O "poeta" Villas-Boas agradeceu o Dragão de Ouro

looooooooooooooooooooooooooooooooooooool

Discurso de André Villas-Boas após entrega do Dragão de Ouro:

http://csifutebol.wordpress.com/2011/10/25/andre-villas-boas-recebe-o-dr...

do baile que deu no verão vem agora dar um recital hipnótico com palavras de encantar para os parolos cegos de ódio e por supuesto que eles aplaudem de pé pois seres com memória de curta duração já não se recordam se a cadeira de sonho está no reino da miopia ou em Londres, mas após noite de dragões e ilusões rápido rapidinho cairão na realidade pois na velha tela modernizada verão mais vezes o homem de sangue azul atrás da linha branca, não de azul riscado mas de azul total e assim se conta a história de uma memória de 5 milhões ora lembrados, ora esquecidos, ora lembrados, ora esquecidos...

e eu sou o "puto"

fiquem apenas com os factos:

- Vilas Boas, é um excelente condutor de homens;
- Ganhou, no ano passado, tudo o que era possivel;
- É portista, como qualquer um que se senta na bancada das antas;
- O dinheiro do Russo, falou mais alto;
- Treinar o Chelsea é um desafio aliciante e diferente, de treinar o porto;
- Tramou o Velho Presidente, porque não lhe deu tempo de o substituir;
- Os adeptos do porto, ficaram a espumar de raiva com a atitude do Vilas Boas;
- O Sousa Tavares incitou a não aplaudir o homem;
- Seria ridiculo e injusto não lhe entregar o dragão;
- " Quando escreveres as memórias chama-lhe " a minha cadeira de sonho" e o Velho não dá ponto sem nó!!;

Fim de história e siga ..

Depois do que vi ontem, sou obrigado a pensar de maneira diferente em relação ao assunto Villas-Boas. A forma como foi dada, na altura, a notícia da sua saída, e o silêncio que se seguiu por parte sobretudo de Pinto da Costa, levaram a que uma boa parte das pessoas (eu incluído) fizesse uma leitura dos acontecimentos que pode não corresponder à verdade: ficava a ideia que o treinador tinha virado as costas ao clube e saído de fininho contra a vontade de todos, desrespeitando o clube e as pessoas que sempre acreditaram nele.

Mas não pode ter sido assim. Depois do que vi ontem, tenho de perceber que aquilo que transpareceu na altura não pode corresponder ao que realmente se passou e, assim sendo, não faz sentido eu olhar para ele como um traidor de má fé porque tudo leva agora a crer que não o foi. Se o Porto lhe atribui o Dragão d'Ouro e se, na pessoa do seu presidente, lhe dá um abraço sentido e lhe dirige a palavra com tamanha força, admiração e respeito, quem sou eu para acreditar que deve existir ressentimento?

Nada me garante, por exemplo, que não tenha sido o Porto a "aconselhá-lo" a sair. Ou que ele tenha saído sem a vontade do Porto, mas com a administração sempre a par dos acontecimentos e tratada com o devido respeito. Até ao dia de ontem, não podia ver o homem à frente, assumo. A partir de ontem, e não gostando eu de ser um burro com palas, tenho obrigatoriamente de ver um cenário diferente e de aceitar aquilo que aconteceu com a serenidade que o aplauso de pé e o discurso do Presidente me transmitiram.

Ainda não consigo aceitar a saída dele (no plano estritamente desportivo), mas tenho de passar a olhar para o Villas-Boas da mesma forma que olhava antes da saída para o Chelsea - com respeito, com admiração e com o carinho que sempre nutri por ele e pelo talento dele. Mas vai levar o seu tempo...

Abraço,
JC