Baía diz que tinha condições para continuar a jogar | Relvado

Baía diz que tinha condições para continuar a jogar

 


Baía diz que tinha condições para continuar a jogar
Após ter anunciado o fim da carreira de futebolista, Vítor Baía vem a público dizer que poderia perfeitamente ter continuado a jogar sem qualquer problema. «Pela minha estrutura física e vida que tive durante a minha carreira podia tranquilamente continuar a jogar», diz o ex-guarda-redes. Mas Baía também nota que este era «o momento ideal» para se retirar depois de tudo o que conquistou na sua carreira. Aos 37 anos inicia agora uma nova profissão como dirigente...




E Baía explica que preferiu assumir um cargo directivo a ser treinador por acreditar que pode «ser mais útil ao futebol português e ao FC Porto» no dirigismo. O ex-guarda-redes vai assumir as Relações Externas do FC Porto e espera pôr em prática o «capital de experiência» que acumulou em quase 20 anos de carreira como jogador profissional.

Vítor Baía festeja com champanhe
As declarações de Baía foram prestadas durante um evento ligado à sua Fundação, momento que o ex-guardião aproveitou para fazer um balanço da sua história de futebolista. O jogador com mais títulos do mundo nota que «todos os títulos foram especiais, mas o primeiro título europeu pelo FC Porto, a Taça UEFA, foi a concretização de um sonho de criança», confessa. A conquista da Liga dos Campeões no ano seguinte foi «a cereja em cima do bolo», diz ainda.

Quanto aos lamentos, repara que lhe faltou «ganhar uma Supertaça Europeia e marcar um golo». Do afastamento prematuro da Selecção portuguesa com a chegada de Luiz Felipe Scolari recusa falar, mas nota que ao serviço das quinas chegou «a aguentar 15 minutos em campo com uma lesão grave no menisco», mazela que acabaria por o arredar dos relvados por seis meses.


Fotos: Lusa


FC Porto:

Comentários [9]

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Até mais, Campeão

Quem me conhece sabe que sou um aficionado por futebol. 99,9% dos meus pensamentos estão relacionados com o desporto rei. Como fã, admiro muitas personalidades ligadas a esta modalidade, como Cristiano Ronaldo, Alex Bunbury, Paulo Autuori, Domingos Paciência, Mourinho, ou Bobby Robson. No que diz respeito a ídolos, porém, só tenho um: Vítor Baía. Um atleta de eleição, um guarda-redes fantástico, que tornava fácil aquilo que parecia difícil. Foi com muita tristeza, portanto, que tomei conhecimento do fim da carreira do único futebolista que eu um dia realmente venerei. Com 19 anos, defendeu a baliza do Porto com todo o profissionalismo e brio a que sempre nos habituou. Na época seguinte, já era o titular indiscutível dos dragões e assim continuou até a sua saída para Barcelona, em 96. A 19 de Dezembro de 1990, veio a estreia pela Selecção Nacional. Foi contra os Estados Unidos, na Maia, num jogo em que a equipa de todos nós venceu por 1-0. Em 1996, depois de ter participado no Euro 96, transferiu-se para Barcelona, naquela que foi, então, a transferência mais cara de um guarda-redes. Na Catalunha, encontrou um campeonato diferente e a camisola do Barça revelar-se-ia pesada. Não obstante, fez uma grande época na Catalunha, conquistando a Taça das Taças e a Taça do Rei. No entanto, na sua segunda época, treinou sob as ordens de Van Gaal, que, por alguma razão, não foi com a sua cara. O momento mais dramático aconteceu aquando de um jogo para a Liga dos Campeões,contra o Dinamo de Kiev, em que o Barcelona foi goleado em casa por 4-0. Esse jogo acabou por ser a morte de Baía na Catalunha. O treinador holandês, que sabia à priori que o guardião português não estava em condições de jogar, insistiu na sua titularidade nesse encontro. Em 1999, aconteceu o tão desejado regresso às Antas, então por empréstimo. O dia do seu regresso ao seu clube do coração foi emblemático. Avenida Fernão Magalhães foi interrompida, pois os exigentes adeptos portistas levaram-no em ombros. Após o desastre por terras do Oriente e com a chegada de Scolari, Baía nunca mais voltou a vestir o mais importante jersey da selecção nacional. As versões são mais do que várias, mas, provavelmente, só Felipão saberá o por quê de não contar com o guardião portista. Com Mourinho ao leme dos dragões, Baía realizou duas das suas melhores épocas de sempre, premiadas com três títulos internacionais: Taça Uefa, Liga dos Campeões e Taça Intercontinental. Em 2004, ano em que ficou fora do Euro 2004, realizado em Portugal, foi eleito pela crítica o melhor guarda-redes da Europa. Nos anos seguintes, continuou a fazer épocas de grande nível, até que perdeu a titularidade no F.C. Porto para Helton. Mesmo assim, continuou a ser um elemento fundamental no balneário. Raras foram as vezes, durante a época que agora terminou, que os jogadores Porto não se dirigiram a Baía para festejar um golo. Doravante o futebol para mim terá um outro significado. Nunca mais verei o meu ídolo de sempre defender a camisola do meu tão estimado F.C. Porto. Um símbolo dos dragões, uma referência do futebol português. Vítor Baía foi, simplesmente, o melhor de todos os tempos … P.S. Há cerca de um ano, um amigo meu, de 15 anos, adepto do Porto, recebeu uma bola do seu clube, presente que detestou. Pois digamos que a bola não era bem do F.C. Porto, mas sim de Baía. “Porra, este frangueiro”, frisou António, aquando do visionamento do esférico. Não sei por que razão, mas as jovens gerações afectas ao dragão não têm o mesmo carinho por Vítor Baía que as gerações de outrora. Eu ainda sou de um tempo em que o mítico guardião passava inúmeros jogos consecutivos sem sofrer um golo. Arrisco-me a dizer que, por exemplo, na época 92/93, o facto de Baía sofrer um golo era tão raro, que poderia dar uma manchete dos três jornais desportivos. Recordo-me de, com 9 anos, estar a ouvir um relato de um Porto – Braga, que terminou com a vitória dos azuis e brancos por 5-3. Um amigo, benfiquista convicto, soltou, com uma grande dose de imparcialidade, o seguinte comentário, no momento do quinto golo portista: “Marcar três golos ao Baía não é para qualquer equipa”. Mal sabia ele – eu naquele momento desconhecia tal acontecimento – que dois dos golos bracarenses haviam sido marcados através da marca de grande penalidade!

