Crónica: Quando a beleza dos números engrandece as proezas... | Relvado

Crónica: Quando a beleza dos números engrandece as proezas...

 

Tendo como base de comparação os orçamentos avançados no final do ano passado pelos 8 clubes presentes nos Quartos-de-Final da Liga dos Campeões, o FC Porto é, incomparavelmente, a equipa mais pobrezinha em competição. O clube com mais presenças na Champions está, aliás, todos os anos na cauda desta tabela e apresenta, por norma, resultados desportivos muito acima daqueles que poderiam ser exigidos a quem vive numa realidade completamente diferente da dos outros. Senão vejamos... O Barcelona, com 380 milhões de euros de orçamento, é a equipa mais abastada ainda em prova, afastados que estão o Inter de Milão e o Real Madrid que gastam, respectivamente, 418 e 400 milhões de euros por época. Só isto chegaria para fazer a comparação com o FC Porto, mas podemos continuar a fazer as contas de outros candidatos a atingir as Meias-Finais: o Manchester United, por exemplo, vale 328 milhões e o Liverpool 199. Só para citar os mais fortes candidatos!Isto ganha contornos algo ridículos quando olhamos para o representante português e damos de caras com um orçamento na ordem dos 40 milhões de euros, nove vezes e meia mais barato do que o do Barça! E se pensarmos naquele que é, à partida, o mais desejado adversário dos portistas para a próxima fase, também não ficamos menos animados. O Villarreal, segunda equipa mais pobrezinha da Champions por esta altura, apresenta números que quase dobram os nossos: 72 milhões de euros.Ora, comparando estes orçamentos com o sucesso no campo, merecem ainda maior destaque as sucessivas boas campanhas do FC Porto na maior competição europeia de clubes, na qual se inclui um êxito supremo em 2003/2004. Uma gestão meticulosa que, mesmo metendo algumas contratações incompreensíveis pelo meio, vai dando para descobrir autênticas pérolas ao preço da chuva e transformá-las em estrelas à escala mundial. Com essa gestão, o FC Porto consegue montar equipas extremamente competitivas e lutar de igual para igual com a maioria das equipas habitualmente presentes na prova. É, mais ou menos, como um chefe de família que consegue ter quase o mesmo nível de vida do que um colega que ganhe incomparavelmente mais. Isso é arte e engenho.Posto isto, acho que é indesmentível, à margem de qualquer polémica barata, que o FC Porto é um grande clube de futebol e vai atingindo os seus objectivos, ano após ano, à custa de uma brilhante capacidade de gestão financeira e desportiva. Se existem razões para se duvidar do avassalador domínio interno na era Pinto da Costa, já o mesmo não se pode dizer do sucesso internacional. Não há argumentos para contrariar o facto de o FC Porto se agigantar e conseguir fazer frente a equipas milionárias e que jogam com as maiores estrelas do mundo da bola.Será este exercício suficiente para, pelo menos uma vez na vida, os habituais críticos reconhecerem o valor do Porto?
artenigma

FC Porto:

Comentários [239]

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"Ah e tal...

..vamos esquecer a nuvem negra que paira sobre o nosso clube em Portugal, e vamos desculpar-nos com o "GRANDE SUCESSO EUROPEU!" Acho que fazem bem, mas para vocês tenho um esquema: 1º lugar no campeonato --> Acesso à liga dos campeões --> "boas figuras na Europa" Mas reparem num pequeno senão: 1º lugar no campeonato OBTIDO POR MEIOS DUVIDOSOS --> Acesso à liga dos campeões --> "boas figuras na Europa". Se não fosse a corrupção, que está mais que provada que existe, vocês não tinham hipóteses de "fazer boas figuras na Europa", mas pronto, isto não interessa e convém esquecer...

Re:

Não para nos é mais : 3°lugar > Taça Uefa > ultimo lugar do grupo.

Desculpa?!

"e vamos desculpar-nos com o "GRANDE SUCESSO EUROPEU!" Vamos "desculpar-nos"?! lllllloooooooooooooooooooooooooooooolllllll Vamos desculpar-nos com o sucesso europeu... lolada Nosso Sr., desculpai-nos por sermos os maiores!

LOL...este é burro

ou faz-se, porque ainda ninguém conseguiu provar absolutamente nada.Por isso te dói o cotovelo!POOOOORTO

Re: LOL...este é burro

Para tua informação, ò iluminado, as escutas podem não contar para ti, podem nem contar para os tribunais, mas o facto é que elas existem! Pode doer-te, mas é a verdade. O teu clube é conhecido por corromper! Deve ser muito triste saber que ganhe o que ganhar, o teu clube vai ter sempre a nuvem da suspeita sobre ele, deve ser triste ninguém, à excepção dos parolos do costume, acreditar na legitimidade dos vossos títulos nacionais... Mas enfim, vocês na europa são os maiores, é pena é que também aí se saiba que vocês compram titulos no supermercado. Adeus, triste traste.

Re: LOL...este é burro

o teu presidente tb não foi apanhado nas escutas? O putedo começou com o famoso king... imagina só onde....chora mais um ano.. força PORTO..RUMO AO TETRA

Re: LOL...este é burro

E pensas que eu o defendo como se ele fosse a minha razão de viver? Reduz-te à tua insignificância, bimbo!

