Vítor Baía: «A Selecção perdeu mais do que eu»

Vítor Baía, antigo guarda-redes da Selecção e actual dirigente do FC Porto, assumiu, em entrevista ao sítio oficial na Internet da FIFA, que continua amargurado com a opção de Luiz Felipe Scolari em não o convocar para representar a equipa portuguesa. «Na minha opinião, nenhum país pode atrever-se a não chamar o melhor guarda-redes da Europa, mas foi isso que aconteceu comigo», afirmou, acrescentando: «Olhando para trás, acredito sinceramente que a Selecção perdeu mais do que eu».
O internacional português assumiu mesmo que, a par das quatro operações ao joelho, o afastamento da Selecção Nacional por parte de Scolari foi um dos momentos mais tristes da sua longa carreira.

«Fiz 80 jogos por Portugal mas depois do Mundial de 2002 fui afastado da equipa do senhor Scolari sem qualquer explicação», considera, lembrando: «Foi um pouco estranho porque tinha sido eleito o melhor guarda-redes de 2003/2004. Poucos dias depois de terem sido anunciados os convocados para o Euro2004, sagrei-me campeão nacional e venci a Liga dos Campeões. Mesmo assim, não fui chamado».

Vítor Baía refere ainda as quatro operações ao joelho como outro dos momentos mais amargos da sua carreira de 20 anos, durante os quais conquistou 30 títulos, ao serviço de FC Porto e Barcelona. «Fui submetido a quatro operações ao joelho, que me obrigaram a dois anos de paragem. Cheguei a pensar que a minha carreira tinha acabado, mas tive a capacidade de recuperar. Esse período ajudou-me a encarar as coisas de uma perspectiva diferente», revelou.

No total, e apesar de alguns dissabores, o actual dirigente do FC Porto sublinha que teve uma carreira «brilhante».

Imagem: Lusa