Portugal volta a saber o que é perder

Portugal iniciou com uma derrota o apuramento para a fase final do Mundial 2018. A derrota por 2-0 na Suíça, nesta quarta-feira, poderá deixar os campeões europeus com contas complicadas por fazer, daqui a uns tempos. Dois anos depois de ter chegado, agora Fernando Santos sabe o que é perder em jogos oficiais, enquanto selecionador de Portugal.

A seleção portuguesa começou melhor. Não criou oportunidades claras de golo mas dominava na posse de bola, impunha o ritmo que queria e atacava mais. Mas a Suíça marcou duas vezes, antes da meia hora. O primeiro golo, apontado por Embolo, na recarga de um livre. O segundo foi sobretudo resultado de facilidades defensivas cedidas por Portugal: espaço a mais na esquerda e ao centro, William parado a olhar para Mehmedi, que agradeceu e fez o 2-0. Raphaël Guerreiro, num remate desviado, poderia ter reduzido; não teve sorte.

João Mário e André Silva entraram para a segunda parte, mas não resultou. A seleção lusa voltou a atacar mais, a Suíça encolheu-se, mas tal como na primeira parte Nani falhava os passes decisivos na área ou arredores, João Mário passou a imitá-lo e André Silva não acertou nesta estreia em encontros oficiais. Quando apareciam espaços para remates, estes iam quase sempre para "as nuvens". Com isto, não houve uma abundância de situações de golo. Uma tentativa de Bernardo Silva, outra de José Fonte e um cabeceamento de Nani ao poste, foram reações ténues.

E os suíços ganharam. Não é que a Suíça tenha sido claramente superior a Portugal. Não foi. Mas foi mais eficaz e marcou dois golos num espaço de tempo curto, que definiram o desfecho do duelo. Aí, Portugal falhou ao ceder espaços ao adversário; e falhou no ataque, onde não houve a precisão e a velocidade exigidas.