Porto culpa Benfica pelos incidentes na Luz

Para o FC Porto os distúrbios verificados no decurso do clássico de domingo foram fruto de «um erro grosseiro» do Benfica. Num comunicado a SAD portista critica a opção encarnada de ter colocado os adeptos azuis e brancos no terceiro anel do Estádio da Luz, citando declarações da PSP para realçar que «não houve planeamento adequado ao estatuto de jogo de alto risco». A sub-comissária da PSP, Paula Monteiro, veio a público assegurar que a colocação da claque Super Dragões no piso superior do recinto «foi uma má escolha unilateral do Benfica». E o Porto vem agora lamentar aquilo que define como uma «estranha» opção...

Segurança não teve intuitos preventivos

No texto divulgado pelo Porto no seu sítio da Internet começa-se por notar que o clube «repudia todo o tipo de violência» e sublinha-se que «a segurança tem de ser uma preocupação fundamental nos recintos desportivos». Ora na percepção do Conselho de Administração da SAD do Dragão há «duas evidências preocupantes» no rescaldo do clássico; em primeiro lugar
«o esquema de segurança não foi desenhado com intuitos preventivos, mas sim para esbater uma má opção», refere a SAD no citado comunicado, e em segundo lugar «se entraram no recinto objectos proibidos foi porque alguém não foi, no mínimo, eficaz», constata ainda o artigo.
O Porto afiança também que «estranha a opção de colocar os seus adeptos no último piso da bancada», falando de um «erro grosseiro cometido pelo organizador do jogo» e concluindo que «não houve planeamento adequado ao estatuto de jogo de alto risco». De resto o emblema da Invicta lamenta que «em três deslocações ao Estádio da Luz, os adeptos do FC Porto ficaram posicionados em três zonas distintas». E aqui a SAD dos dragões critica a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, lembrando que esta vistoria regularmente os estádios e que exige zonas específicas para os visitantes nos recintos, recomendando-lhe deste modo que «devia intervir junto dos clubes para evitar estas situações». Em jeito de recado aos da Luz, o Porto nota de resto que, no «escrupuloso cumprimento dos regulamentos nacionais e internacionais», criou no seu Estádio um sector único para os adeptos visitantes que «permite a total segregação» destes.
Quanto à explosão de vários petardos provenientes da zona onde se encontravam os adeptos portistas, a SAD azul e branca salienta que é a prova de que «a revista de todos os adeptos não foi minuciosa». Note-se que é função dos stewards contratados pelos clubes visitados revistarem os espectadores, mas a PSP constata que «um petardo é quase impossível de identificar, pode ter a altura de dois dedos», salienta a sub-comissária Paula Monteiro.