Movimento Deixem Ficar Deco!

mondragon cinta ainda o seguinte artigo do jornal A Bola que fala sobre o brasileiro das Antas nestes termos:
«Deco revelou-se em matéria de recuperação de bolas tão eficaz quanto o verdadeiro paradigma de trinco, personificado pelo boavisteiro Petit, com as mesmíssimas 190 bolas ganhas na luta travada a meio campo. Um equiparação lisonjeira se levarmos em linha de conta a imagem de craque que não corre atrás dos adversários que muitos terão sobre Deco. Algo que deve ser ainda mais valorizado quando se verifica que Petit sofreu 84 faltas contra as 154 vezes em que Deco foi ao relvado, tendo, no oposto, cometido 89 infracções, mais 29 que o brasileiro.
O único pecado de Deco tem a ver com a frequência com que é desarmado (152 perdas de bola contra apenas 40 de Petit, o que se justifica com o maior risco assumido pelo portista face às características marcadamente ofensivas do seu jogo). E é aqui que entronca a segunda comparação, onde Mantorras é chamado à liça. Com tantos golos obtidos como Mantorras , 13 também em 30 jogos disputados, o angolano perde em toda a linha para o brasileiro, se exceptuarmos o facto de ter sofrido mais três faltas do que Deco, que por sua vez remata mais, executa praticamente o triplo dos cruzamentos, perde menos lances, recupera três vezes mais bolas e comete menos faltas.
Arrumada esta questão, sobra um verdadeiro ombro a ombro com o homem do ano: o sportinguista João Pinto, superior no número de ataques (mais 92) e cruzamentos (mais 7), embora não seja tão directo quanto o portista (menos 57 remates), o que justifica a diferença de golos obtidos.
Assim, apesar de os números, tal como as sondagens, valerem o que valem e o tema justificar um estudo bem mais exaustivo e abrangente, não é totalmente descabido concluir que Deco conseguiu esta época ser uma espécie de valioso e raro três em um.»
Como comentam esta análise ao desempenho de Deco nesta época?