MP deduz acusação ao Nacional por fraude e branqueamento de capitais

O Ministério Público deduziu acusação contra membros da direção, jogadores e técnicos do Nacional, que, entre 2002 e 2005, terão alegadamente cometido crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

"Foi encerrado o inquérito e deduzida acusação pelo Ministério Público contra os membros da direção do Clube Desportivo Nacional, por indiciação de factos passíveis de consubstanciar um crime de fraude qualificada, um crime de fraude contra a segurança social e um crime de branqueamento", pode ler-se no comunicado publicado esta sexta-feira na página da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.

De acordo com o mesmo documento, "contra seis jogadores e técnicos do referido clube foi deduzida acusação por indiciação de factos passíveis de consubstanciar a comissão de um crime de fraude".

Em causa estão alegadamente crimes de fraude relacionada com contratos. De acordo com a acusação, o esquema visava o pagamento de parte das quantias devidas a título de salário a funcionários, jogadores e técnicos, de forma que a mesma não fosse sujeita à devida tributação fiscal.

O Ministério Público acrescenta que era utilizada faturação emitida por uma sociedade inglesa, com fundamento em contratos celebrados entre esta e o Nacional, através dos quais aquela sociedade cedia ao clube o direito de utilização do nome e imagem dos jogadores e técnicos deste. "Eram facturas relativas a serviços inexistentes, uma vez que a referida sociedade não era titular de tais direitos, sendo certo que nenhum dos jogadores e técnicos envolvidos havia cedido tal direito à referida sociedade", divulga em comunicado a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.