O que fazer com Hulk? | Relvado

O que fazer com Hulk?

 

Com o castigo de 4 meses aplicado pela Comissão Disciplinar há uma desvalorização enorme do jogador brasileiro e por isso as perguntas acima têm todo o sentido de serem feitas. Só uma venda ou um empréstimo poderão salvar parte do investimento feito pelo clube...Está aberto o debate.CR9

FC Porto:

Comentários [80]

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Re: Hulk?Não se preocupem...

A frase da época até ao momento foi esta: "Os árbitros este ano não têm beneficiado nada" Burro Alves Ou então esta: "Vamos fazer um campeonato sem derrotas" Raul Meioreles

Re: Hulk?Não se preocupem...

hummm.... cada um interpreta como quer... e por isso não me admira que interpretes assim, à má fé... deixa lá... é mais forte que tu...

A chama imensa

Vamos contar mentiras Por ricardo araújo pereira HÁ duas alturas em que uma equipa consegue fazer uma época mítica. Uma é quando os seus jogadores praticam bom futebol, despacham os adversários com goleadas, enchem os estádios. Outra é quando os seus adeptos se entretêm a inventar mitos. Na impossibilidade de verem a sua equipa cumprir os requisitos da primeira, há colunistas que se vêem forçados a optar pela segunda. É o caso de Miguel Sousa Tavares. A sua última crónica era um soberbo monumento de mistificação. Dizia ele sobre o Benfica: «[n]o último campeonato ganho, o do Trapattoni, (…) nos últimos dez jogos todos os golos dos encarnados aconteceram de penalty e livres inventados ou duvidosos à entrada da área». Ou seja: no ano em que o Porto teve três treinadores, e na mesma época em que obteve o recorde de maior derrota caseira da liga (os célebres 0-4 frente ao Nacional), como conseguiu o Benfica ganhar o campeonato? Como é óbvio, com o auxílio da arbitragem. De outro modo, não se concebe como teria podido superiorizar-se ao fortíssimo Porto de Del Neri, Fernandez e Couceiro. Não houve presidentes do Benfica a receber árbitros em casa, nem vice-presidentes apanhados a oferecer quinhentinhos, nem viagens pagas ao Brasil — mas foi demasiado evidente que os árbitros beneficiaram o Benfica naqueles «últimos dez jogos», em que «todos os golos dos encarnados aconteceram de penalty e livres inventados ou duvidosos à entrada da área». Só há um pequeníssimo problema. É que isto é mentira (lamento, mas não há outra palavra). Nos últimos dez jogos desse campeonato, o Benfica jogou, por exemplo, com o Gil Vicente. Ganhou por 2-0, com um golo de Mantorras de bola corrida, a passe de Manuel Fernandes, e outro de Miguel, também de bola corrida, a passe de João Pereira. Depois, jogou com o Setúbal. Voltou a ganhar por 2-0, com um golo de Manuel Fernandes de bola corrida (belo remate de fora da área) e outro de Geovanni, também de bola corrida, na sequência de jogada pela direita. A seguir, jogou com o Marítimo. Ganhou por 4-3, com dois belos golos de Nuno Gomes, ambos de bola corrida (um a passe de Miguel e outro após centro de Geovanni), outro de Mantorras, em lance de (talvez o leitor já tenha adivinhado) bola corrida, e ainda um de Miguel, em remate de fora da área, na sequência de livre de Simão. E ainda jogou com o Estoril. Ganhou por 2-1, com um golo de Mantorras, após um canto (não um penalty), e outro de Luisão, depois de um livre junto à bandeirola (não à entrada da área). Claro que houve jogos que o Benfica venceu com um golo de penalty, como o Benfica-Belenenses, curiosamente na mesma jornada em que o Porto ganhou por 1-0 ao Marítimo com um golo de McCarthy em fora-de-jogo. Mas, a menos que dez jogos tenham deixado de ser dez jogos, ou que a expressão «todos os golos dos encarnados» tenha deixado de significar «todos os golos dos encarnados», Sousa Tavares inventou um mito. No entanto, o atraso de uma equipa no campeonato é directamente proporcional à capacidade de efabulação dos seus adeptos. Não se estranha, portanto, que Sousa Tavares tenha prosseguido: «lembro-me bem do penalty decisivo, no último jogo no Bessa, que foi dos mais anedóticos que já vi assinalado». Mais uma vez, é mentira (peço desculpa, mas não há mesmo melhor palavra) que o penalty tenha