Phelps vs PortugalUm único homem iguala Portugal em número de medalhas. E isto é sintomático do estado da organização |
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04 de Agosto de 2012, às 21:41 |
À hora que escrevo este apontamento, o norte-americano Michael Phelps tinha a possibilidade de, ao cabo de três olimpíadas, igualar em medalhas o feito de Portugal ao longo de 100 anos de edições na mais importante competição desportiva mundial. E é a mais importante, porque serve de barómetro à avaliação da prática e cultura desportiva de um país, na sua vertente competitiva.
Até este sábado, o 5º lugar no Nuno Mendes e Pedro Fraga no remo foi o melhor que a representação portuguesa conseguiu em Londres. Houve, sublinhe-se, alguns recordes pessoais e nacionais que foram batidos - conforme sucedeu na Natação com Pedro Oliveira nos 200 metros costas, só para citar um exemplo - bem como outras vitórias morais para Portugal como o primeiro triunfo de sempre em badminton, ou os quartos-de-final atingidos no ténis de mesa.
A maior desilusão, porventura, terá sido no Judo, sem que os portugueses (alguns candidatos a medalhas) ficassem arredados da prova logo no primeiro combate. A ausência de Obikwelu, Naide Gomes e Nelson Évora, hipotecaram, também, o sonho de Portugal conquistar a sua 23ª medalha em Jogos Olímpicos.
Retomando o ponto de partida e salvaguardando o facto de Phelps ser um caso à parte na história do desporto, objetivamente, um único homem poderá igualar Portugal (que à escala mundial apesar de ser um país pequeno não é terceiro-mundista) em número de medalhas. E isto é sintomático do estado da organização do nosso desporto no geral.
Apesar das suas características físicas e talento, a "bala de Baltimore" não poderia ter atingidos estes números sem que houvesse uma grande aposta em si por parte do estado americano, do clube, e das condições de treino e preparação. Não quero, aqui, comparar as condições para desporto entre EUA e Portugal ou, sequer, o número de potenciais candidatos a Jogos Olímpicos (JO).
Em Portugal, a indústria em que o futebol se tornou, retirou espaço ao profissionalismo de outras modalidades e das condições para que estas evoluam. É com grande esforço da vida pessoal dos atletas (e quase sem apoio do Estado) que muitos ainda insistem treinar, e chegar a uma olimpíada acaba por ser, em si mesmo, um grande prémio. Ao esforço e motivação para fazer o melhor possível no palco olímpico os lusos conseguem bater recordes pessoais e nacionais, e, amiúde, chegar às medalhas.
Quer isto dizer que numa prova de nações, como é o caso dos JO, Portugal acaba por ser penalizado pela falta de planeamento desportivo (e consequentemente cultura na vertente competitiva) que existe no nosso país. Os resultados verificados este ano são mais do mesmo, isto é, bons no plano individual e para as modalidades no país, mas muito longe de glorificar Portugal no plano internacional como potência desportiva.
Mesmo tendo cerca de 10 milhões de habitantes Portugal tem obrigação de chegar mais alto, mais longe e de ser mais forte. Não é uma questão de falta de talento, mas sim de planeamento, ousar investir, saber fazê-lo e, claro, manter-se fiel ao rumo traçado. Basta ver o exemplo espanhol que, hoje por hoje, domina em quase todas as modalidades coletivas, e mantém atletas de top em muitas individuais.
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O Phelps tem ...
Enviado por Caniggia a 07 de Agosto de 2012, às 12:20.... já conquistadas 16 medalhas de ouro em Olímpiadas o que é 4 vezes mais do que nós ganhámos em 116 anos.
bastava que tivesse
Enviado por Demolidor- a 06 de Agosto de 2012, às 09:08.bastava que tivesse canalizado os milhoes dos dinheiros publicas gastos tanto na construcao como na manutencao do centro de estagios do clube do pinto da costa e apoiado as diversas modalidades do desporto nacional, que a maior parte delas esta falida e a fechar actividades por falta de verbas.
Os gananciosos portistas, trapaceiros de primeira linha so prejudicam o bem , sao a vergonha nacional e ainda se regozijam aqueles adeptos palhacos com os sucessos dum clube condenado na justica desportiva por corrupcao.
Chega de tanta burrice!
Enviado por dragao13 a 07 de Agosto de 2012, às 12:34.Estou cansado de te ler a dizer sempre os mesmos disparates!"Que tal, só para variares um pouco, dizeres algo de interessante e que nada tivesse a ver com o teu complexo de inferioridade em relação ao FC Porto? Que tal gastares antes as energias a tentar melhorar o teu clube para ser capaz de competir com o Porto?
sem
Enviado por Biotípico a 09 de Agosto de 2012, às 09:01.frura é difícil de competir...
Este usuário acha que Portugal nãon é terceiro-mundista no que
Enviado por o inquisidor a 04 de Agosto de 2012, às 23:12.às modalidades olímpicas diz respeito??? Pois nãon... somos cá para mim o cêntuplo-mundista!!! LOL
Um atleta com síndroma do "farfalho" tem as mesmas medalhas que nós e o que dizer destes países "primeiro-mundistas" como a Etiópia o Quénia, Cuba, Coreia do Norte, em relação aos Tugas.
E fico-me por aqui, já nem escrevinho Mongólia a atirar para o Cazaquistão qual Usbequistão..., só TRETALOLANDO do grupo de excursionistas!!!
AHAHAHAH
Enviado por Biotípico a 04 de Agosto de 2012, às 23:16.AHAHAHAHAH!