Quo Vadis, FC Porto? | Relvado

Quo Vadis, FC Porto?

A forma como esta época, desde o seu início, foi planeada e gerida suscita grandes dúvidas.
 

Para onde vai o FC Porto? Esta é uma questão muito precoce nesta altura. É um facto que na presidência de Pinto da Costa estas situações de crise profunda, de planeamento colapsado e de administração desportiva incompetente, aconteceram somente três ou quatro vezes nesses 32 anos. É verdade que essas crises nunca duraram mais do que a transição de uma para outra época e, sobretudo, serviram para cerrar fileiras, enfrentar o touro pelos cornos e dar início a mais um leque de anos de grandes êxitos desportivos. Desta vez como irá ser? – Quo Vadis, FC Porto?

A Europa está em crise, o nosso País pior ainda, e Pinto da Costa tem hoje 77 anos. Será que ainda mantém acesa toda a chama e todo o fogo que inflamaram as hostes portistas e os grupos de trabalho durante todos esses anos? Terá, ainda, a mesma clarividência e a mesma capacidade? Usufrui, ainda, do respeito e vassalagem dos seus colegas de administração? Terá, ainda, os mesmos apoios financeiros, que lhe permitiram gerir confortavelmente a instituição e os planteis desportivos?

A forma como esta época, desde o seu início, foi planeada e gerida suscita grandes dúvidas e não permite uma confiança inequívoca na resolução desta hecatombe desportiva, e não a adjetivo apenas nos resultados, pois as exibições foram muito piores. Pinto da Costa foi o esteio e garante de todos os grandes êxitos do FCP, ao institucionalizar uma mística, uma crença e uma vontade inquebrantável, na estrutura e nos grupos de trabalho do FC Porto. A ele devemos todos os êxitos alcançados, inimagináveis há 33 anos.

Na minha opinião, Pinto da Costa não percebe muito do futebol jogado. A forma estrutural e transversal de praticar futebol apoiado, envolvente e ambicioso, introduzida por Pedroto e rentabilizada por Artur Jorge, Carlos Alberto Silva, Robson, Oliveira, Mourinho e Villas-Boas, é absolutamente incompatível com a permanência de Fernando Santos por 3 anos, e com a continuidade de Jesualdo Ferreira por 4 anos – ambos foram destruidores dessas raízes e dessa vocação – assim como a conservação por 2 anos de Vítor Pereira, que tendo emergido no FC Porto como adjunto de Villas-Boas, cedo mostrou ser discípulo do futebol medíocre e temeroso de Jesualdo Ferreira.

A contratação de Paulo Fonseca e a ascensão de Luís Castro, sem se perceber muito bem do que seriam capazes, abriram um buraco profundo nos objetivos vitoriosos, agravando por demais as assimetrias e conflitualidades estruturais do plantel. Deixar fugir Jorge Jesus e, mais tarde, Lima (quando sabia que iria vender Hulk) para o Benfica e deixar fugir Leonardo Jardim para o Sporting é a prova de que não entende como a bola se joga no relvado. Quando Pinto da Costa apregoou aos quatro ventos que Paredes, essa aberração de jogador, autêntico tamanqueiro, que, verdade seja dita, tinha alma até Almeida mas que só sabia dar charutadas para a bancada, era o único jogador do FCP inegociável e invendável, atestou aí a sua incompreensão com a sensibilidade do jogo jogado.

Existem assombrações para as quais não estamos habilitados entendê-las, mas que muito bem poderiam ter sido o clique para os dias de escuridão que assolam o Dragão até hoje. Assistir a uma exibição extraordinária de Fucile, na Supertaça, contra o Vitória de Guimarães, e vê-lo ser ostracizado e espezinhado nas suas legítimas ambições, quando reconhecidamente era a ÚNICA alternativa ou complementaridade, viável e com provas dadas, aos dois habituais laterais, Danilo e Alex Sandro, foi perceber a eminência do terramoto, que iria fazer ruir todas as ambições e objetivos delineados. Um Fucile integrado e disponível, permitiria a procura e implementação de alternativas mais sólidas e consolidadas para os problemas do meio-campo e da capacidade de transição defesa-ataque, como poderiam ser Danilo ou Alex Sandro como médios ala. Mas, sobretudo, permitiria uma melhor coesão do grupo de trabalho.