sido decisivo. O Benfica terminou o campeonato três pontos à frente do Porto. Sem o ponto que aquele penalty garantiu, teria sido campeão na mesma. Resumindo: como o Porto (ainda) não consegue vencer campeonatos estando dois pontos atrás do primeiro classificado, aquele penalty não foi, de todo, decisivo. Finalmente, a propósito do golo do Braga, diz Sousa Tavares que «entre a saída da bola e o golo decorreram uns trinta ou quarenta segundos em que a bola passou por uns seis jogadores e poderia ter sido umas três vezes definitivamente afastada pelos jogadores do Marítimo antes do belíssimo pontapé fatal de Luís Aguiar.» Permitam-me que atalhe para informar que isto é, como dizer?, mentira. Entre a saída da bola e o golo decorreram, não quarenta, não trinta, nem mesmo vinte, mas dez segundos. E a bola passou por dois jogadores do Marítimo que, no meio de sucessivos ressaltos, não conseguiram sequer tirá-la da grande área. A título de exemplo, compare-se com o golo do Benfica ao Porto. Entre o fora-de-jogo de Urreta e o belíssimo pontapé fatal de Saviola decorreram 13 segundos. E a bola é tocada por quatro jogadores do Porto que conseguem afastá-la para bem longe da área. A diferença é que o lance do Braga é uma minudência, mas o do Benfica é uma mancha que ficará para todo o sempre. É o que costuma acontecer aos moralistas: tanto tempo a acusar o Benfica de querer ganhar fora do campo, e afinal é o Braga que faz jogadas fora das quatro linhas. Domingos Paciência, que tem historial de estar a olhar para o chão e não conseguir ver lances polémicos, compreendeu o fiscal de linha. Disse que, provavelmente, o árbitro auxiliar não viu a bola fora porque «estava muito perto». Trata-se de uma hipótese brilhante. Pessoalmente, sempre achei que isto de colocarem os fiscais de linha junto da linha era uma estupidez. Em todo o caso, quando o Braga visitar o Benfica, talvez seja bom que Jorge Jesus jogue com dois laterais de cada lado. Um do lado de dentro da linha, outro do lado de fora. Segundo a opinião insuspeita e prestigiada de Cruz dos Santos, apesar do que por aí se berrou e dos cabelos que se arrancaram, não é certo que tenha havido penalty sobre Ruben Micael no jogo contra o Leixões. Ruben Micael protestou, mas a verdade é que Ruben Micael protesta contra todas as decisões de todos os árbitros. Aparentemente, alguém deve dinheiro a Ruben Micael, ao menos tendo em conta a superioridade chorona que ele exibe em todas as ocasiões. É muito divertida, aquela indolência sobranceira própria de quem parece estar convencido de que é o melhor jogador português. O drama de Ruben Micael é que nem sequer é o melhor jogador madeirense. Na Luz, embora o futebol tenha sido menos bom do que é costume, o teatro foi de alto coturno. Comovente, o modo como Bruno Vale, depois de cortar a bola com a mão, tentou enganar o árbitro fingindo ter levado com ela na cara. Foi um bom momento, mas é uma estratégia que não resulta em qualquer estádio. No Dragão, por exemplo, os guarda-redes são expulsos mesmo quando levam com a bola na cara. Hulk incorreu numa infracção punível com uma pena de seis meses a três anos. Em princípio, se houvesse circunstâncias atenuantes, seria punido com um castigo mais próximo dos seis meses. Se houvesse circunstâncias agravantes, seria punido com uma pena mais próxima dos três anos. Apanhou quatro meses. Recordo que a lei previa um mínimo de seis. A Comissão de Disciplina alega a existência de uma forte atenuante: Hulk foi provocado. Ficou provado que os stewards não insultaram nem agrediram (enfim, o equivalente ao Guarda Abel, como muito perspicazmente têm assinalado vários adeptos do quarto classificado). Mas, ainda assim, conseguiram provocar. As piores provocações são, como sabemos, as que não consistem em insultos nem em agressões. Daí constituírem as melhores atenuantes, e contribuírem para uma punição inferior ao que a lei estipula. Vamos supor que, em vez de uma atenuante, a Comissão tinha identificado uma agravante. Alguém acredita que Hulk tivesse sido punido com um castigo superior ao limite máximo? Ah, como escrevia alguém ontem, a censura já lá vai...

