Memórias de um passado recente...

Memórias de um passado recente... 7 Agosto de 2010, Aveiro. Há 3 anos jogava-se a Supertaça, troféu que marca o início da época desportiva. Este jogo fica marcado por um conjunto de particularidades, mas já lá vamos.

De um lado, F.C.Porto, vencedor da Taça de Portugal na época anterior. Vem de um 3º lugar no campeonato e, segundo alguns entendidos, de uma pré-época considerada medíocre. Apesar de alguns bons indicadores, equipa de André Villas-Boas não convence e não é considerada favorita.

Do outro lado o S.L.Benfica, o campeão em título. Eterno campeão de pré-época, e mesmo tendo perdido Di Maria e Ramires, é mais que favorito para o jogo de Aveiro. O fantasma Roberto começar a pairar sobre os adeptos, mas na Luz acredita-se que o guarda redes ainda iria calar muita gente.

O F.C.Porto acaba por vencer por 2-0, superiorizando-se ao rival de uma forma categórica e com uma grande exibição, não deixando margem para dúvidas quanto à justiça do vencedor. Pode-se dizer que este jogo foi o espelho da época que se avizinhava, em vários sentidos.

No entanto, este jogo fica marcado por outras razões. Terá sido, num passado recente, o jogo em que uma equipa beneficiou mais da complacência de um árbitro. É caso para dizer que os "Capelas", ao lado desse, são meninos de coro!

O árbitro, preferência assumida por Luís Filipe Vieira, deixou passar impune uma série de agressões a jogadores do F.C.Porto. Golpes de Karaté, agressões sem bola, cotoveladas, etc. Valia tudo! Cardozo, David Luiz, César Peixoto e Carlos Martins, pelo menos, protagonizaram verdadeiras cenas dignas de filmes de ação e conseguiram acabar o jogo. Inacreditável! O próprio árbitro chegou, inclusive, a agredir um jogador do F.C.Porto! Como é possível?

Nos outros clássicos dessa época entre estas duas equipas, exceptuando a humilhação imposta pelo F.C.Porto no Estádio do Dragão para o campeonato, viu-se mais uma vez o mesmo filme, em que algumas cenas pareciam repetição do jogo de Agosto. Ainda hoje me pergunto como é possível uma arbitragem desse género passar impune, só não foi/é mais badalada porque o vencedor do jogo acabou por ser o atual tricampeão nacional.

O que vale é que de nada valeu essa afronta, o F.C.Porto venceu o campeonato com mais de 20 pontos de avanço sobre o eterno 2º classificado, juntando a Taça de Portugal e a Liga Europa.

A resposta à tentativa de intimidação foi dada em campo, e principalmente nos clássicos. E é assim que deve ser dada!

Uma época memorável da qual todos os portistas se orgulham!