Dragões deram o que tinham, mas lei do mais forte prevaleceu (crónica) | Relvado

Dragões deram o que tinham, mas lei do mais forte prevaleceu (crónica)

O FC Porto jogou muito bem enquanto teve forças, mas Manchester City acabou por fazer impor a lógica
 
FC Porto-Manchester City (16/02/2012): Lucho e João Moutinho vs De Jong
Lusa

O FC Porto confirmou que a ronda europeia que terminou esta quinta-feira dificilmente poderia correr aos clubes portugueses. A derrota no Estádio do Dragão, perante o Manchester City, deixa os detentores do troféu da Liga Europa numa posição muito difícil. Mas foi uma derrota inglória, por aquilo que os homens de Vítor Pereira fizeram, em especial na primeira parte.

Foi uma grande grande exibição aquela com que o FC Porto brindou nos primeiros 45 minutos os muitos espetadores que coloriram as bancadas do Estádio do Dragão. Os azuis e brancos entraram muito bem, com a iniciativa do jogo, rápidos e pressionantes, surpreendendo um Manchester City que parecia perdido em campo e que denotava dificuldades em travar os adversário, em especial pelos flancos – Álvaro Pereira e Varela eram duas dores de cabeça constantes.

O meio-campo dos dragões, com Fernando e João Moutinho em grande, não dava hipóteses aos líderes do campeonato inglês, que facilmente perdiam a bola. O público aplaudia a atitude determinada dos seus jogadores, pouco vista esta temporada.

A exibição era correspondida em ocasiões de golo. Aos 15 minutos quase se gritou golo, num remate de Rolando de cabeça, salvo in extremis por Clichy.

Danilo foi o primeiro azarado da noite

A lesão de Danilo, aos 20 minutos, numa falta do jogador portista sobre Touré (o melhor dos citizens), obrigou a alterações na defesa por Vítor Pereira, com a entrada de Mangala e a passagem de Maicon para a direita, e a equipa oscilou durante breves minutos. Mas o FC Porto continuava por cima do jogo.

Aos 26 minutos o árbitro deixou passar uma evidente falta para grande penalidade: Kompany empurrou Hulk – mais esforçado do que eficaz esta noite - dentro da área. Terá sido o único erro importante do turco Cuneyt Cakir, que mostrou autoridade durante todo o jogo.

Logo a seguir apareceu o 1-0, que já se justificava. Hulk, rapidissimo pela esquerda, centrou para um remate certeiro de Varela.

Balotelli, o mais perigoso dos visitantes, ainda pôs Helton à prova um par de vezes, mas o jogo decorreu num ritmo mais lento até ao intervalo.

FC Porto não aguentou ritmo na segunda parte

A segunda parte foi radicalmente diferente. O Manchester City puxou dos galões e quis provar que não é por acaso que comanda o difícil campeonato inglês. Reentrou muito mais rápido e agressivo, caindo em cima dos jogadores do FC Porto e obrigando-os a perder a bola em zonas perigosas do meio-campo. Lucho e João Moutinho já não tinham a pedalada da primeira parte e o futebol do FC Porto caiu a pique.

Os reflexos foram imediatos. Richards atirou ao poste aos 50 minutos e aos 55 surgiu o empate, com um autogolo de Alvaro Pereira, em disputa de bola com Balotelli. Alvaro Pereira que vira o amarelo um minuto antes, ficando fora do jogo em Manchester.

Fisicamente, as diferenças foram-se acentuando durante a segunda parte. O Manchester City fazia juz ao lema olímpico: era mais rápido, chegava mais longe e era mais forte.

Vítor Pereira ainda tentou injetar sangue novo na equipa, com a entrada de Kléber, mas o FC Porto decaía de forma evidente. O 1-2, aos 84 minutos, acabou por sintetizar na perfeição o que se passava em campo: o FC Porto perdeu a bola onde não podia, Touré foi mais rápido e passou a Agüero, recém-entrado, que não falhou.

O resultado final premiou a eficácia e pujança física do Manchester City e a evidente diferença de potencial – Vítor Pereira tinha Kléber, Cristián e Djalma no banco, Roberto Mancini podia escolher entre Agüero, Dzenko ou Pizarro. E se noutras épocas o FC Porto conseguia fazer-nos esquecer destas diferenças, esta temporada não é capaz.

FC Porto:

Comentários [91]

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A diferença é que da parte dos adeptos portistas tens apenas um que se lembra de "gozar" numa notícia em que o que se noticía nem é concretamente a lesão do Rodrigo (até porque nunca houve notícia de lesão do Rodrigo, uma vez que ele não está nem nunca esteve lesioando). Ao passo que da parte de adeptos benfiquistas não é apenas um mas sim a grande maioria que nesta e noutras notícias demonstram grande felicidade pela lesão de um jogador do FCP que nem conhecem ainda pois praticamente ainda não jogou.

A diferença é que o pior adepto do porto é igual à maioria dos benfiquistas, essa é que é a diferença e o grande problema.

Outra grande diferença é que os benfiquistas passam logo a concluir que quem "lesiona" os jogadores da "luz" o faz sempre com intenção, coisa que não vejo da parte dos adeptos do FCP, sendo que já vários jogadores portistas tiveram que parar durante vários meses depois de entradas despropositadas da parte de jogadores do benfica enquanto que o contrário nunca vi acontecer.