Falhas defensivas ditaram derrota lusa (crónica) | Relvado

Falhas defensivas ditaram derrota lusa (crónica)

Portugal atacou muito, até teve uma grande penalidade a seu favor, mas falhou. Turcos foram mais efi
 

Abriu com sorrisos, incentivos e festa; terminou com rostos fechados, assobios e desilusão. Portugal foi derrotado pela Turquia por 1-3 no último jogo amigável antes do arranque do Europeu 2012.

No onze inicial de Paulo Bento, destaque para a estreia de Miguel Lopes ao serviço da seleção nacional, ficando assim João Pereira no banco de suplentes. Miguel Veloso e Hugo Almeida também foram titulares.

Ritmo e vontade desde início - Ao contrário do que aconteceu no duelo com a Macedónia, as oportunidades não demoraram a surgir. Logo aos 24 segundos Ronaldo isolou-se na esquerda, cruzou para Hugo Almeida e este cabeceou por cima. Um livre de Ronaldo, de longe, obrigou Demirel a uma defesa complicada, antes de Coentrão arrancar pela esquerda e cruzar para Hugo Almeida, que voltou a atirar por cima, mas estava em posição irregular.

Os turcos não viajaram até Lisboa só para defender e, num contra ataque rápido após perda de bola perigosa por parte dos portugueses, Yilmaz apareceu isolado perante Rui Patrício mas o remate saiu fraco e o guarda-redes defendeu.

Seguiram-se novas oportunidades junto da baliza turca. Almeida por pouco não chegou a um cruzamento e Moutinho rematou de fora da área, à figura de Demirel.

Ao contrário do que aconteceu contra a Macedónia, o ritmo estava nitidamente intenso. Portugal começou "a todo o gás", a pressionar praticamente no campo todo e, talvez embalado pelos mais de 60 mil espetadores presentes no Estádio da Luz, com clara vontade de marcar cedo.

Lesões acalmaram a partida - O ritmo foi elevado no primeiro quarto de hora, até que apareceram as lesões. Demirel caiu e levou a uma paragem de vários minutos. Depois Fábio Coentrão queixou-se muito, o que silenciou as bancadas durante largos momentos; tudo bem com o lateral. Nani também se queixaria logo a seguir, mas levantou-se rapidamente.

E Portugal quebrou. A velocidade deixou de ser a mesma, a bola deixou de estar quase sempre a rondar a área adversária, circulando agora mais pelo meio campo, dividida entre as duas equipas.

Curiosamente, foi nesta fase de algum aborrecimento que foi criada a oportunidade mais clara de golo: num pontapé de canto, desvio de Pepe para Hugo Almeida, que de cabeça enviou a bola à barra. A Turquia não gostou e, na resposta, um livre de Altintop - de muito longe mas muito bem cobrado - enviou a bola ao poste esquerdo da baliza de Rui Patrício.

Turquia inaugura o marcador - Aos 34 minutos o primeiro golo do jogo. Marcado pela equipa que menos tinha feito para o merecer. Jogada do lado esquerdo, Miguel Lopes e Pepe não conseguiram impedir o cruzamento, Bruno Alves travou um adversário e deixou caminho livre para Rui Patrício agarrar, o guarda-redes não saiu da baliza, ao segundo poste Fábio Coentrão deixou-se antecipar... No meio de tanta hesitação, Umut Bulut foi mais rápido e eficaz. Encostou para o 0-1, de baliza aberta.

Ronaldo vezes três - Portugal tentou empatar ainda antes do intervalo, com Ronaldo em dose tripla. Primeiro, passou para Hugo Almeida que, em frente a Demirel, em vez de rematar preferiu passar ao lado e a jogada terminou mal. Segundo, protagonizou uma finta fenomenal sobre Altintop, mas depois rematou a bola em direção... à linha lateral. Fez o que muitos "artistas" portugueses fazem: um gesto brilhante, complicando depois em vez de fazer o mais óbvio e eficaz. Terceiro, o jogador do Real Madrid tentou aproveitar um passe muito bom de Moutinho, enviou a bola pelo meio das pernas de Demirel, mas o guardião adversário desviou para canto.

Golo turco a abrir a segunda parte - Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e a segunda parte iniciou praticamente com novo golo turco. Miguel Veloso fez um passe errado em zona defensiva - não foi o primeiro - e Bulut rematou de imediato de fora da área, dobrando a vantagem forasteira.