É um facto que essa coesão é constantemente posta em causa no atual FC Porto, ao ser implementada uma estratégia de aquisição de jovens talentos e, ao mesmo tempo, permitir que treinadores de estratagemas medíocres e temerosas não lhes concedam oportunidades credíveis (ser titular durante 3 a 4 jogos e integrar os treinos seletivos da provável equipa) para demonstrarem se as suas capacidades são, ou não são, compatíveis com as ambições e objetivos do clube. Sentir o preconceito de ser jovem e sentir a discriminação, relativamente a jogadores medíocres que constantemente têm oportunidades e constantemente estão envolvidos em derrotas e exibições deprimentes, em nada contribui para um forte espírito de grupo, nem para uma entrega apaixonada aos treinos, que para eles, cada vez mais tem significado nenhum. Deve ser desesperante um jovem talento ser convocado, não sair do banco, ver constantemente a equipa perder e produzir futebol miserável, ver que nada acontece com os titulares que são sempre vulgaríssimos, e, para o jogo seguinte, ser ele, esse jovem talento, a sofrer a desconvocação. Isto é surreal e demonstrativo da capacidade miserabilista desses treinadores.

As pessoas não aprendem nem atinam com as experiências passadas. Alan, com Jesualdo, no FC Porto, era como o Kelvin é hoje. Um proscrito, um mal-amado a quem não lhe eram dadas oportunidades. Tal como o jovem de hoje – de quem, aliás, o FCP tem mostrado não ter merecido a sua genialidade e o campeonato oferecido na época passada – Alan só jogava cinco minutos, de dois em dois meses, quando a equipa estava já sufocada pela mediocridade das suas exibições. Em Braga, como titular indiscutível, Alan mostrou-se como um dos importantes jogadores europeus, um dos mais capazes líderes, desequilibradores e concretizadores do nosso futebol, com enormes responsabilidades nas épocas douradas do SC Braga. Será possível que, em Itália, haja clubes dispostos a pagar 15 a 20 milhões de euros por Iturbe, outro dos proscritos e outro produto mal acabado da mediocridade e da incompetência dos treinadores do FC Porto? Parece que é…

E como fica a credibilidade desses treinadores do FC Porto? Já alguém se questionou sobre quantos multicampeões, campeões europeus e campeões de tudo e mais alguma coisa se afirmaram como titulares do FC Porto, quando ainda eram jovens talentos? Alguém recorda a sua idade, nessa altura? 17 anos: Gomes, Oliveira e Rodolfo. 18 anos: Domingos, Futre, Jaime Magalhães e Zé Beto. 19 anos: João Pinto, Postiga, Semedo e Vítor Baia. 20 anos: Seninho. E vêm agora estes treinadores de meia-tigela e de laboratório advogar e proclamar, lá do alto das suas mediocridades, a necessidade que os jovens talentos têm de adaptação e crescimento sustentado. Como se o futebol não fosse arte e criatividade, não fosse velocidade da mente e da execução. Como se o futebol dos talentos não fosse ir para além do imaginável e do momento. Que sortes tiveram Messi e Cristiano Ronaldo, por não terem passado pelas mãos de Jesualdo Ferreira, Vítor Pereira, Paulo Fonseca e Luís Castro, pois seriam proscritos, cerceados nas suas ambições e no desenvolvimento da sua arte e da sua criatividade.

