid Particular

(Alfredo Di Stefano)

126 15/11/64 Espanha (C), 2-1 Porto Particular

(Eusébio 2/ Fuste)

209 26/09/79 Espanha (F), 1-1 Vigo Particular

(Dani/ Tamagnini Nené)

221 20/06/81 Espanha (C), 2-0 Porto Particular

(Tamagnini Nené, António Nogueira)

245 17/06/84 Espanha (N), 1-1 Marselha, Fra Europeu

(António Sousa/ Santillana)

292 16/01/91 Espanha (F), 1-1 Castellon Particular

(Moya/ Oceano Cruz)

301 15/01/92 Espanha (C), 0-0 Torres Novas Particular

319 19/01/94 Espanha (F), 2-2 Vigo Particular

(Júlio Salinas, Juanele/ Oceano Cruz, Lopez pb)

394 13/02/02 Espanha (F), 1-1 Barcelona Particular

(Fernando Morientes/ Jorge Costa)

412 06/09/03 Espanha (C), 0-3 Guimarães Particular

(Joseba Etxeberria, Joaquin, Diego Tristan)

424 20/06/04 Espanha (N), 1-0 Lisboa Europeu

(Nuno Gomes)

504 29/06/10 Espanha (N), 0-1 Cidade Cabo Mundial

(David Villa)

(a) - A Espanha não reconhece esse jogo como sendo da sua equipa principal, que no mesmo dia perdeu em Itália por 2-0, já que se apresentou com uma equipa "B".

(b) - Jogos não reconhecidos pela FIFA, e também pela Espanha, devido à Guerra Civíl espanhola.

BALANÇO (x) J V E D GOLOS

Oficiais 7 1 2 4 6-20

Particulares 29 6 10 13 34-55

Casa 17 5 7 5 26-25

Fora 16 1 4 11 12-48

Campo Neutro 3 1 1 1 2-2

TOTAL: 36 7 12 17 40-75

(x) - Números respeitantes a Portugal.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Foto: FIFA

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Como este relvado está pela hora da morte...

Fica aqui uma lição de vida... sem parágrafos para não gastar papel!!! PARA MEDITAR

Uma experiência socialista... em 1931.

Um professor de economia da universidade Texas Tech disse que
raramente chumbava um aluno, mas tinha, uma vez, chumbado uma turma
inteira.

Esta turma em particular tinha insistido que o socialismo realmente
funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria
igualitário e "justo".

O professor então disse, "Ok, vamos fazer uma experiência socialista
nesta classe.
Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas dos exames."

Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma e,
portanto seriam "justas".
Isto quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou
que ninguém chumbaria.
Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores...

Logo que a média dos primeiros exames foi calculada, todos receberam 12 valores.

Quem estudou com dedicação ficou indignado, pois achou que merecia
mais, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o
resultado!

Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda
menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma.

Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que também
eles se deviam aproveitar da media das notas.

Portanto, agindo contra os seus princípios, eles copiaram os hábitos
dos preguiçosos.
O resultado, a segunda média dos testes foi 10.
Ninguém gostou.

Depois do terceiro teste, a média geral foi um 5.

As notas nunca mais voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças
entre os alunos, procura de culpados e palavrões passaram a fazer
parte da atmosfera das aulas daquela turma.
A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das
reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer
parte daquela turma.

No fim de contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar os outros.
Portanto, todos os alunos chumbaram...
Para sua total surpresa.

O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque
ela era baseada no menor esforço possível da parte de seus
participantes.

Preguiça e mágoas foi o seu resultado.
Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência
tinha começado.
"Quando a recompensa é grande", disse, o professor, "o esforço pelo
sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.
Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos
outros sem o seu consentimento para dar a outros que não lutaram por
elas, então o fracasso é inevitável."

O pensamento abaixo foi escrito em 1931.

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de leis que punem
os ricos pela sua prosperidade.
Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa tem de
trabalhar recebendo menos.
O governo só pode dar a alguém aquilo que tira de outro alguém.
Quando metade da população descobre de que não precisa de trabalhar,
pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra
metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a
primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Adrian Rogers, 1931