Sporting-Nacional: Schaars salva leões com golo aos 96 minutos

Foi o mal menor. O Sporting conseguiu empatar frente ao Nacional da Madeira, na primeira-mão das meias-finais da Taça de Portugal, a duas bolas, depois de ter estado a perder por 2-0. A final do Jamor está à distância de 90 minutos que serão disputados no complicado Estádio da Choupana.

O Sporting começou a partida com um duro revés, por causa da lesão de Wolfswinkel. O avançado holandês magoou-se num lance com Neto e saiu do relvado com fortes dores. Com Ribas, que se estreou na convocatória na bancada, Domingos Paciência fez entrar Bojinov e o búlgaro foi mera figura de corpo presente na equipa leonina.

Do lado do Nacional cedo se percebeu que os insulares estavam em Alvalade a pensar na segunda-mão, na sempre difícil Choupana, sendo evidente que a equipa de Pedro Caixinha não correria risco algum. E foi no aproveitamento do erro do adversário que o emblema da Madeira chegou ao golo. Aos 35 minutos de jogo Rondon aproveitava as facilidades concedidas pela defesa do Sporting e inaugurava o marcador. Já pouco antes o mesmo Rondon tinha assinado a melhor situação de golo do jogo depois de um grande lance de Skolnic na esquerda.

A primeira metade do jogo foi de pouco futebol e com o Sporting a realizar uma das piores prestações da temporada. Também cedo Domingos se apercebeu de que a escolha de Renato Neto para o onze não resultava, tanto mais com Matías Fernández fora de água no corredor lateral. O treinador dos leões fazia a segunda substituição ainda na primeira metade, apostando em Carrillo para o lugar do médio brasileiro.

Antes do cair do pano para o intervalo, o Nacional ampliava o marcador para 2-0 com Candeias a aproveitar uma perda de bola de Anderson Polga. Demasiado fácil, pensariam os insulares, perante uma assistência sportinguista que assobiava a própria equipa depois do apito para o descanso.

No regresso dos balneários Jeffren, que foi figura de destaque no onze inicial, regressando após ausência desde 30 de outubro, não voltava com a equipa e no seu lugar vinha Capel. Estavam assim esgotadas as substituições na formação leonina.

A segunda metade mostrou um Sporting de cara bem diferente, muito mais atrevido correndo atrás do prejuízo. Os leões dominaram por completo o encontro e logo no arranque Matías Fernández, após cruzamento de Carrillo, obrigava Vladan a uma boa defesa. O mesmo Carrillo viria a protagonizar um falhanço incrível, atirando por cima da baliza, na sequência de uma jogada orquestrada por Capel. Isto com Bojinov no chão!

Aos 66 minutos o Sporting via a sua tarefa facilitada com a redução do Nacional a dez jogadores, fruto da expulsão de Márcio Madeira por acumulação de cartões amarelos.

O primeiro golo dos leões no encontro surgiu aos 74 minutos por intermédio de Elias, após um cruzamento de Schaars desde o flanco esquerdo, e com o brasileiro a rematar sem deixar cair a bola no chão. Quatro minutos depois o médio brasileiro, endiabrado com o tento, cabeceava a bola que recebeu de Insua para a defesa de Vladan para canto. O guarda-redes dos insulares responderia ainda com mestria a um remate de Matías Fernández aos 81 minutos.

Aos 80 minutos o árbitro Paulo Baptista anulou um golo ao Sporting. Foi Onyewu quem fez o disparo final, a seguir a um desvio de cabeça de Polga que parece estar em posição irregular.

O 2-2 chegaria efetivamente já em período de descontos num livre batido por Schaars. Um lance que suscita algumas dúvidas, uma vez que a bola ainda bate em Polga antes de entrar na baliza e o central parece estar em posição irregular.

O jogo acabaria com duros protestos dos jogadores do Nacional que, além da situação referida, se queixariam do tempo de compensação que foi para lá dos seis minutos, depois de a placa do quarto árbitro ter mostrado cinco.