Re: A chama imensa

Muito bom!! Fico-te a dever 1 Interessante!

Re: A chama imensa

Muito fraquinho este rato fedorento. Incoerências, ignorância e qualidade escrita absolutamente vulgar.

Re: A chama imensa

O que se nota é a vossa incapacidade em contrapor o que ele escreve. Sempre que alguém posta aqui um texto do dito, é só espumar. Insultos à pessoa em causa, à sua qualidade de escrita e muito mais. Sintomático...

Re: A chama imensa

Lolll.. ratos fedorentos destes há muitos. Qualquer marcellus, noko ou afins estão ao nível do rap. É inútil contrapor cada asneira que ele diz.

Gosto do RAP mas ...

Aprecio o seu talento e humor, mas quando fala de futebol (ou melhor do seu clube e dos rivais) ele perde o seu interesse. Um dos muitos problemas do futebol português é que todos opinam sobre a sua actualidade. E quando digo todos entendo actores, humoristas, políticos, etc ... mas o que estas pessoas tem a ver com futebol? Nada. O futebol tem que voltar a quem pertence: aos jogadores, treinadores, especialistas e verdadeiros adeptos. Quando pessoas que não percebem nada de futebol, mas que são especialistas em clubite opinam sobre este desporto da nisto ... não se esquecam que futebol significa bola no pé (foot-ball) tudo o que não tenha a ver com a bola no pé não é futebol, é conversa de tasco. Cumps

Re: Gosto do RAP mas ...

Muda as iniciais de RAP para MST e subscrevo inteiramente a tua opinião!

Re: Gosto do RAP mas ...

RAP, MST é a mesma logica: sou adepto e defende o meu clubezinho contra os rivais de maneira cega e fanática mas não sei diferenciar um 4x3x3 de um 4x4x2 ... São ambas pessoas com talento mas que façam o que sabem fazer e que deixam o futebol a quem realmente percebe e ama futebol!

Re: Gosto do RAP mas ...

Tens razão, mas quem lhes paga para escreverem as crónicas tem mais responsabilidades que eles nesta matéria!

Re: Gosto do RAP mas ...

Mas porque raio é que o futebol havia de escapar ao humor?!! Porra nunca ouvi igual! Agora o MST esse sim que, do alto do seu ar intelectualizado e convencido do seu poder de "opinion maker", despeja azia por toda a letra que escreve! É que nem se reporta a factos! para ele isso pouco importa, visto que o que lhe interessa é mesmo minar a cabeça aos cepos que lêem e veneram... que os há! Ele que se assuma como entertainer e não como cronista/jornalista e estes seus desvarios já serão aceitaveis visto a sua responsabilidade ser outra... cumps

Re: Gosto do RAP mas ...

Man eu sou grande apreciador das qualidades humorísticas do RAP já desde os tempos do "Perfeito Anormal" na Sic Radical!

Re: Gosto do RAP mas ...

Foda-se, grande RAP, incomóda mesmo bastante... És tripas, mau era se gostasses do Homem. Liberdade de expressão diz-te algo? Pena não estar aqui um dos sartor's para te falar sobre a Dita... Dura (que foi muito usada ontem na vigília/orgía sem fêmeas).