O FC Porto necessita de um treinador muito ambicioso, que corra sempre atrás dos golos e das vitórias, que nunca ajude os adversários, quando moribundos, a reerguerem-se e a acreditarem na reviravolta. O FC Porto precisa de um treinador que entenda que os adeptos não querem só resultados, mas que perceba que os adeptos desejam alegria, espetáculo e ambição desmedida, em todas as situações e em todos os relvados. O FC Porto necessita de um treinador com forte personalidade e inteligência, que não permita desvarios inconsequentes, faltas, amarelos e expulsões desnecessários, sempre auto penalizadores, inibidores da fluidez e castradores dos reais objetivos. O FC Porto precisa de um treinador que imponha o culto da inteligência, em todos os momentos de um jogo. O FC Porto necessita de um treinador sem preconceitos e sem tabus para com os jovens talentos e que, sobretudo, saiba, e queira, acelerar e desenvolver as suas aptidões e criatividade, dentro de um contexto competitivo – nunca numa conjuntura de treino sem horizonte.

E existem esses treinadores? Claro que existem. Jorge Jesus e Leonardo Jardim são disso óbvios exemplos. Acredito que Marco Silva possa também reunir esses predicados. Agora, por favor, não regressem ao local do crime: Fernando Santos e Jesualdo Ferreira não reúnem essas prerrogativas, indispensáveis à revolução que o futuro das equipas representativas do futebol do FC Porto exige.

FC Porto:

Comentários [18]

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Quo Vadis, FC Porto? De CANDEIAS às avessas.

Candeias, tal como Vieirinha e Paulo Machado, são produtos da formação do FCP, potenciais jovens talentos, a quem Jesualdo (sempre Jesualdo) não soube fazer crescer e a quem não quis dar as oportunidades necessárias à sua evolução. Candeias, aos 26 anos, vai para o Benfica e, de certeza, que não irá para apanha-bolas. É uma escolha de Jorge Jesus, que, geralmente, não se engana e que sabe potenciar, de que maneira, os jogadores com interessante capacidade técnica. Candeias, que também é muito rápido, vai crescer imenso e, tenho a certeza, que será uma mais valia para o Benfica. Se Gaitan ou Sálvio saírem, Jorge Jesus irá fazer com que Candeias ensombre a memória dos argentinos. Neste triste final de época, era esta uma das notícias que eu dispensaria conhecer. Pinto da Costa andou ao tiro ao boneco ao Benfica, sem grande nexo e sem grande proveito, só para aziar os benfiquistas. Agora, eles não se andam a divertir, querem crescer e amadurecer ainda mais as suas prerrogativas. Continuo a perguntar, Quo Vadis, FC Porto?

Professor "Bitaites", obrigado, até sempre!

"Dura lex, sed lex". É a lei da vida e, quanto a isso, nada podemos fazer. Resta-nos recordar a boa disposição e "fair-play" do "Professor" Hernâni Gonçalves. Como portistas, muito temos que agradecer a este Homem, sempre disponível para acorrer às solicitações do nosso clube. Campeão várias vezes como Preparador Físico ou Treinador Adjunto. No FCP trabalhou com, entre outros, Pedroto e António Oliveira. Condolências à sua família.

Quo vadis FC Porto? Bem,

Quo vadis FC Porto?

Bem, observando atentamente o passado, pode-se prever o futuro:

1988/89 Chicotada de Quinito. Temporada 1989/90 regresso de Artur Jorge, FC Porto Campeão, revolução do Plantel com gente nova da Formação, Baia, Domingos, Semedo, Coutos entre outros.

1993/94 Chicotada de Ivic na sua 2ª passagem no FC Porto. Temporada 1994/95 com Robson o FC Porto recupera o Campeonato e enceta o Penta!

2001/02 Chicotada de Octavio. Temporada 2002/03 com Mourinho Campeonato recuperado, 2 T Europeias, 1 triplete, e 2 Campeonatos!