Re: LOL...este é burro

TETRA... chora mamão...TETRA.... O King não foi com este presidente...

Re: LOL...este é burro

TRETA campeão!

É mesmo burro afinal...

Não dizes coisa com coisa, primeiro está provado, mentira, não provam nada absolutamente.Caso não saibas as escutas do grande PC não referem sequer nomes, ao contrário dos outros.Não provam nada, mas mesmo assim insistem em levá-lo ao tribunal, enquanto que aos outros que referem nomes é o que se vê, mas tudo a seu tempo, se calhar dentro em breve ainda terás bastantes surpresas.Quanto ao reconhecimento do Porto fora de portas basta ler a imprensa internacional logo depois dos jogos do porto na Champions.És burro e comes palha!

A desgraçada...

A implosão da mentira Mentiram - me. Mentiram - me ontem e hoje mentem novamente. Mentem de corpo e alma completamente. E mentem de maneira tão pungente que acho que mentem sinceramente. Mentem sobretudo impunemente. … Mentem, mentem e de tanto mentir tão bravamente constroem um país de mentiras diariamente. Fonte: Affonso Romano de Sant'Anna Ontem … No livro de memórias ‘Vocês Sabem do que Estou a Falar’, que chega às livrarias este fim-de-semana e de que hoje os leitores do CM podem ler excertos no suplemento Correio Sport, Octávio Machado revela o motivo da sua ruptura definitiva com Pinto da Costa। O ex-treinador acusa o presidente do FC Porto de lhe ter mentido ao jurar “pela saúde” da sua filha que não tinha contratado José Mourinho para o substituir como treinador dos dragões।«Fui então ter com o presidente a Espinho, onde se realizava o primeiro aniversário dos dragões daquela cidade, e ficou decidido que eu continuava treinador do FC Porto. Depois da festa, a caminho do parque de estacionamento subterrâneo, disse-me: “Juro pela saúde da minha filha que caso você fosse embora não era o Mourinho que o vinha substituir. Porque eu telefonei para a Grécia, para o Fernando Santos, a saber se ele queria ocupar o seu lugar.” É importante referir que esta conversa decorreu em Janeiro. Porque tanto no livro do José Mourinho como no do próprio Pinto da Costa, ambos confessam que o contrato foi celebrado no dia do aniversário do presidente do FC Porto, que é a 28 ou 29 de Dezembro. Basta consultar os livros. Ora, como é que o Pinto da Costa teve cara para me dizer, em Janeiro, que o Mourinho jamais me iria substituir? Ainda por cima jurando pela saúde da filha? Que homem e´ este?» Hoje … No final das alegações finais, Pinto da Costa prestou as suas últimas declarações: "Juro perante este tribunal e perante Deus que é totalmente falso que, com envelope ou sem envelope, eu tenha pago alguma coisa ao senhor Augusto Duarte. Se eu estou a faltar à verdade, que caia todo o mal sobre a coisa que mais amo neste mundo: a minha filha. Se estiver a falar a verdade, que caia todo o mal deste mundo sobre quem engendrou tudo isto sobre mim". http://forumbenfica.blogspot.com/

Será mentira também?Isso querias tu.....

"Benfica perde com Vitória de Guimarães por 1-0 O Benfica sofreu este sábado a primeira derrota da temporada no Estádio da Luz, em jogos da Liga de futebol, e falhou a subida ao primeiro lugar, ao ceder por 1-0 perante o Vitória de Guimarães. Em encontro da 22ª jornada da prova, o golo solitário de Roberto, aos 66 minutos, colocou os "encarnados", que este sábado realizaram uma das piores exibições da temporada, mais longe do título. O Benfica poderá mesmo terminar a ronda no terceiro lugar, caso o Sporting vença na recepção ao Rio Ave, e ficar a cinco pontos do líder FC Porto, que domingo recebe a Naval 1º de Maio. O Vitória de Guimarães alcançou apenas o segundo triunfo do seu historial no Estádio da Luz (um terceiro sucesso como visitante aconteceu em terreno neutro, em Campo Maior) e relançou a candidatura às competições europeias, mantendo a oitava posição, agora a cinco pontos dos lugares de acesso. Com Ruben Amorim lesionado, o técnico dos "encarnados" colocou o francês Yedba no lugar do médio português, junto a Katsouranis, num meio-campo bastante ofensivo, com Reyes e Di Maria nas alas. Na frente, e com Suazo ainda indisponível, Quique Flores manteve a dupla formada pelo paraguaio Oscar Cardozo e o argentino Pablo Aimar. Do lado do Vitória de Guimarães, o treinador Manuel Cajuda apresentou o habitual 4-3-3, com Roberto na frente, apoiado por Marquinho e pelo ex-benfiquista Nuno Assis. Logo nos minutos iniciais, os minhotos incomodaram Moreira, com Desmarets a desferir um remate de longe para defesa complicada do guardião português. A partir desse momento, o Benfica, com Reyes e Di Maria muito activos nas alas, pegou no encontro e o internacional espanhol obrigou mesmo Nilson a intervir, com um remate à figura. Apesar de terem o domínio da partida, os "encarnados", numa toada muito lenta, só perto do intervalo conseguiram construir nova jogada perigosa, desta vez com Aimar, em boa posição, a falhar o alvo, após alguma confusão na área dos vimaranenses. No regresso dos balneários, o encontro continuou muito lento, com o Benfica a demonstrar pouca ambição para vencer e o Vitória de Guimarães apenas a estar interessado em deixar passar o tempo. Já com Nuno Gomes em campo (entrou para o lugar do pouco inspirado Cardozo), o clube da Luz esteve perto de marcar, através do grego Katsouranis, que, já perto da pequena área, falhou a baliza de Nilson. Logo de seguida, numa das raras vezes que chegou à área do Benfica, o Vitória de Guimarães ficou em vantagem no marcador, graças ao brasileiro Roberto que, isolado, bateu Moreira, após jogada da Marquinho, aos 66 minutos. Com o golo sofrido, os "encarnados" acordaram e estiveram perto de empatar, mas Nuno Gomes, completamente isolado na área minhota, cabeceou fraco e permitiu a intervenção de Nilson. Já nos minutos finais e com muito nervosismo à mistura, Miguel Vítor obrigou Nilson a boa defesa, na sequência de livre marcado por Reyes e logo de seguida o médio espanhol atirou ao lado da baliza minhota. Em cima dos 90 minutos, Balboa colocou em desespero os adeptos da Luz, quando, isolado frente a Nilson, falhou o alvo, com um remate muito torto, após assistência de Urreta." Sic online