Re: Até mais, Campeão

Excelente comentário :) Cumps

Bem-vindo

Baía saiu... mas chegaste tu... ao Relvado! Gostei muito da tua forma de escrever, espero que possas ser uma mais-valia neste espaço, onde cada vez mais impera a "linguagem sms"! E como há que contrariar isso... convido-te a ficares por cá! :) Bem-vindo!

Re: Bom comentário

"Grandes" a reboque do Benfica

OPA à Benfica SAD contagia acções do Porto e Sporting A oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Metalgest sobre o Benfica SAD fez disparar os títulos do clube encarnado e contagiou também as SAD dos rivais, o Sporting e o Porto. -------------------------------------------------------------------------------- Paulo Moutinho [email protected] A oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Metalgest sobre o Benfica SAD fez disparar os títulos do clube encarnado e contagiou também as SAD dos rivais, o Sporting e o Porto. Os títulos da SAD do Sporting [Cot] seguem em alta de 3,19% para os 2,59 euros, uma subida que está a contribuir para reduzir as perdas acumuladas pelas acções da SAD desde o início deste ano. Além do Sporting, também a SAD do FC Porto [fcp] está a valorizar, com os títulos do clube liderado por Pinto da Costa a subir 4% e a transaccionar nos 2,34 euros, cotação que avalia o FCP em 35,1 milhões de euros no mercado. As duas SAD estão a ser contagiadas pela forte subida das acções da Benfica SAD [Cot], que chegaram a valorizar 25%, depois da Metalgest, sociedade controlada por Joe Berardo, ter anunciado o lançamento de uma OPA parcial sobre o clube, oferecendo 3,50 euros sobre cada título

Baia queria era acabar no Sporting

Aquela referência à tranquilidade não engana.

Baía a presidente!

Eu também acho que foi a decisão mais acertada. Outra época no banco a entrar para ser campeão só desvalorizaria a imagem de grande e útil guarda-redes que Baía foi durante 19 anos. Há um capital de memória que importa perservar, nem que para isso tenha que se lutar contra a vontade natural de um jogador em querer jogar. Exemplos de vedetas a arrastarem-se em campo, por não saberem dizer o basta, é o que não falta.

Todos os portistas

sentem também que sim ,que Baia podia continuar a jogar mas penso que foi a decisão mais sensata. Certamente que Baia nestas novas funções no Porto vai continuar a orgulhar este grandioso clube ,desejo que tenha a maior sorte do mundo se á pessoas que merecem Baia é uma delas.

Em vez de Dirigente...

gostava de ver Baía a assumir a liderança da equipa na próxima época...