2009/10 O 3º lugar com Jesualdo, época penosa, apesar de Jesualdo ter conquistado o Tri. Em 2010/11 Campeonato recuperado, 2º triplete, e o inicio do Tri Campeonato!

Relativamente á gestão de Pinto da Costa, sempre apreciei e valorizei mais quando o fez com principios de frugalidade, e houve alguns momentos. Supostamente a frugalidade será seguida na proxima temporada, investimento em jovens Portugueses, ou jovens estrangeiros dos Campeonatos da Holanda e Bélgica, será esse o mercado preferencial do FC Porto na próxima temporada!

Treinador? Tenho um feeling, estrangeiro, se for Português, acredito e tenho uma forte convicção que Fernando Santos será o eleito, pessoalmente não me agrada, em Portugal gostaria da ambição e do arrojo de Marco Silva!

Em 32 anos de legado de Pinto da Costa, já este cometeu muitos erros? Com certeza que sim, mas proporcionalmente superou largamente esses erros. Pinto da Costa não percebe de Futebol? Primeira vez que leio tal coisa. Porque sabe tanto de Futebol, e como empresário foi um logro? Porque o guru de PdC não foi o Amorim, ou o Belmiro, mas sim José Maria Pedroto!

Nota final. Eu sei, nós sabemos são 77 anos, e o lugar de chairman neste momento de transição seria o mais ajustado para o Presidente, tal como acontece nas grandes Companhias, sem contudo desperdiçar o seu Know-how!

Nas temporadas do FC Porto

Nas temporadas do FC Porto penosas e com chicotadas omite a "ressaca" Mourinho:

2004/05 Fernandez apesar de ter conquistado a Intercontinental, foi despedido. Em 2005/06, Campeonato recuperado com o disciplinador Adriaanse, e é o começo do Tetra!

Quo Vados, FC Porto?

A "ressaca" de Mourinho faz parte das 3 ou 4 graves crises de que falei. Fernandez nem sequer foi o 1º treinador escolhido. Essa temporada, a nível de pré-época, foi um inferno a que ninguém poderia resistir.
Aliás, os grande proveitos do FC Porto aconteceram sempre com treinadores que previligiaram o futebol apoiado e, contraditoriamente, a objetividade, criatividade e fluidez e envolvência atacante.

Grande artigo, e o melhor elogio é que... li tudo...

Embora não concorde com o defeito apontado a Jesualdo de não apostar nos jovens, porque se existe coisa que ele fez bem no Porto, foi potenciá-los... ainda assim, o futebol apresentado, tens razão era muito linear e temeroso...

Em relação a Pinto da Costa, é como tudo, ele perceber de futebol percebe, a questão fundamental, é que com tantas vitórias e com a falta de concorrência da 1ª década deste século começou a dar menor importância à escolha de treinador, e concordo que fez dois erros tremendos e históricos, que foi a não contratação de Jesus e de jardim, quando estes se optariam logo pelo Porto... isso são erros que se pagam caros... e sim, com 77 anos ele já não é o que era...

De resto, tens razão na maior parte das coisas que disseste...

Cpts.

Quo Vadis, FC Porto?

Que jovens potenciou Jesualdo? Que proveitos tirou ele da criatividade e genealidade dos seus jogadores. Ele sempre explorou as componentes físicas de alguns seus jogadores, para lhe garantir a fiabilidade do seu jogo temeroso e de marcha-à-ré, com aproveitamento do contra-pé.