Re: A desgraçada...

cura-te :)

Amigo Artenigma

Já nos conhecemos pessoalmente logo deves fazer ideia do que eu penso sobre isto, esta mensagem e outra são úteis mas não pensemos nunca que vamos mudar o mundo e acabar com o autismo e a inveja, eles existirão sempre. Devemos contar connosco até porque a mensagem que sai do Dragão é a mensagem dos portuenses naquilo que significa "sangue, suor e lágrimas" desde há mais de 1000 anos atrás. Seremos cada vez mais não por fazermos marketing inócuo mas porque somos o FCP e o que isso representa não apenas ao nível do desporto mas por outros valores ainda recentemente valorizados pelo Principe Carlos do Reino Unido a referir-se ao Porto Cidade. Isto não significa que não sejamos vigilantes e críticos de muita coisa errada, teremos que ser sempre porque a essência do ser portuense sempre foi ser liberal, crítico e ferozmente independente nos ideais. Não foi por acaso que Portugal nasceu do nome de Portus (Porto) e Cale (Gaia) contra o imperialismo de Castela e Leão.

Re: Amigo Artenigma

"Não foi por acaso que Portugal nasceu do nome de Portus (Porto) e Cale (Gaia) contra o imperialismo de Castela e Leão. " Primeiro contribuis para um Portugal mais inteligente (que humilde), depois para um Portugal mais ignorante. Ou será o inverso?

Só mais uma estória da Carochinha : PORTUCALE!!!