Mas uma vez lê o que escrevi ...

Gosto do homem, do artista, so acho que quando pessoas que não percebem nada de futebol opinam sobre futebol da sempre algo que não tem nada a ver com futebol mais nada! O mesmo aplicaria-se se um futebolista opinasse sobre economica, politica, não achas? Mas ai claro ja é disparatado enquanto o inverso é permitido. Sobre a liberdade de expressão não és tu que vais me dar lições sobre este direito. Cada um pode dar a sua opinião muito bem, mas que eu saiba a Bola é um jornal de futebol e devia então dar a palavra a quem percebe de futebol e assim teriamos debates de melhor qualidade mais nada. Cumps

Re: Mas uma vez lê o que escrevi ...

Conclusão: Só o Rui Santos é que pode "discutir" bola :S De futebol todos sabem, mas RAP não é cronista, tem uma página no jornal para fazer o que sabe, satirizar a realidade. O incrível é que consegue ser mais fundamentado e factualizado nas suas tiradas que as ridículas crónicas (sempre aziadas, seja qual for o assunto, mas quando fala do SLB, ui ui..) do intelectual cá do Burgo, MST. Só mesmo o facto de ser filho da Sra Sophia é que pode justificar o tempo de antena que dão a este arrogantezeco de trazer no bolso. Sempre com a mania que vai revelar as verdades do século e com o sonho de se tornar o novo messias. Ele que ganhe tino e humildade que não passa de um triste que se leva demasiado a sério... cumps

E o Caso do Estoril??

É pena o Ricardinho não falar do caso do Estpril-SLB..

Re: E o Caso do Estoril??

Outra é quando os seus adeptos se entretêm a inventar mitos. E voces amantes da fruta já faziam uma petição (parecida aquela para a vigília/orgia sem fêmeas) a pedir A Bola para mudar o cronista do Porto. O M(entecapto) S(em) T(alento) leva com cada cabazada que deve ter a mobília de casa toda fodida. PS - Vens com um andar novo, também foste à vigília ontem?

Re: E o Caso do Estoril??

Bem, a tua estupidez e baixo nível é extremamente elevada. Parabéns, mas diz-me és mesmo assim ou a culpa é dos teus pais? irmã? Apanhaste na escola? Qual a origem do teu problema. Podes vir para ai com este tipo de conversas à vontade, neste mundo malcriados à muitos. Tu és mais um..

Re: E o Caso do Estoril??

Mas o Ricardinho até fala no jogo do Estoril. Para vocês, e não falo só dos portistas mas principalmente, não interessa que o jogo nem teve casos e os golos foram limpos. O que interessa é que o JOsé Veiga disse não sei quê e que o árbtiro jogou com umas chuteiras emprestadas. Por acaso o Ricardo Pereira esteve muito bem e disse exactamente aquilo que eu observo há já muito tempo até com esse último campeonato ganho pelo Benfica. Os adversários precisam de inventar estes mitos para tentarem minorizar ou desprezar as vitórias do Benfica. Parece que assim a dor de coto de alguns é de algum modo minorizada tb. Entretenham-se. Desde que eu lá para Abril/Maio já ande a festejar todos os fins de semana nas ruas mais uma vitória do Benfica até me vai saber melhor saber que são as vitórias do Benfica as que causam as maiores azias aos adeptos rivais em Portual. Não precisas responder, fiquem só a saber que todos nós sabemos disto td que eu falei.

Re: E o Caso do Estoril??- Corrupção

O Viega era DONO do Estoril e fez pressao sobre o treinador do Estoril. Se isso não é corrupção...

Mal ou bem

o Porto tem aqui uma grande oportunidade de manter o jogador longe dos olhares dos grandes europeus e assim criar uma grande equipa para a próxima temporada em que Hulk terá um papel preponderante nas diversas frentes em que estará envolvido. Penso que tanto para o Porto como para o Hulk a sua manutenção na equipa pode ser excelente do ponto de vista desportivo ainda que do ponto de vista económico possa ser um revés, mas aumentando os índices desportivos do jogador será com certeza uma mais valia seja agora seja daqui a um ano ou dois. Cumprimentos

Tu realmente não tens vida pá...