Hulk foi um jogador que chegou ao Porto com tudo para aprender

e não aprendeu de um ano para o outro, na época em que foi suspenso ele estava a complicar mais do que a ajudar, e foi Jesualdo que teve grande paciência para lhe explicar que não podia ir sempre para cima do jogador adversário, que teria algumas vezes que jogar de costas para a baliza e fazer tabelas, e o trabalho foi tão bem feito que Hulk passou até a ser um jogador com capacidade de jogar a ponta de lança (perdendo muita da sua capacidade)... Bruno Alves e Pepe também foram lapidados por Jesualdo Ferrreira... Fernando foi o máximo exemplo da capacidade de Jesualdo em apostar e trabalhar os putos, numa altura em que tinha Bolati que tinha custado uma pipa de massa um ano antes, em que tinha mais um outro jogador, Jesualdo apostou num puto que tinha feito uma época razoável no Estrela da Amadora, e que muita gente pensava que o Porto o iria emprestar... transformou aquele impetuoso jogador, num monstro tático defensivo... Lisandro Lopez, outro jogador, que chega ao Porto jovem, faz uma primeira época sem revelar ser grande mais-valia, e Jesualdo tranforma-o num falso extremo de grande valia... e depois, existem vários exemplos, como aquele tipo do Setúbal que veio para o Porto e saiu logo por 15M€... foi aposta imediata... tens Álvaro Pereira chegado e potenciado logo de seguida... tens vários exemplos na gestão de Jesualdo de jogadores que tiveram fácil e rápida adaptação, e muitos eram jovens e foram de imediato aposta...

Cpts.

Quo Vadis, FC Porto?

Realmente Jesualdo potenciou alguns jovens, mas só aqueles que poderiam sobressair pelas suas capacidades físicas, quer em termos de força como em termos de velocidade, porque, o seu futebol medíocre e medroso, tinha absoluta dependência desses atributos físicos. A sua incapacidade para impor um futebol criativo, de pressão alta e ataque envolvente e de grande qualidade de passe, obrigou-o a apostar em jogadores fortes e velozes, em detrimento da criatividade e da classe. Alan é um exemplo de um enorme jogador, tecnicamente evoluído, rápido e de futebol filigrana que Jesualdo ignorou e ostracizou. Como ele, outros, de índole semelhante, passaram o mesmo calvário. Hulk esteve duas épocas com Jesualdo e serviu para explorar o contra-ataque e tirar dividendos da sua explosão e velocidade. Mas HulK, o enorme Hulk, de André Villas Boas, em termos técnicos, capacidade desequilibradora e qualidade de assistências, pouco ou nada tinha a ver com o Hulk de Jesualdo. Aliás, Sapunaru, Álvaro Pereira, Belluschi, Guarin, Falcao e Varela – até o próprio Fernando – em termos criativos, técnicos e de maturação coletiva, atingiram uma tal qualidade com André Villas Boas, que nunca a tinham conseguido demonstrar com Jesualdo. Jesus herdou uma equipa de pernetas do Quique Flores e mostrou que alguns desses pernetas, afinal, eram talento puro, génios. É a isso que eu chamo potenciar jovens talentos. O mesmo fez André Villas Boas, com alguns jogadores vindos de Jesualdo. Isso de Jesualdo potenciar jovens talentos é mito. Para mim, talentos são jogadores de enorme criatividade e técnica sublime e não jogadores de força omnipresente e velocidade incomum. É verdade que quando encontramos talentos, que também sejam fortes e rápidos, o sonho não tem fim. Foi o talento que nos permitiu festejar 1987 e 2004 ... e que nos permitiu aquele minuto angelical e irrepetível, que fez ajoelhar Jesus.

Alan do Porto, não é o Alan do Braga...

o problema de Alan sempre foi a definição final da jogada, nesse caso, ele até era possante, forte e muito rápido, um pouco à imagem do jogador que tu dizes (e eu até concordo) que Jesualdo gostava de ter, o problema é que se agora ele centra maravilhosamente bem e coloca a bola onde quer, na altura do Marítimo e do Porto, os centros dele eram pouco mais que patéticos, e tentava sempre completar a jogada até ao fim com excessivo individualismo... no Guimarães foi esse tipo de jogador... é somente no Braga que começa, talvez até por perder um bocado a velocidade, a aperfeiçoar a definição da jogada, os centros e a inteligência de jogo...