Condado Portucalense. Categoria: História de Portugal Houve, no actual território de Portugal, ao longo do processo de reconquista, dois Condados Portucalenses ou Condados de Portucale distintos: um primeiro, fundado por Vímara Peres após a presúria de Portucale (Porto) em 868 e incorporado no reino da Galiza em 1071, após a morte do conde Nuno Mendes (e que embora gozando de certa autonomia, constituiu sempre uma dependência do reino das Astúrias/Leão/Galiza), sendo sensivelmente equivalente ao actual Entre-Douro-e-Minho). Um segundo, constituído c. 1095 em feudo do rei Afonso VI de Leão e Castela e oferecido a Henrique de Borgonha, um burguinhão que veio auxiliá-lo na Reconquista de terras aos Mouros, tendo também recebido a mão de sua filha Teresa de Leão. Este último condado era muito maior em extensão, já que abarcava também os territórios do antigo condado de Coimbra, suprimido em 1091, partes de Trás-os-Montes e ainda do Sul da Galiza (mormente da diocese de Tui). De notar que Condado é um termo genérico para designar o Território Portucalense, já que os seus chefes eram alternativamente intitulados Comite (conde), Dux (duque) ou Princeps (Príncipe). Por uma questão de comodidade, aludir-se-á ao longo deste artigo ao primeiro condado portucalense como Condado de Portucale, e ao segundo como Condado Portucalense, dado serem essas as expressões mais consagradas. Data assim desse período a expressão terra portucalense ou província portucalense para designar um território distinto que era limitado ao norte pela terra bracarense, e ao sul pelo rio Vouga, e tinha por centro e cabeça a povoação de Portucale. No século I a.c. as “Histórias de Salustio” referem uma “Cales civitas” localizada na Gallaecia; Cale teria também sido conquistada por Perpena; no século IV, no “Itinerário de Antonino” , fala-se de uma povoação chamada de Cale ou Calem ; no século V, Idácio de Chaves escreve sobre um “Portucale castrum”. Embora a existência da povoação na foz do Douro durante o período romano se encontre confirmada, o mesmo não acontece para a sua localização exacta; o Paroquial Suévico de São Martinho de Dume, estudado pelo cônego Pierre David após a sua identificação pelo também cônego Avelino de Jesus da Costa, um dos nomes mais importantes da diplomática portuguesa, refere-se, séculos depois, a um povoado que designava como Portucale Castrum Antiquum, na margem esquerda, e outro, o Portucale Castrum Novum, na direita. Quando do domínio dos Suevos, Portucale foi palco de vários acontecimentos, contando-se entre eles o aprisionamento de Requiário durante a invasão de Teodorico (457), a revolta do seu governador Agiulfo, que pretendia ser aclamado rei e foi executado, e a última batalha (585) de Andeca, último rei suevo, vencido por Leovigildo. Quando da invasão muçulmana da península Ibérica, Portucale era já, desde a segunda metade do século VI, a sede da diocese Portucalense, situada na província da Galécia, e tendo por metropolita o bispo de Braga. Após a invasão, a diocese não sobreviveu, tendo sido apenas restaurada após a reconquista do Porto, em 868. A reocupação e possível reconstrução ou fortificação de Portucale verificou-se após a presúria de Vímara Peres, em 868, vivendo, a partir de então, um próspero período da sua história: daí partiu toda a acção de reorganização, bem sucedida, e nalguns casos de repovoamento, para além dos limites da antiga diocese nela sediada, quer ao norte do rio Ave, quer ao sul do rio Douro. Por esta altura, o território designava-se já de Terra Portugalense. Pouco a pouco são alargadas as fronteiras do território que, neste sentido, confinava com outros territórios (Braga, Lamego, Viseu, Terras da Feira e Coimbra). A reconquista permitiu também a restauração diocesana, tendo os bispos de Portucale sido instalados numa pequena povoação chamada Magneto (a qual os especialistas fazem corresponder com a actual Meinedo, no concelho de Lousada). Apenas dez anos decorridos sobre a reconquista definitiva de Portucale tivesse sido tomada a cidade de Coimbra e erigida em condado independente às mãos de Hermenegildo Guterres; a sua posição de charneira entre os mundos cristão e muçulmano permitiu uma vivência de maior paz no Entre-Douro-e-Minho. As campanhas do Almançor, em finais do século X, porém, fizeram recuar a linha de fronteira de novo até ao Douro. Na segunda metade do século XI, reconstituiu-se ao sul o condado de Coimbra (que incluía não só a cidade do Mondego, como ainda as terras de Lamego, Viseu e Feira), sendo entregue ao conde (ou alvazil, segundo outros documentos coevos) Sesnando Davides, um moçárabe valido do rei Fernando I de Leão e Castela, que conquistara definitivamente a cidade em 1064 (este condado viria mais tarde a ser incorporado no Portucalense). Paulo Merêa refere a existência de documentos comprovadamente encontrados na província de Ourense, na Galiza, nos quais surge a referência expressa a terras situadas em Portugal, ou seja, ao sul do rio Lima, e que então pertenciam, e vieram ainda a pertencer durante algum tempo, no âmbito da organização eclesiástica de Tui, repovoada durante o reinado de Ordonho I. O repovoamento da Terra Portugalense ocorreria no tempo de Afonso Magno, sob o governo de Vímara Peres e seus descendentes. Foram condes da casa de Vímara Peres (nem sempre em linha recta, mas recorrendo às vezes à sucessão congnática): Vímara Peres (c. 868-873) Lucídio Vimaranes (filho do precedente - 873-?) Onega Lucides (filha do precedente) ∞ Diogo Fernandes (?-antes de 924) Mumadona Dias (filha dos precedentes) ∞ (926) Hermenegildo Gonçalves (também chamado Mendo I Gonçalves, filho do conde Gonçalo Afonso Betote) Gonçalo I Mendes (filho dos precedentes) (c. 950-999; em 997 intitula-se magnus dux portucalensium) Mendo II Gonçalves (filho [ou neto?] do precedente) (999-1008) ∞ Tutadona Moniz Alvito Nunes (descendente de Vímara Peres, casado com a condesa Tutadona Moniz) (1008-1015) Ilduara Mendes (filha de Mendo Gonçalves) ∞ Nuno I Alvites (filho do precedente) (1017-1028) Mendo III Nunes (1028-1050) Nuno II Mendes (1050-1071) - último conde da família de Vímara Peres; derrotado pelo rei Garcia da Galiza na batalha de Pedroso. (As datas entre parêntesis indicam o período durante o qual existem documentos assinados pelo conde em causa, e que permitem assim determinar o seu tempo de governo). Evolução das fronteiras dos territórios na Peninsula Ibérica ao longo da reconquista, 790-1300.Não se deve confundir o Condado Portucalense — concessão dos dois territórios de Coimbra e de Portucale ao conde D. Henrique — com o condado de Portucale, que começou a existir desde a presúria de Vímara Peres, prolongada pelos seus descendentes — embora nem sempre segundo uma linhagem perfeita — até à morte do último conde, na batalha de Pedroso, em 1071, que tentava conseguir maior autonomia face a Garcia II da Galiza, que governava o Reino da Galiza e Portugal de seu pai, Fernando Magno. Porém, o atrofiamento do condado de Coimbra, criado em 878, mas suprimido com a conquista da cidade por Almançor no final do século X, permitiu a supremacia nortenha, que nem mesmo a reconstituição de uma autoridade equivalente à do conde — em benefício de Sesnando Davides, em 1064, e prolongada até à sua morte, em 1092 — pôde impedir. Entretanto, a ambição de Afonso VI de Leão e Castela reconstituiu novamente a unidade dos Estados paternos e, quando Garcia acabou por morrer, depois de preso, em 1091, os territórios na sua posse passaram para as mãos de Raimundo de Borgonha, casado com D. Urraca. A esta altura, o vigor das investidas Almorávidas recomendava a distribuição dos poderes militares, para melhor reforçar o território: um comando na zona central, entregue ao próprio rei Afonso VI, outro, não oficial, exercido por El Cid em Valência, e o terceiro a ocidente, entregue a Raimundo; este último não conseguiu defender eficazmente a linha do Tejo — tendo já perdido Lisboa, que fora cedida aos Leoneses pelo rei taifa de Badajoz, juntamente com Santarém, que estava também prestes a cair nas mãos dos Almorávidas — e essa será uma das razões que atribuem alguns historiadores modernos à decisão tomada por Afonso VI[5] de reforçar ainda mais a defesa militar ocidental, dividindo em duas a zona atribuída inicialmente a Raimundo, entregando a mais exposta a Henrique de Borgonha. O conde D. Henrique, apoiado pelos interesses políticos clunicenses, introduz-se ambiciosamente na política do Reino, conquistando poder junto das cortes. Vendo-se na condição de subordinados ao rei, os condes ou governadores tinham amplos poderes administrativos, judiciais e militares, e o seu pensamento orientava-se, naturalmente, para a aquisição de uma completa autonomia quando, no caso português, as condições lhe eram propícias. A fim de aumentar a população e valorizar o seu território, D. Henrique deu foral e fez vila (fundou uma povoação nova) em várias terras, entre elas Guimarães, na qual fez vila de burgueses, atraindo ali, com várias regalias, muitos francos seus compatriotas. Em Guimarães fixou D. Henrique a sua habitação, em paços próprios, dentro do castelo que ali fora edificado no século anterior. Falecido o conde D. Henrique (1112), passa a viúva deste D. Teresa, a governar o condado durante a menoridade do seu filho Afonso Henriques. D. Teresa começa (1121) a intitular-se «Rainha», mas os conflitos com o alto clero e sobretudo a intimidade com Fernão Peres, fidalgo galego a quem entregara o governo dos distritos do Porto e Coimbra, trouxeram-lhe a revolta dos Portucalenses e do próprio filho, sistematicamente afastados, por estranhos, da gerência dos negócios públicos. Aos catorze anos de idade (1125), o jovem Afonso Henriques arma-se a si próprio cavaleiro – segundo o costume dos reis – tornando-se assim guerreiro independente. Em 1128, trava-se a Batalha de São Mamede (Guimarães) entre os partidários do infante Afonso e os de sua mãe. Esta é vencida, D. Afonso Henriques toma conta do condado e dele vai fazer o reino de Portugal. Lutando contra os cristãos de Leão e Castela e os muçulmanos, Afonso Henriques conseguiu uma importante vitória contra os Mouros na Batalha de Ourique, em 1139, e declarou a independência. Nascia, pois, em 1139, o Reino de Portugal e sua primeira dinastia, com o rei Afonso I de Borgonha (Afonso Henriques). Casa da Borgonha Henrique da Borgonha (1095 - 1112) Teresa de Leão (1112 - 1128) Afonso Henriques (1128 - 1139, com o título de dux.) Referências ↑ Celtic Linguistics ↑ Dictionary of Greek and Roman Geography ↑ Leite de Vasconcelos, José.Cale e Portucale. Opúsculos Vol. V – Etnologia (Parte I) Lisboa, Imprensa Nacional, 1938 ↑ "FLUC homenageia Avelino de Jesus da Costa", ACABRA.NET - Jornal Universitário de Coimbra (visitado em 28-7-2008) ↑ Muito se especula acerca das razões que levaram Afonso VI de Leão a incluir Henrique de Borgonha nos seus planos: quiçá por ser sobrinho da falecida rainha D. Constança (mais poderoso, portanto, que Raimundo por pertencer à linhagem dos duques e não dos condes de Borgonha); por seu intermédio, era também sobrinho-neto de São Hugo de Cluny, o que introduz a hipótese de Henrique se tornar um caudilho militar para os interesses da Ordem de Cluny no território. Jadscl

