A posse de Cavaco (com bola) | Relvado
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Ainda sob os ecos de Braga, das considerações p

 

As perversões das máquinas político-partidárias são conhecidas, como as dúvidas sobre a origem dos financiamentos, mas há uma coisa que a democracia consente, num plano de indiscutível relevo: as várias facções, à esquerda e à direita, podem dizer o que quiserem, esteja em causa o presidente da República, o primeiro-ministro, o procurador-geral ou qualquer alto dignatário da Nação. Ninguém está acima da crítica e as regras são claras para todos.

Cavaco Silva disse que ‘o País vive uma situação de emergência social’. Basta olhar para o número crescente de desempregados, para a precariedade no emprego, para os índices económicos, para a pobreza e a exclusão social.

 

Pode existir até a noção geral de que se fala ‘apenas’ de factualidades. Isso não invalida o argumento de que -- em nome da estabilidade -- não se devem atirar os factos para a praça pública, como se fossem pedras arremessadas. Porventura a estabilidade constrói-se em cima da mentira?

No futebol, não escamoteando o défice democrático que só permite às ‘minorias’ ou ‘oposições’ terem alguma possibilidade de manifestar as suas ideias em tempo de eleições (também elas muito condicionadas!), há um conjunto de sound bytes que fazem as delícias das cliques e das claques, pode existir a sede da querela e do conflito, presentes em tudo o que é competição, mas sobre o peso específico da soma das partes deveria prevalecer o ‘interesse nacional’ ou, no caso da bola indígena, o ‘interesse do futebol português’, na sua globalidade, acima dos emblemas e da sua representatividade.

 

A República tem um Presidente, que pode ser contestado pelos partidos por dizer a verdade.

A indústria do Futebol não tem um mas dois presidentes (profissionais), mas, para além das posições manifestadas por cada clube; mesmo existindo a convicção de que há desvios graves de comportamento; estádios vazios; bilhetes caros; falta de qualidade no jogo; fenómenos de crescente violência; tamponamento no futebol de formação; crises financeiras no limite e cenários de falência técnica; falta de regras para empréstimos e uma profunda ineficácia no sector da Arbitragem (reprimida pelos ditames da FIFA e da UEFA, que estrangulam qualquer tentativa de quebra de paradigma), ninguém tem a coragem de dizer que ‘o rei vai nu’. Em nome da estabilidade e das verdades... convenientes.

 

Taxonomia: 
Rui Santos

no desporto tal como na politica

Pois é senhor Rui santos, o presidente da républica é criticado e atacado por dizer a verdade, no futebol os seus principais responsáveis não fazem o mesmo, infelizmente. Aliás, fazem precisamente o contrário, quando alguém como por exemplo um jornalista ou comentador desportivo como o senhor dizem as verdades eles pôem-se do lado daqueles que defendem o imobilismo e a mentira, talvez com medo de perder protagonismo ou mesmo as suas posições. Dizer a verdade em Portugal trás muitos problemas, muitos inimigos e é precisa muita coragem. Por isso mesmo espero que o senhor nunca perca a coragem e continue a defender as suas ideias sem se submeter e ceder a pressões e influências, como tem feito até aqui. Hà muito poucos jornalistas verdadeiramente independentes. Bem aja!

Que tacho!!

Que tacho!!!!

lol

lol

Xiiii ...

... já se mistura politica a futebol ! Estamos perdidos !

Só pelo simples facto de estarmos a misturar alhos e bugalhos, pois tal como refere, mas não cumpre, decididamente: "política e futebol não se devem misturar!!!", pelo facto de nem o presidente da república ter moral para dizer que isto está mal, pois é dos politicos em Portugal que mais responsabilidades teve no seu passado e presente, nos destinos deste país e ao estado em que ele chegou (mas que muitos querem que se esqueça!!!) , nem podemos apontar o dedo à nudez do "rei do futebol", pois nem sabemos quem manda afinal no futebol português, é o presidente da FPF ? ... é o presidente da Liga de Futebol Profissinal ? ... é o Secretário de Estado do Desporto ? ... é o presidente do Conselho de Arbitragem da Liga ? ... ou será o Presidente da Comissão Disciplinar da Liga ?! Já chega é de apelar à verdade podre ? Porque já se viu que a verdade de uns, não o é para outros !

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