Existe mais coisas que futebol, relvado e pontinhos...já experimentaste arranjar uma gaja, ou um gajo se preferires?

Ninguem nos fod*****

20:52 - Futebol - FC Porto 'Dragões' dizem que vão recorrer para o CJ da FPF e atacam violentamente Ricardo Costa O FC Porto revelou esta sexta-feira que vai recorrer ao Conselho de Justiça da FPF do castigo a Hulk e Sapunaru aplicado pela Comissão Disciplinar da Liga, desferindo um ataque violento ao seu presidente, Ricardo Costa. "O seu discurso, aparentemente sério e objectivo, não ilude a sua antiga atracção pelas câmaras", pode ler-se no comunicado da FC Porto SAD, no qual se considera que "apesar da verborreia elaborada [de Ricardo Costa], o essencial ficou por abordar: o que é um interveniente no jogo?". É justamente esta questão que o FC Porto enfatiza ao referir noutro ponto que "esta cortina de fumo esconde a questão basilar", lançando uma pergunta a Ricardo Costa: "Será que os maqueiros, os bombeiros, os apanha-bolas, os jornalistas e, até, os vendedores de gelados e de algodão doce são igualmente intervenientes no jogo, tal como os treinadores, adjuntos, médicos e dirigentes?". O clube remete, ainda, para o facto do presidente da Comissão Disciplinar ter ignorado o parecer, junto aos autos, do reputado especialista em Direito Desportivo, o Prof. Dr. Leal Amado, e a opinião escrita e falada do Dr. José Manuel Meirim, os quais "asseveram que os assistentes de recinto desportivo não são intervenientes no jogo". Mais adiante, o FC Porto considera que os seus jogadores reagiram "como qualquer chefe de família, depois de verbalmente provocados e fisicamente empurrados como gado, por seguranças privados travestidos com um colete" e critica duramente a falta de recato de Ricardo Costa, "cuja vaidade devia ter sido trancada num gabinete". "A louvada autonomia e celeridade apenas serve para mascarar a evidência, sancionada por todos os especialistas em direito: os ARD não são intervenientes no jogo, com reflexos abissais na moldura disciplinar acabada de aplicar", lê-se, ainda, no texto do comunicado. Para o FC Porto, "a consequência prática deste malabarismo é transformar uma moldura penal de um a quatro jogos em degredo desportivo (quatro e seis meses)", aludindo à pena de quatro meses aplicada pela CD da Liga ao jogador Hulk e de seis meses ao jogador Sapunaru. Finalmente, a SAD anuncia que os dois jogadores irão recorrer ao CJ da FPF para "reparação de tão grosseira leviandade".

Re: O que fazer com Hulk?

E que tal rifa-lo?