Portucale

Há leituras para todos os gostos; «(...) Lá na leal cidade, donde teve Origem (como é fama) o nome eterno De Portugal, (...)» (Luís Vaz de Camões - "Lusíadas", Canto VI) Será que Luis de Camões era uma fraude?! E sobre outras opiniões cito esta; Porto, a segunda cidade mais importante de Portugal e capital da região do Douro Litoral, baptizou com o seu nome inicial - Portucale - o reino de Portugal como país independente, em meados do século XIII. De forma a evitar confusões entre o nome da cidade e do reino, no século XIII dá-se a simplificação do nome da cidade para Portus (Porto). O nome Portucale deriva das palavras Portus e Cale (abrigo): "Porto de Abrigo". Cale foi o nome dado ao aglomerado junto à Sé Catedral, construída durante o século XII, sobre as fundações de um castelo Suevo. «(...) Para Fuco O'Soer a origem do termo Cale parte da Deusa mãe dos celtas Calleach, pois, segundo ele, era costume romano na altura nomear aos povos conquistados pela denominação dos seus deuses. Isto dá, para lembrar-nos, que o nascimento da Calécia como entidade política, produziu-se após a batalha do Douro e a posterior conquista romana. Para este autor, os celtas do Douro, virão a ser os Cal-laic-us (Calaicos) ou filhos da Deusa mãe dos celtas Cal-leach. Cuja referência se tem encontrado numa inscrição na forma Calaic-ia no lugar de Sobreira, perto do Porto. Uma outra análise do radical Cale no âmbito das línguas célticas: Palomar Lapesa (1957) e Alberto Firmat (1966), liga este com o significado de "pedra", "rochedo", "duro", cuja expressão se adequa com rigor às características geológicas e graníticas da cidade, nomeadamente do morro da Sé. (...)» (Luís Magarinhos Igrejas, "Sobre a origem e o significado das palavras Portugal e Galiza")