Assobios... e golo de Portugal - Chegavam os assobios. O alvo chamado Hugo Almeida já havia sido escolhido na primeira parte, agora eram também para Miguel Veloso e, talvez, para a equipa no geral. Indiferente aos protestos, Nani marcou. Aos 56 minutos, jogada muito rápida e bem construída, começando por Veloso, passando por Coentrão, Ronaldo e que finalizou com um remate cruzado e rasteiro do extremo do Manchester United, fazendo o 1-2.

Grande penalidade desperdiçada - Mesmo a perder, os jogadores lusos continuavam a tentar atacar com perigo. Logo a seguir, num canto, Bruno Alves teve espaço para cabecear à vontade, mas a bola saiu ao lado. E a vontade portuguesa ficou provada aos 63 minutos quando, após uma boa combinação no lado direito, Miguel Lopes foi derrubado por Emre dentro da grande área. Seria o empate, se Ronaldo não tivesse desperdiçado o penálti. Demirel defendeu.

Começou pouco depois a "dança" das substituições. Do lado português, Paulo Bento colocou em campo Custódio (outro estreante), Ricardo Costa, Eduardo e Nélson Oliveira. Saíram Miguel Veloso, Bruno Alves, Rui Patrício e Hugo Almeida - este muito assobiado. Mais tarde, já perto do final, entraram Ricardo Quaresma e Hélder Postiga para os lugares de Miguel Lopes e Raul Meireles.

Desequilibrados, mas ganharam - Nos últimos 20 minutos a Turquia era já uma equipa desequilibrada. Praticamente não atacava, limitava-se a defender quase sempre dentro do seu meio campo e fazia muitos passes errados. Depois de um "tiro" de Ronaldo à figura, Ricardo Costa apareceu ao segundo poste para, com o joelho, tentar marcar, mas Demirel desviou para fora.

No entanto, o desequilíbrio espalhou-se para os lados portugueses. Nova falha defensiva, com uma dose importante de clara infelicidade, ditaram o terceiro golo turco. Cruzamento do lado direito, Eduardo desviou a bola contra os pés de Pepe, sobrou para Ricardo Costa, que atirou contra Pepe... e a bola entrou. Os turcos nem precisaram de tocar na bola naqueles segundos para estabelecerem o 1-3 final.

Notas positivas e negativas - Positivas: na defesa Pepe marcou sempre presença de forma positiva e nota de destaque para Miguel Lopes, que esteve muito bem na sua estreia; sem temer o "peso" da camisola apareceu muitas vezes, e com nível, no ataque, cumprindo quase sempre as tarefas defensivas. 

Miguel Veloso merece um misto de nota positiva e negativa, já que não esteve muito bem na construção de jogo (originou até o segundo golo turco), mas apareceu muito bem posicionado na defesa, impedindo muitas jogadas contrárias. Raul Meireles foi o melhor médio, o mais ativo e mais inconformado.

Nani foi dos que mais tentou o golo na segunda parte, chegou mesmo a marcar, mas esteve quase desaparecido no primeiro tempo. Ronaldo também tentou, criou perigo várias vezes, mas aquela grande penalidade... Hugo Almeida foi provavelmente o "jogador menos" da equipa. Não se deve falhar tantas oportunidades.

Venha a Alemanha - Tal como aconteceu com a Macedónia, Portugal não venceu. Desta vez perdeu mesmo. Agora segue-se a Alemanha e já não vai ser "a feijões". Dois jogos, um empate e uma derrota - não são desfechos animadores, mas também ninguém começa a perder um Europeu antes do mesmo começar.

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Comentários [4]

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normal, quem jogo com B.Alves, Miguel Lopes, Veloso e H.Almeida

não pode aspirar a mais!! Ver o assassino alves é como ver um filme do tarantino, passas da comédia ao horror muito rápido, nem percebes bem o que está a acontecer, o Miguel Lopes coitado nem sabe bem o que anda lá a fazer, o Veloso ..... é o Veloso e o Paulo Bento é o pai da criança, H. Almeida é um avançado que frente à baliza na cara do guarda redes olha para o lado... e isso diz tudo de um avançado... acho que o postiga precisa de companhia no banco para jogar mikado.

Tenho dito

Vamos lá de charrete, com festas e com folgas, para ganharmos o europeu.

Que nojo

Preferia que tivessem sido eliminados.

Vamos ser o bombo da festa.

Menes, a selecçom bai bir num

Menes, a selecçom bai bir num instante de volta a casa. ben-vinda