Cristiano Ronaldo: Portugal não o valoriza, diz Jesus

O jogador mais bem pago do mundo,ter de ir ouvir vuvuzelas a toda a hora,os assaltos ser noticia de ordem,ter d ficar no hotel nas folgas,saber que a boa da russa anda aos beijos a outra,que queriam que o rapaz fizesse?e claro k foi um sacrificio pra ele ter d ir com a seleccao,a partida sabia bem k nada ganharia,e portanto quanto mais tempo la tivesse so aumentava a sua dor,aposto k antes do jogo ja ele tinha o iate marcado d novo,para ir com a bela irina

Há muito, muito tempo, fomos grandes, fomos muito grandes, fomos globais, fomos universais. Sempre que existe necessidade, referimos o nosso passado repleto de conquistas e descobertas, mencionamos História e Geografia e apelamos à emoção, à paixão e à saudade. Dizemos o nome de Reis, Guerreiros e Navegadores, contamos os lugares por onde passamos e defendemos que sempre tivemos grandes líderes e enormes comandantes. Depois, reportamo-nos à actualidade e atribuímos culpas e maleitas à modernidade, à nostalgia, ao fado, aos vizinhos, a todo o Mundo, menos a nós mesmos. Temos falta de líderes de qualidade, dizem as vozes que bradam aos céus. Precisamos de ideias novas, de gente nova, de visões e formas de estar novas. Queremos milagres e salvações a vulso, vindas por magia do acto individual de um qualquer ser supremo, que nos irá salvar a todos das memórias do presente e atirar de novo para os sucessos do passado. No fundo, procuramos desculpas para os nossos fracassos e responsáveis por todos os insucessos de um povo que decidiu parar no tempo, sonhando com revoluções, evoluções e vidinhas pacatas e descomprometidas. Não há liderança, não há quem nos salve, não há quem nos faça encontrar o rumo. Esquecemos que o País não é só lendas, nem belas histórias com finais felizes e rodriguinhos bem desenhados, por gente que sempre sentiu na pele o verdadeiro carma de se ser Português. Somos hoje pioneiros na desgraça e no descrédito de tudo o que é Nacional e é desta forma irresponsável e insensata que nos unimos ao consumismo antropófago de produções importadas, de um outro país qualquer bastante superior ao nosso. Fazemos comparações a despropósito, dizemos que lá é que é bom, e seguimos as nossas vidinhas de queixinhas, sempre com o enervante sentimento de inferioridade que tão bem caracteriza a nossa sociedade. Esquecemos que o País não é um Governo, não é um Chefe Supremo, mas sim todos nós. Esquecemos que cada um de nós é responsável pelos destinos da nação tal e qual somos responsáveis pelo futuro dos nossos filhos. A união faz a força e não a forca e numa época em que todos deveríamos caminhar lado a lado e perseguir os mesmos objectivos, esquecemos uns dos outros fazendo nossos inimigos aqueles que deveriam ser a nossa força, o nosso apoio. Não precisamos de líderes supremos e magníficos mas sim de objectivos e destinos comuns. Precisamos de todos e que todos precisem uns dos outros. Só assim apagamos o esquecimento e a mesquinhez, a depressão e a mania da perseguição. Pessoalmente estou farto de me esquecer que só eu sou responsável pelas minhas opções, pelos meus fracassos, mas lembro-me sempre com orgulho e vaidade que sou eu quem controla os meus sucessos e os meus contentamentos. É assim que me revejo neste país de tão poucos brandos costumes. Sem culpa nos insucessos mas sempre orgulhoso nas vitórias, que são só minhas e de mais ninguém. O resto, serão apenas mitos para contar mais tarde no calor de uma qualquer fogueira de vaidades, mais ou menos fictícia, mais ou menos imaginária.

Com Jesus não se ia para lá jogar à defesa, era certo. É que este pelo menos tem noção das capacidades dos nossos jogadores, que são muitas. Queiroz é que pensa pequeno, e julga-nos inferiores, mas não somos e temos uma grande selecção que só não foi mais longe por incompetência do seleccionador.