off-topic Brilhante Ricardo Araújo Pereira

A chama imensa Vamos contar mentiras Por ricardo araújo pereira HÁ duas alturas em que uma equipa consegue fazer uma época mítica. Uma é quando os seus jogadores praticam bom futebol, despacham os adversários com goleadas, enchem os estádios. Outra é quando os seus adeptos se entretêm a inventar mitos. Na impossibilidade de verem a sua equipa cumprir os requisitos da primeira, há colunistas que se vêem forçados a optar pela segunda. É o caso de Miguel Sousa Tavares. A sua última crónica era um soberbo monumento de mistificação. Dizia ele sobre o Benfica: «[n]o último campeonato ganho, o do Trapattoni, (…) nos últimos dez jogos todos os golos dos encarnados aconteceram de penalty e livres inventados ou duvidosos à entrada da área». Ou seja: no ano em que o Porto teve três treinadores, e na mesma época em que obteve o recorde de maior derrota caseira da liga (os célebres 0-4 frente ao Nacional), como conseguiu o Benfica ganhar o campeonato? Como é óbvio, com o auxílio da arbitragem. De outro modo, não se concebe como teria podido superiorizar-se ao fortíssimo Porto de Del Neri, Fernandez e Couceiro. Não houve presidentes do Benfica a receber árbitros em casa, nem vice-presidentes apanhados a oferecer quinhentinhos, nem viagens pagas ao Brasil — mas foi demasiado evidente que os árbitros beneficiaram o Benfica naqueles «últimos dez jogos», em que «todos os golos dos encarnados aconteceram de penalty e livres inventados ou duvidosos à entrada da área». Só há um pequeníssimo problema. É que isto é mentira (lamento, mas não há outra palavra). Nos últimos dez jogos desse campeonato, o Benfica jogou, por exemplo, com o Gil Vicente. Ganhou por 2-0, com um golo de Mantorras de bola corrida, a passe de Manuel Fernandes, e outro de Miguel, também de bola corrida, a passe de João Pereira. Depois, jogou com o Setúbal. Voltou a ganhar por 2-0, com um golo de Manuel Fernandes de bola corrida (belo remate de fora da área) e outro de Geovanni, também de bola corrida, na sequência de jogada pela direita. A seguir, jogou com o Marítimo. Ganhou por 4-3, com dois belos golos de Nuno Gomes, ambos de bola corrida (um a passe de Miguel e outro após centro de Geovanni), outro de Mantorras, em lance de (talvez o leitor já tenha adivinhado) bola corrida, e ainda um de Miguel, em remate de fora da área, na sequência de livre de Simão. E ainda jogou com o Estoril. Ganhou por 2-1, com um golo de Mantorras, após um canto (não um penalty), e outro de Luisão, depois de um livre junto à bandeirola (não à entrada da área). Claro que houve jogos que o Benfica venceu com um golo de penalty, como o Benfica-Belenenses, curiosamente na mesma jornada em que o Porto ganhou por 1-0 ao Marítimo com um golo de McCarthy em fora-de-jogo. Mas, a menos que dez jogos tenham deixado de ser dez jogos, ou que a expressão «todos os golos dos encarnados» tenha deixado de significar «todos os golos dos encarnados», Sousa Tavares inventou um mito. No entanto, o atraso de uma equipa no campeonato é directamente proporcional à capacidade de efabulação dos seus adeptos. Não se estranha, portanto, que Sousa Tavares tenha prosseguido: «lembro-me bem do penalty decisivo, no último jogo no Bessa, que foi dos mais anedóticos que já vi assinalado». Mais uma vez, é mentira (peço desculpa, mas não há mesmo melhor palavra) que o penalty tenha sido decisivo. O Benfica terminou o campeonato três pontos à frente do Porto. Sem o ponto que aquele penalty garantiu, teria sido campeão na mesma. Resumindo: como o Porto (ainda) não consegue vencer campeonatos estando dois pontos atrás do primeiro classificado, aquele penalty não foi, de todo, decisivo. Finalmente, a propósito do golo do Braga, diz Sousa Tavares que «entre a saída da bola e o golo decorreram uns trinta ou quarenta segundos em que a bola passou por uns seis jogadores e poderia ter sido umas três vezes definitivamente afastada pelos jogadores do Marítimo antes do belíssimo pontapé fatal de Luís Aguiar.» Permitam-me que atalhe para informar que isto é, como dizer?, mentira. Entre a saída da bola e o golo decorreram, não quarenta, não trinta, nem mesmo vinte, mas dez segundos. E a bola passou por dois jogadores do Marítimo que, no meio de sucessivos ressaltos, não