Em relação a Hulk, AVB também não teve o condão de fazer o Hulk, foi Jesuado que comeu os ossos, e deixou a carne para AVB... o Hulk quando chega ao Porto era só finta e remate, ele não sabia nada de futebol, foi Jesualdo que lhe deu lições várias do que é jogar futebol, temporizar, aguentar, jogar de costas para a baliza, passar e fazer tabela em vez de ir contra o defesa... e claro, não retiro o mérito à capacidade de AVB dar um jogo à equipa mais colectivo e mais forte... tu falas de Guarin, mas Guarin passou também ele tempo a ser aperfeiçoado por Jesualdo e no fim desse campeonato, o grande Guarin apareceu ainda com Jesualdo Ferreira...

Atenção, eu não digo que não tenhas a tua razão, nem digo que AVB não tenha elevado o nível do Porto, só digo que AVB herda um plantel na idade já dourada de muitos dos seus melhores jgoadores, com alguma experiência do futebol e do clube, e com enorme talento... e isso também se deve ao bom trabalho de Jesualdo... agora, também concordo que Jesualdo foi apenas um bom treinador que por lá passou, com méritos e deméritos...

Cpts.

Ah, a nostalgia :)

Ainda me lembro da espuma no canto da boca que a maioria dos adeptos do FCP tinha por ver o JF a meter o Fernando a trinco. Ninguém dava nada pelo polvo :)

Eu, por acaso, fui um dos que já na altura fiquei chateado, é

que tínhamos contratado um jogador por bastante dinheiro a quem ainda não tínhamos dado uma única oportunidade que era Bolati, e tu sabes como é que eu sou com o dinheiro... mas, depois de ver Fernando jogar a trinco, o brasileiro ou português :), ganhou de imediato um fã...

Por isso, é que eu te digo, um POrto forte, pode estar em jogadores sem nome e pescados em Portugal...

...

"um POrto forte, pode estar em jogadores sem nome e pescados em Portugal..."

Esse foi o FCP dos anos 80. Isso agora é para o Braga ou para um SCP em reconstrução e com poucos meios financeiros. O FCP tem de ter jogadores à altura dos seus pergaminhos, jogadores já feitos ou prestes a explodir. O ano passado havia o Ghilas, este ano tens quem? Os que me chamaram mais a atenção foram o Gahzal para trinco e talvez o Marçal ou o Djavan possam entrar nas contas para suplentes do Alex Sandro . O Evandro,,o Gomma e o Rafa deram nas vistas, mas é uma posição super-povoada no FCP...

Paulo Ferreira, Derlei, Nuno Valente,

Pedro Mendes... tudo contratações de uma só época, época essa bem enfiada no século XXI, época essa que acabou com o Porto a ganhar a Taça UEFA e a criar bases para ganhar a Liga dos Campeões...

Como eu te disse, o Porto não precisa de muitos reforços para o ano, precisa é de acertar neles...

Se vender Alex Sandro ou mesmo só para ter alternativa, Djavan é um jogador com características muito similares, alto, domina o jogo aéreo, não é lento, e tem boa técnica... Gahzal parece-me um bom jogador, e mesmo que não resulte em grande estilo, fará uma boa alternativa a Mikel se este explodir para o ano... depois, tens Rafa que é um extremo que o Porto precisa muito, aquele extremo que cola ao meio com facilidade e ainda por cima, como o Porto joga tradicionalmente com 2 8s, organiza jogo como um 10 avançado, ainda por cima é rápido... Tiba é uma excelente alternativa para a posição 8, tem pulmão que não acaba...

No Braga então, toda a sua frente de ataque, interessa aos clubes grandes, o romeno, era um jogador que eu via com muito bons olhos no Porto, mas Eder também... Rafa já falei, mas Pardo, não sendo um titular do Porto, era um jogador que faz falta ao Porto porque é explosivo...

