Madjer: "Não gosto muito do futebol de hoje” | Relvado

Madjer: "Não gosto muito do futebol de hoje”

Antigo campeão europeu pelos dragões reafirma "grande amor" ao FC Porto que lhe "deu tudo" e acredit
 
Madjer (ex-avançado do FC Porto)
Vittorio Zunino Celotto/Getty Images

Rabah Madjer confessa que acredita, "do fundo do coração", que o FC Porto vai ser campeão. O argelino, que marcou de calcanhar o golo da vitória na mítica final da Liga dos Campeões de 1987, assume que mantém "um grande amor e um enorme respeito pelo clube que me deu tudo e fez de mim o que sou", salienta.

De regresso a Portugal, para participar no VIII Congresso Internacional de Desporto, organizado pelo Instituto Superior da Maia (ISMAI), Madjer revela que é "um pouco triste" que o FC Porto já tenha perdido a possibilidade de disputar a Liga dos Campeões, a Liga Europa e a Taça de Portugal, mas salienta que acredita que vai "ganhar o campeonato". O ex-futebolista argelino considera que será uma disputa "a três, juntamente com o Benfica e o Sporting de Braga".

Madjer deixa elogios ao futebol português, reparando que "está sempre a formar grandes jogadores", e cita "os nomes de Futre, Rui Barros, Chalana, Rui Costa, Figo e Cristiano Ronaldo", sublinhando que são "exemplos magníficos de várias gerações de futebolistas no mundo".

O antigo avançado portista confessa que prefere "o futebol dos anos 70 e 80". "Não gosto muito do futebol de hoje”, diz, notando que "perdeu a sua grande técnica, perdeu jogadores que marcam golos de antologia" e constatando que nos dias atuais "é um futebol direto e muito mais comercial".

FC Porto:

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Rabah Madjer um jogador de outra galáxia

Rabah Madjer brilhou no Mundial de Espanha em 82 quando levou a sua selecção, a Argélia, a uma histórica vitória sobre a Alemanha. Brilhou tanto que foi contratado pelo Racing de Paris, destino habitual dos futebolistas argelinos pela afinidade lingística.
No Racing, foi-se afundando e a equipa caiu para a II Divisão e foi lá que o FC Porto o foi resgatar. Estreou-se com o Belenenses, no Restelo e logo se viu que era um jogador de craveira muito especial. Numa equipa do FC Porto onde brilhavam tantos jogadores de enorme craveira, Madjer distinguiu-se sempre pela forma de estar, irreverente e algo indisciplinada, mas também pela maneira como tratava a bola! Ficaram célebres os seus problemas com Artur Jorge, que não permitia quebras de disciplina e era acolitado por Octávio Machado mas também tantos e tantos golos de que se destacam os obtidos na célebre final de Viena, com o calcanhar que tanto humilhou os alemães do Bayern e na Intercontinental em Tóquio, debaixo de neve, a fazer passar a bola pelo guardião uruguaio. Lembro-me como se fosse hoje desse dia 27 de Maio de 1987, no Estádio do Prater em Viena, hoje chamado Ernest Happel, do golo que marcou mesmo por baixo do ponto onde me encontrava. Vejo o Frasco a entrar pela meia direita e a dar a bola ao Juary e este a cruzar perante a saída de Jean-Marie Pfaff, o belga que defendia a baliza do Bayern. O cruzamento foi ter com Madjer, de costas para a baliza e com Pflugller por trás pronto a cair-lhe em cima. Foi então que o argelino teve o golpe de génio e rematou de calcanhar fazendo um golo de outro mundo.
Madjer saiu lesionado dos festejos e esteve fora das quatro linhas a receber assistência. Quando regressou ao relvado, dois minutos depois, foi para receber um passe em profundidade de Celso, o central brasileiro do pé de canhão. Madjer pegou na bola pelo lado esquerdo e correu com ela, sentou com uma finta o lateral direito Winkellohfer , foi quase até à linha de fundo e fez um cruzamento milimétrico, por cima do desamparado Pfaff, para Juary que vinha em corrida e que encostou para o golo da vitória! Ainda antes do Juary tocar a bola já nós, atrás da baliza, saltávamos a comemorar tal era a certeza do desfecho! Que alegria imensa! Que orgulho no nosso Porto! Ainda hoje só de pensar nessa epopeia me vêm as lágrimas aos olhos!
O Madjer acabou por sair do Porto e foi para o Valência de Espanha. No dia da despedida, no Estádio das Antas quase cheio, foi anunciado que o Madjer estava lá ainda que não equipado e todo o Estádio se levantou empunhando lenços brancos e gritando: Madjer, Madjer. O argelino não aguentou a emoção, perdeu a compostura e chorou como uma Madalena enquanto se despedia dos adeptos! Não aguentou tanto que passado ano e meio, se não me engano, estava de regresso ao FC Porto!

Fantástico

Grande descrição..

Simplesmente fantástico.

Grande Rabah Madjer!!

Um jogador fantástico,encontrado pelo FC Porto na segunda divisão francesa.

Para mim,foi o melhor estrangeiro que passou por Portugal.

ahahahah

a seguir ao claudio pit bull

nop....

bom bom era o moretto e o roberto...

Eu até ...

percebo as palavras do gajo do porto...

Mas que raio faz a foto deste madjer de praia.. no artigo??