Re: Portucale, só não capto é onde entra GAIA

no intróito (primeiro escrevinhado)!!! Jadscl

Re: Portucale, só não capto é onde entra GAIA

Segundo alguns historiadores Gaia era a parte sul da localidade Portus a norte e Cale a sul. Aliás até ao século XV salvo erro Porto e Gaia (a parte ribeirinha) era uma unica urbe. Nem a maior parte do Porto actual e Gaia actual pertenciam à urbe.

Re: Amigo Artenigma

Sem querer menosprezar a equipa do Porto, essa associação de Porto (Portu) e Cale (Gaia) não podia estar mais errada. O nome do nosso país deriva de um antigo Reino Suevo, situado no século VI na antiga Galaecia romana. O conde Dom Henrique, ao chegar ao futuro condado, reparou que a memória desse reino ainda estava preservada no seio dos indígenas, muito por força do bispado de Braga, extremamente activo desde a invasão muçulmana. Daí até a evolução toponímica foi um pequeno passo. Em última análise, devemos à cidade bracarense o nome do nosso país, mas, peço desculpa, o Porto não tem nada a ver com isso. A cidade em si só ganhou expressão a partir do século XII e Gaia só a partir do século XVIII. A equipa de futebol é a melhor, sem dúvida. São os únicos que apresentam qualidade para representar o país "lá fora", mas essa deturpação da história é que já é a puxar demasiado a brasa à sardinha do norte. Espero que não leves a mal o meu reparo. :) Saudações de um benfiquista e boa sorte para a próxima eliminatória na CL. Não deram origem a Portugal, mas espero que o continuem a dignificar.

Re: Amigo Artenigma

Essa tentativa de reescrever a história trocando a etimologia das palavras, pela influência política na época, é engraçada. Portugal foi buscar o nome Portucale, que foi buscar o nome a Portus Cale (porto do povoado de Cale, na foz do Rio Douro). Ora e que raio se encontra na foz do Rio Douro?! Se hoje em dia se diz que Portugal foi buscar o nome a Porto e Gaia é incorrecto historicamente (Gaia veio muito mais tarde), etimologicamente está 100% no ponto. Isto porque Gaia e Gal são evolução da palavra Cale. Se até os próprios galegos admitem que cá se veio buscar o nome da Galiza <- Gallaecia <- Callaeci (tribo celta fundadora? de Cale), quem és tu para dizer que só porque o Condado Portucalense era dominado por Braga que o nome de Portugal se deve a essa cidade?

Re: Amigo Artenigma

Calma. Eu disse em última análise, porque de facto foi com Braga (e aqui "Braga" entenda-se o bispado metropolita centrado nesta cidade durante o ínicio do séc. III até ao ano de 836, e não a cidade) que deteve um papel preponderante na preservação de uma tradição e de uma memória tardo-romana, e não o Porto. O que sabemos relativamente à origem do nome «Portucale» centra-se antes de mais numa região, num dado espaço territorial, não centrado num pólo urbano, ou pólos urbanos. Semelhante situação detém, por exemplo, Évora, que deriva da região de "Ebora", também ele topónimo de origem celta, e não de uma cidade com esse nome. O próprio exemplo que indicaste da Galiza é, nesse sentido, paradigmático, pois com a afirmação das nações ibéricas, foram precisamente os topónimos das regiões, que ainda perduravam, a sofrer a devida evolução, topónimos esses que já definiam um conjunto de reinos "bárbaros" entre o século IV e VI. Segundo alguns estudiosos, nomeadamente de origem espanhola, «Portus Cale» pode ter muitas interpretações, mas sempre me inclinei para relacioná-la não tanto com a cidade do Porto, mas mais com o Rio Douro. Posso estar errado, mas creio que foi Plínio (séc. I d.C.) que enuncia não a cidade de Portus Cale, mas a região, a partir dos povos que a habitavam. (a obra original daquele historiador está disponível neste site http://www.perseus.tufts.edu/cgi-bin/vor?full=1&collection=Perseus:collection:Greco-Roman&lang=en&doc=Perseus:text:1999.02.0137) Não pretendo, obviamente, retirar importância às cidades de Gaia e Porto na afirmação e eventual ligação com o início do nosso país, mas há que considerar a possibilidade de muitos chavões da nossa história terem outras interpretações. Mas, repito, tal não invalida a grandeza histórica da cidade e, em nota pessoal, é mais que legítimo transpô-la para o futebol. :)

Re: Amigo Artenigma

Continuas a tentar misturar a organização regional da zona com a utilização etimológica das palavras. A prova da importância das palavras, é que povos consecutivos que refundavam a região entre o Minho e o Douro acabavam sempre por se identificar com a referência histórica mais antiga da zona. Portus Cale. De certeza que sabes que esta zona foi o último reduto dos Neandertais e os primeiros povos "evoluídos" a cá chegar vieram de barco. Não é preciso perceber muito de geografia para perceber porque a foz e vale do Douro era muito importante para eles. Além disso toda a beleza da região está associada aquele primeiro momento de descoberta da foz do Douro. Basta tentar imaginar aquela zona sem nenhum edifício de um lado ou outro do rio. Devia ser uma vista impressionante. E o nome utilizado talvez venha mesma do grego Kalli (beleza). E esse primeiro nome é que ficou associado a toda a região. Propagou-se ao longo do tempo e Portugal é o resultado final da beleza da foz do Douro.

