FC Porto-Nacional: golos dão safanão na crise (crónica) | Relvado

FC Porto-Nacional: golos dão safanão na crise (crónica)

Um FC Porto revolucionado goleou uma equipa madeirense que não tem pontas por onde pegar. E finalmen
 
FC Porto-Nacional: Hulk vs Claudemir
Lusa

O FC Porto teve este domingo o adversário ideal para dar um valente safanão à crise. Em visita ao Estádio do Dragão esteve o pior Nacional de que há memória em anos recentes e se os campeões nacionais estavam com a confiança abalada, os insulares vieram reforçá-la.

Vítor Pereira levou a cabo um terramoto na equipa inicial. Não estavam Otamendi, João Moutinho, James, Guarín nem Kléber, estavam Mangala, Defour, Varela, Belluschi e Walter (e uma estranha figura alourada que rapidamente se percebeu ser Hulk). Trocas destinadas a mostrar que não há lugares cativos no plantel e que quem está mal – facto reconhecido pelo próprio Moutinho - vê o jogo de fora.

A verdade é que melhorias, nem vê-las nos primeiros minutos. O FC Porto começou o jogo como tinha terminado o anterior, frente ao Apoel: sem chama, sem pressão, sem velocidade, sem alegria – e a dar muitos espaços que, se o adversário fosse outro, poderiam ter tido consequências.

Nacional demasiado mau

Mas este Nacional – pior ataque e pior defesa do campeonato – está muitos furos abaixo do campeão cipriota. Lá à frente apenas Mateus, com bons pormenores e iniciativas, incomodava a defesa azul e branca. Não surpreende que a equipa de Ivo Vieira ainda não se tenha estrwado a marcar fora da Madeira. Atrás, a defesa tremia perante as arrancadas de Varela e Hulk. Cedo se percebeu, por isso, que mesmo um FC Porto em “reabilitação” seria capaz de vencer o jogo, com maior ou menor dificuldade.

Se dúvidas houvesse, o primeiro golo, por Defour, aos 24 minutos, dissipou-as. Ficou na retina o passe de Walter, de calcanhar. Aos 40, o mesmo Walter arrumou a questão, ao fazer o 2-0 na sequência de um canto. O brasileiro estava fora de jogo, mas o auxiliar de Cosme Machado não terá visto.

Mesmo antes do intervalo, Mateus (sempre ele) perdeu uma excelente oportunidade para reduzir o placard e levar um pouco de emoção para os balneários.

Golos devolvem tranquilidade

Se o Nacional pouco tinha feito nos primeiros 45 minutos, ainda menos fez na segunda parte do encontro. O FC Porto, por outro lado, entrou melhor. Os dois golos de vantagem devolveram tranquilidade e alguma qualidade de jogo à equipa.

O terceiro golo surgiu aos 66 minutos, por intermédio de Sapunaru, que aproveitou uma defesa incompleta de Marcelo num livre direto. O Nacional estava rendido.

A 20 minutos do fim, Vítor Pereira pôs em campo os pesos pesados Guarín e Moutinho, fazendo sair Defour e Belluschi – o argentino saiu visivelmente inconformado. Walter também cedeu o seu posto a Kléber.

O internacional belga esteve em bom plano, quer a atacar quer a defender. Mas com Moutinho em campo, o perfume do futebol portista é outro. Esteve na maior parte das jogadas do último quarto de hora e, desmarcado por Guarín, ofereceu o 4-0 a Kléber.

Mesmo no fim, ainda houve tempo para o melhor golo da noite. Hulk, em posição que deixa dúvidas, fez um chapéu... de se lhe tirar o chapéu.

A exibição foi cinzenta como o dia de outono que se abateu sobre o Porto? Foi. Mas os azuis-e-brancos continuam a liderar o campeonato, a par do Benfica, com o melhor ataque da prova. E os pontos é que contam no final.

FC Porto:

Comentários [64]

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Um bom resultado, uma exibição medíocre!

O Porto não fez hoje um bom jogo, mas conseguiu um grande resultado frente à equipa que mais vezes ganhou no Dragão!
Vítor Pereira fez uma pequena revolução na equipa mas fê-la mal como seria de esperar! Tirou os dois centrocampistas que toda a gente pedia, Guarin e João Moutinho, fazendo entrar Defour e Belluschi, tirou James Rodriguez para a entrada de Varela e também saiu Otamendi (em vez do nercessário Rolando)
entrando Mangala. Mas a equipa continuou na mesma, muito partida entre os sectores, sem um conjunto capaz e sem solidês defensiva e a falhar muitos passes, Houve vontade, houve pressão alta sobre os adversários e pode ter sido isso a salvar o resultado!
O Porto teve sempre dificuldade em ligar as jogadas e a abrir espaços na defesa do Nacional mas uma jogada rápida resultante da pressão alta, proporcionou um passe de calcanhar de Walter para Defour e o remate deste (desviado num contrário?), sobrevoou o guarda-redes e entrou na baliza! Esperava-se que este golo desbloqueasse a partida, mas não! O Porto não jogava bem e o Nacional, nas poucas investidas, chegava com alguma facilidade à area da baliza de Helton, destacanndo-se Mangala a actuar com grande segurança! Na outra ponta do campo também não se viviam grandes situações de aflição e o intervalo aproximava-se sem que parecesse possível alterar o resultado! Mas um canto, marcado por Hulk na esquerda foi desviado por Rolando e Walter à boca da baliza e em posição de fora de jogo, fez o segundo do Porto.
Como sempre acontece com Vítor Pereira, não houve alterações para a segunda metade e o jogo continuou aborrecido e sem jogadas bem feitas. O Nacional também parecia convencido e apenas tentava ténues e pouco convictos contra-ataques e o maior perigo vinha dos passes disparatados de Rolando, realmente numa forma inacreditável!
O jogo arrastou-se e só aos 67 minutos, um livre de Hulk foi defendido em dificuldade pelo guarda-redes, com uma palmada para o meio da baliza, onde apareceu Sapunaru a marcar o golo mais fácil da sua carreira.
Pouco depois, Vítor Pereira fez substituições e não arranjou nada melhor para fazer que meter Moutinho e Guarin saindo Defour e Belluschi.
Foi já nos minutos finais que o resultado subiu, depois de uma nova alteração no Porto com a entrada Kléber por troca com Walter. Primeiro, uma boa jogada em que Guarin lançou Moutinho e este, já dentro da área, deu em bandeja de prata para Kléber marcar. Já nos descontos, foi Hulk a fazer um chapéu ao guarda-redes
e a marcar o 5º, dando ao marcador um volume (muito) exagerado!

de acordo

+1 ponto

Concordo

Concordo contigo, o Porto não fez uma boa exibição e o resultado foi muito melhor. Só uma coisa, o livre não foi do Hulk, foi do Belushi, aparecendo o Sapunaru logo a seguir na recarga.

mais uns meses com o vitorias

mais uns meses com o vitorias pereiras. assim é bom.