Claro está, que tudo isto terá que ser feito sem fundamentalismos, e alguns jogadores de fora terão que ser contratados, mas não precisamos de tantos jgoadores como parece...

Aliás, eu já te disse como um clube deve ser gerido: 2 guarda redes, o 3º terá que vir da equipa B; 3 defesas laterais, o 4º terá que vir da equipa B; 4 defesas centrais, o 4º terá que vir da B; 2 trincos, 4 meio campistas 8s com ações complementares sendo que para outras alterantivas recorre-se à B; 3 extremos sendo que o 4º vem da B, 2 pontas de lança sendo que o 3º vem da B... isto obrigava-te a trabalhar bem em conjunto com a B, a aproveitar sem fundamentalismos o que de bom existe no clube...

é que viste o PortoB-BenficaB? Como é que é possível, Pedro Moreira que até não tem talento pra ser jogador de um grande, mas revela aquele querer, termina a época sem jogar na A? COmo é que Kayembé, com a falta de explosão que existe na equipa A do Porto, não fez sequer um jogo como suplente, sendo um jogador que não compromete defensivamente a equipa, ou seja, porquê tantas hipóteses num Licá, que não tem metade da velocidade de Kayembé, que é do mesmo estilo e não metade da técnica, joga tanto e Kayembé nem uma oportunidade tem? Como é que, Ricardo não jogou mais a defesa direito? COmo é que Vitor Garcia não foi mais vezes chamado? Como é que Mikel, principalmente este, não foi chamado?

O que eu defendo é o modelo Barça, pe. Nolito nunca foi jogador para o Barça, mas como entrava motivado numa estrutura de jogo forte, ele era alternativa, os clubes não precisam de ter 25 jogadores de grande categoria e capacidade para terem alternativas, podem jogar com as expectativas dos jogadores...

Ps. Desculpa alongar-me...

...

infelizmente estava fora e não pude ver esse jogo :s

Pá, a gestão das equipas B do SLB e FCP não é neste momento a ideal porque há excesso nas A. E meter esses jogadores que referiste era tapar elementos da A que se calhar o FCP quer ter na montra para despachar...Excepto o Mikel, não sei se é tão bom quanto os portistas dizem, mas estando a saída do Fernando quase certa acho que era muito lógico o puto ter calçado algumas vezes.

Compravas a frente de ataque do SCBraga? Cuidado, eles tiveram boa imprensa mas não demonstraram assim tanto!

Repara eu não disse, que Pardo era jogador para titular do Porto

mas, é um jogador como Alan, Cristian Rodriguez, Varela a dada altura, etc... que o Porto sempre teve como suplentes capazes de entrar... em relação a Rafa, parece-me um talento puro, e muito facilmente adaptável ao estilo Porto, porque como te disse, como não há lugar para um 10 claro, é bom ter um 10 como extremo que compense, um pouco à imagem de James, contudo, neste caso menos talentoso no passe, mas mais rápido e explosivo... o ponta de lança romeno, digo-te que era uma excelente contratação também não para titular, mas para suplente... ou seja, para o ano, se o Porto apostar em Ghilas, ficavas com um ponta de lança móvel, e o romeno é um ponta de lança mais à imagem de Martinez, joga muito bem de costas para a baliza, e ainda tinhas o Paciências a evoluir... ou seja, na falta de dinheiro, ficavas com um leque de opções diferentes para vários estilos de jogo...

Podes acrescentar o Sami do

Podes acrescentar o Sami do Maritimo e o G Redes Ricardo ambos a custo 0!

...

Também já ouvi o nome do Ricardo para o Benfica :)

O Sami parece-me outro Licá\Hugo Vieira, não sei se tem estaleca para um FCP. Jogador de contra-ataque puro. Mas lá está, desconheço o seu nível de passe-recepção que é das características que tem de ser TOP em equipas grandes para um jogador almejar algo mais que ser um 3º suplente.