Re: Amigo Artenigma

Tudo certo. Concordo inteiramente, mas também entra aqui um conjunto de considerações que entronca na própria fisionomia territorial do Entre Douro e Minho, onde grande parte dos rios é navegável numa grande extensão. Aliás, foi com base nesta percepção que o grande pacificador da zona, durante o período romano, só parou num outro rio: o Lima. O episódio até é caricato, mas foi esse rio, que se dizia intrasponível (e foi-o), que acabou por travar os avanços romanos para norte, permitindo criar-se uma zona de resistência do povo galaico (ou calaico). Dada a particularidade fluvial da zona, ficou definida como «a região dos portos», ou o «abrigo dos portos» (muito provavelmente devido à proliferação daquele tipo de estruturas ao longo dos enormes rios que ainda hoje a definem), como alguns já quiseram denominá-la. Aliás, actualmente a palavra "cale" ainda existe, e define a extensão mais funda de um dado rio. Não sei se poderá relacionar-se com isto, mas a tal teremos que atentar mais ao episódio do rio Lima, e não tanto à descoberta da foz do Douro. No entanto, também destaco a tua referência: chegar a essa zona, e vê-la imaculada, ainda "virgem" (se é que se pode aplicar o termo), deve de ter sido uma visão extraordinária. Não quero, obviamente, contrariar a História, mas sou adepto (para além do Benfica, claro), da consderação que defende a existência de muitos chavões instituidos nesta disciplina, e grande parte deles permitem-se reger sob o signo da exaltação de um dado aspecto, episódio, ou mesmo cidade. Paradigma disso mesmo são os "nossos" Descobrimentos (mas essa já é outra estória...demasiado longa), ou mesmo a de Guimarães ser o "berço" da nação. Não pretendo, obviamente, contrariar os séculos, mas são passíveis outras leituras, e longe de mim querer minimizar a importância da cidade do Porto (ou mesmo de Gaia), no quadro geográfico e histórico do nosso país. Ambas (em particular o Porto, como é óbvio), merecem a sua exaltação, e terão tido certamente o seu papel na definição do sermos "portugueses", mas existem outros pontos que têm que ser aqui enquadrados, onde destaco, novamente, o papel da presença romana e a devida continuidade histórica durante o fim do Império e as cisões "bárbaras". Cumprimentos...

Re: Amigo Artenigma

"Em última análise, devemos à cidade bracarense o nome do nosso país" Como?!

Re: Amigo Artenigma

«Portucale» não correspondia à cidade do Porto, mas sim a uma zona adstrita ao bispado metropolita de Braga entre os séculos IV e IX. A preservação de uma cultura tardo-romana, muito por força de um conjunto de letrados, como é o caso de São Martinho de Dume e Inácio de Chaves permitiu preservar a memória do antigo espaço romano, que depois ficou a representar a origem de um país. :) Eu disse em última análise...ou seja, muitas outras têm que ser consideradas antes desta. Saudações...

Re: Amigo Artenigma

Essa do «reino suevo»...Se não incomodar, poder-me-ia informar sobre a bibliografia que o levou a essa conclusão...Sou licenciado em História, pela Faculdade de Letras, da Universidade do Porto e jamais «ouvi» algo parecido com «isso»...Mas já agora, esclareça-me...Cumprimentos

Re: Amigo Artenigma

Boas... Também sou licenciado em História, mas da Arte, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas de Lisboa, mas quis a vida que me encaminhasse mais para a área da Arqueologia, onde tenho vindo a deparar-me com achados e trabalhos extremamente importantes, nomeadamente na zona de influência celta-ibérica, que apanha sensivelmente a faixa entre Douro e e a zona meridional da Península. Tenho tido a fortuna de contactar com pessoas que já apontaram para a necessidade de se reescrever a parte da nossa história pré-Portugal, concedendo cada vez mais importância a uma enorme, monumental, herança romana e, para a zona em questão, tardo-romana, vulgo "bárbara" (termo que é cada vez mais pejorativo e até insultuoso). A bibliografia que te posso apontar resume-se a trabalhos e relatórios arqueológicos, a análise de materiais e a própria sensibilidade de um conjunto de pessoas, cujo nome terei todo o prazer em facultar-te, mas fora deste suporte (espero que não me leves a mal esta parte). Como é óbvio, falo de teorias e como trabalhas na área de História, saberás que existem sempre coisas novas a surgir, pelo menos que criem a dúvida. O que sabemos é que durante o período suevo-visigótico, ficou preservada a cultura tardo-romana, bem como a memória toponímica de certos locais. Não invalido a origem do nome na zona do Porto, mas concedo mais importância à componente romana, que passou por outras vicissitudes a sul do Douro (fronteira Norte do Al-Andalus). E com isto tinhamos discussão (saudável, espero) para muitas noites. :) Saudações...

