FC Porto perdeu o norte no último quarto de hora (Crónica) | Relvado

FC Porto perdeu o norte no último quarto de hora (Crónica)

Copiosa derrota por 4-0 em casa do Manchester City. Mas o resultado é enganador.
 
Manchester City-FC Porto Lucho
Lusa

O FC Porto foi copiosamente derrotado em casa do Manchester City por 4-0. Um resultado enganador, pois durante 75 minutos a partida esteve sempre equilibradíssima. Os azuis e brancos tiveram mais ataques e cantos, mas a eficácia inglesa falou mais alto.

No entanto, os dragões descarrilaram por completo no último quarto de hora e voltam a deixar um estádio inglês com um resultado muito pesado, algo que já é normal.

André Villas-Boas foi espetador atento da partida, entre Pinto da Costa e Reinaldo Teles. Uma imagem bastante curiosa, a relembrar tempos bem recentes.

Depois da derrota por 1-2 na primeira mão, a tarefa do FC Porto não se adivinhava fácil e ficou ainda mais complicada aos...21 segundos, quando Agüero inaugurou o marcador. O argentino já tinha marcado um golo na primeira mão.

Bem vistas as coisas, o golo sofrido não alterou assim tanto as coisas: se os dragões marcassem dois golos e não sofressem nenhum não eram eliminados. Tinham era de disputar um prolongamento...

O City dominava e aos 16' esteve muito perto do 2-0, tendo valido Helton, a travar o remate de Yara Touré. Na jogada seguinte, o primeiro sinal de perigo, mas Varela não conseguiu desfeitear Joe Hart.

O jogo desenrolava-se em ritmo alto e com grande apoio dos cerca de 1500 adeptos portistas, que se faziam ouvir a alto e bom som.

Agüero estava em tarde inspirada e aos 28' quase marcou um golão, mas o chapéu a Helton acertou na barra. Nos dragões, Hulk - o homem mais temido pelos adeptos locais, a avaliar pelos assobios que ouvia - surgia de quando em vez com as suas arrancadas habituais.

Mas o melhor dragão era claramente Moutinho, que deve ter aumentado claramente o seu cartel em terras de Sua Majestade. O médio português batia-se de igual para igual com jogadores como Barry e Yara Trouré, este último um "monstro" que se impõe pelo físico mas que também tem muito futebol nos pés.

Em cima do intervalo, Otamendi teve nos pés a oportunidade de empatar o jogo, mas o remate saiu para as nuvens. O empate, diga-se, não ficava mal face ao que tinha acontecido na primeira parte.

FC Porto joga mas o City é que marca

As duas equipas regressaram dos relvados com os mesmos onzes e o FC Porto mostrava uma atitude ainda mais desinibida, encostando a formação inglesa às cordas. Aos 57' James introduziu mesmo a bola na baliza de Joe Hart, mas o lance foi anulado por fora de jogo de Hulk.

A partida desenrolava-se quase sempre no meio-campo do City, mas faltava sempre algo: ou o último passe não saia nas melhores condições, ou o remate não acertava na baliza - neste último particular, Hulk esteve em destaque, não acertando na baliza qualquer dos quatro tiros que efetuou. O brasileiro, no entanto, foi um perigo à solta, passando várias vezes pelos seus marcadores. E Moutinho manteve a alta bitola da primeira parte.

Sensivelmente a meio do segundo tempo, Vítor Pereira fez duas substituições: sairam Otamendi (lesionado) e Varela e entraram Sapunaru e Cristian Rodríguez.

O FC Porto dominava, mas foi o City a aumentar para 2-0 aos 75', com mais uma vez Agüero em destaque, desta vez a assistir Dzeko de forma perfeita. Rolando protestou e viu o segundo amarelo. Agora sim, a eliminatória estava sentenciada.

E com mais de 15 minutos por jogar e menos um elemento, temia-se que as coisas não ficassem por aqui. E assim aconteceu. Aos 84' David Silva aumentou para 3-0, aproveitando a desconcentração da defesa portista. E foi preciso apenas minuto e meio para o 4-0, apontado por Pizarro.

Agora, se tudo correr como se espera, será o Sporting a surgir no caminho europeu do Manchester City. Espera-se que com um resultado diferente...

FC Porto:

Comentários [151]

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Sabes como é..

Por norma são os próximos adversários que pagam a factura..