conseguiram sequer tirá-la da grande área. A título de exemplo, compare-se com o golo do Benfica ao Porto. Entre o fora-de-jogo de Urreta e o belíssimo pontapé fatal de Saviola decorreram 13 segundos. E a bola é tocada por quatro jogadores do Porto que conseguem afastá-la para bem longe da área. A diferença é que o lance do Braga é uma minudência, mas o do Benfica é uma mancha que ficará para todo o sempre. É o que costuma acontecer aos moralistas: tanto tempo a acusar o Benfica de querer ganhar fora do campo, e afinal é o Braga que faz jogadas fora das quatro linhas. Domingos Paciência, que tem historial de estar a olhar para o chão e não conseguir ver lances polémicos, compreendeu o fiscal de linha. Disse que, provavelmente, o árbitro auxiliar não viu a bola fora porque «estava muito perto». Trata-se de uma hipótese brilhante. Pessoalmente, sempre achei que isto de colocarem os fiscais de linha junto da linha era uma estupidez. Em todo o caso, quando o Braga visitar o Benfica, talvez seja bom que Jorge Jesus jogue com dois laterais de cada lado. Um do lado de dentro da linha, outro do lado de fora. Segundo a opinião insuspeita e prestigiada de Cruz dos Santos, apesar do que por aí se berrou e dos cabelos que se arrancaram, não é certo que tenha havido penalty sobre Ruben Micael no jogo contra o Leixões. Ruben Micael protestou, mas a verdade é que Ruben Micael protesta contra todas as decisões de todos os árbitros. Aparentemente, alguém deve dinheiro a Ruben Micael, ao menos tendo em conta a superioridade chorona que ele exibe em todas as ocasiões. É muito divertida, aquela indolência sobranceira própria de quem parece estar convencido de que é o melhor jogador português. O drama de Ruben Micael é que nem sequer é o melhor jogador madeirense. Na Luz, embora o futebol tenha sido menos bom do que é costume, o teatro foi de alto coturno. Comovente, o modo como Bruno Vale, depois de cortar a bola com a mão, tentou enganar o árbitro fingindo ter levado com ela na cara. Foi um bom momento, mas é uma estratégia que não resulta em qualquer estádio. No Dragão, por exemplo, os guarda-redes são expulsos mesmo quando levam com a bola na cara. Hulk incorreu numa infracção punível com uma pena de seis meses a três anos. Em princípio, se houvesse circunstâncias atenuantes, seria punido com um castigo mais próximo dos seis meses. Se houvesse circunstâncias agravantes, seria punido com uma pena mais próxima dos três anos. Apanhou quatro meses. Recordo que a lei previa um mínimo de seis. A Comissão de Disciplina alega a existência de uma forte atenuante: Hulk foi provocado. Ficou provado que os stewards não insultaram nem agrediram (enfim, o equivalente ao Guarda Abel, como muito perspicazmente têm assinalado vários adeptos do quarto classificado). Mas, ainda assim, conseguiram provocar. As piores provocações são, como sabemos, as que não consistem em insultos nem em agressões. Daí constituírem as melhores atenuantes, e contribuírem para uma punição inferior ao que a lei estipula. Vamos supor que, em vez de uma atenuante, a Comissão tinha identificado uma agravante. Alguém acredita que Hulk tivesse sido punido com um castigo superior ao limite máximo.

Re: off-topic Brilhante Ricardo Araújo Pereira

Pega na chama imensa e mete-a pelo cu acima

Re: O que fazer com Hulk?

Queres mesmo saber? Então espera pelo dia 02-05-2010!!! Aí verás o que fazer com ele!

O Direito é claro

Da mesma maneira que sempre disse que o Porto não podia ser punido com a não ida às competições europeias por à data dos factos não existir a lei que pretendiam aplicar, da mesma maneira digo com toda a certeza que há uma violação grosseira dos regulamentos porque os assistentes de recinto desportivo não são intervenientes no jogo. No recurso vamos ver se a decisão não é esta.

Re: O que fazer com Hulk?

se o hulk hoje vale 20 milhoes nao é pelo que tem jogado, é pela espectactiva e especulacao que existe sobre o jogador. a meu ver e apenas um jogador com excelente potencial fisico, mas que nao acrescenta nada a equipa, nao tem sentido colectivo nem tem inteligencia tatica ou de jogo. e quando se esperava que pudesse evoluir, so tem piorado desde o inicio do campeonato, no que se ameaça ser um dos maiores flops dos ultimos tempos.