Jesualdo: o Porto vai aguentar a pressão

«Não passámos do 80 para o 8»Para Jesualdo Ferreira o problema do Porto é muito claro. «Há uma falta de golos, provocada por uma menor eficácia», analisa o professor, sublinhando que é preciso admitir que «os resultados não têm sido bons» e que «trouxeram uma situação menos cómoda, mas não passámos do 80 para o 8», constata.E perante a pouca produção ofensiva portista, especula-se que o treinador poderá apostar em Renteria para o jogo da jornada 18 frente à Naval, mas Jesualdo não confirma. «Se ele for convocado, vão ter que esperar pelo jogo para ver se ele joga ou não», diz o técnico, salientando contudo que é preciso ter «muita tranquilidade em relação a essa matéria» e que o seu método de trabalho defende «uma integração progressiva e tranquila».Em dúvida para a partida de sexta-feira está por outro lado Ricardo Quaresma que só na manhã do dia do jogo com a Naval fica a saber a decisão do Conselho de Justiça da Federação sobre o castigo de dois jogos que lhe foi aplicado pela Liga. Na expectativa os portistas contam poder vir a utilizar o avançado, mas Jesualdo trata de notar que no clube não estão «ansiosos nem preocupados com isso». Quanto ao Porto sem Quaresma, para o professor «a única diferença é que com o Quaresma em campo a equipa tem uma estrutura com tempo, com rotinas, sem ele, teremos que recorrer a alternativas», nota. E até o treinador da Naval, Mariano Barreto, trata de desvalorizar a eventual "baixa" de Quaresma na equipa portista, frisando que tal não terá «impacto», uma vez que os dragões têm «um plantel riquíssimo e de grande qualidade», diz.Elogios também deixa Jesualdo relativamente ao emblema da Figueira da Foz. O treinador do Porto refere que a Naval é «das equipas da Primeira Liga que tem tido melhores resultados fora», com o professor a notar que é uma formação «muito bem organizada», que é «muito rápida» e que «explora muito bem os espaços». Jesualdo adiciona que o rival de sexta-feira «não vai apresentar-se a defender o zero-zero», vaticinando que «vai explorar as suas armas», mas «o Porto quer impôr o seu sistema», alerta o comandante do Dragão.Foto: Agência LusaSusana Valente