Ai os Historiadores, ai, ai...???!!! Então a do :

Portucale se referia a Porto e Gaia; LOLOLOL!!! Reino Suevo. O Reino Suevo configura-se como a mais antiga estrutura política das actuais regiões da Galiza e (norte e centro de) Portugal depois da queda do domínio romano. Foi o primeiro reino que se separou do Império Romano e cunhou moeda. Os suevos eram um povo germânico que teria entrado no noroeste da Península Ibérica em 409 numa vaga migratória ou guerreira mas com pouca população. Rapidamente tomaram o controlo do território, mas devido ao seu número reduzido não modificaram grandemente a estrutura nem a cultura em que se assentaram. As Crónicas de Idácio é uma das fontes que mais dados nos dá sobre a estadia deste povo no noroeste peninsular e possui grande valor por tratar-se duma fonte contemporânea aos acontecimentos relatados. Os suevos, procedentes do interior de Europa, concentraram-se à sua chegada à península Ibérica entre o Douro e o Minho, na zona de influência de Braga. Nomearam como rei Hermerico (409-438), que assinou um foedus com Roma em 410 ou 411 pelo que os suevos estabeleceram o seu reino na província romana de Gallaecia e aceitaram o imperador de Roma como o seu superior. Depois da morte de Hermerico reinou Réquila (438-448) que empreendeu uma política expansiva que fez com que os suevos se consolidassem no norte da Lusitânia. Sucedeu-o Requiário (448-456), que adoptou o catolicismo em 449. Em 456 teve lugar a batalha de Órbigo , que opôs visigodos e suevos, com a derrota destes últimos, o que teve como consequência o assassinato de Requiário e o saque de Braga pelos Visigodos. São Martinho de Dume, numa miniatura do Códice Albeldensis, c. 976. À esquerda, junto da cabeça pode-se ler Martinus episcopus bracarensis.Depois da derrota frente aos visigodos, o reino Suevo dividiu-se e governaram-no simultaneamente Frantano e Aguiulfo. Os dois fizeram-no desde 456 até 457, ano no qual Maldras (457-459) reunificou o reino, para acabar sendo assassinado devido a uma conspiração romano-visigótica que fracassou. Apesar da conspiração não ter atingido os seus objectivos, o reino suevo viu-se novamente dividido entre dois reis, Frumário (459-463) e Remismundo (filho de Maldras) (459-469) que reunificou novamente o reino de seu pai em 463 e que se viu obrigado a adoptar o arianismo em 465 devido à influência visigótica. Depois da morte de Remismundo entrou-se numa idade das trevas, que durou até 550, ano no qual desaparecem praticamente todos os textos escritos. A única coisa que se sabe desta época é que muito provavelmente Teodemundo governou a o reino. A idade das trevas terminaram com o reinado de Carriarico (550-559) que se converteu novamente ao catolicismo em 550. Sucedeu-o Teodomiro (559-570) (não confundir com Teodomiro, conde visigodo) durante o reinado do qual teve lugar o Primeiro Concílio de Braga (561). É notável nesta época o trabalho de São Martinho de Braga, impulsionador dos ditos concílios, da ordenação do território (Parochiale Suevorum) e da difusão do cristianismo frente as crenças pagãs de raiz pré-românica (De correctione rusticorum). Desempenhou funções de autêntico chanceler do rei Teodomiro. Miro (570-583) foi o seu sucessor. Durante o seu reinado celebrou-se o Segundo Concílio de Braga (572). Aproximadamente em 577 iniciou-se a guerra civil visigoda, na que interveio Miro, que no ano 583 organizou uma expedição fracassada de conquista a Sevilha. Durante o regresso desta expedição o rei encontrou a morte. No reino suevo começaram a produzir-se muitas lutas internas. Eborico (também chamado de Eurico) (583-584) foi destronado por Andeca (584-585) que falhou no seu intento de evitar a invasão visigoda dirigida por Leovigildo, que se fará efectivamente no ano de 585. [editar] Bibliografia Arias, Jorge C. "Identity and Interactions: The Suevi and the Hispano-Romans." University of Virginia: Spring 2007. Ferreiro, Alberto. "Braga and Tours: Some Observations on Gregory's De virtutibus sancti Martini." Journal of Early Christian Studies. 3 (1995), p. 195–210. Lopez Carreira, A. O Reino de Galiza. A Nosa Terra, Vigo, 1998 Lopez Carreira, A. O Reino medieval de Galicia. A Nosa Terra, Vigo, 2005 Thompson, E. A. "The Conversion of the Spanish Suevi to Catholicism." Visigothic Spain: New Approaches. ed. Edward James. Oxford: Oxford University Press, 1980. ISBN 0-19-922543-1. Jadscl

Re: Amigo Artenigma

Bem, isso aprendi eu para aí no 6.º ano de escolaridade. Reino Suevo, um dos reinos dos povos que se formou na Península Ibérica na altura da queda do Império Romano do Ocidente. Durou até ter sido "absorvido" pelos visigodos, que por sua vez foram "arrastados" até às Astúrias pelos Muçulmanos no Sec. VIII.