Treinadores portugueses medrosos

O meu título tem mais a ver com alguns comentários já aqui feitos, do que propriamente com o artigo proposto. Mas começando por este: sim, de um modo geral os treinadores portugueses abordam os "jogos difíceis", fora de casa, de forma cautelosa, um pouco ao jeito de ver o que o jogo dá. Mudam o esquema habitual, utilizam mais jogadores de contenção, ficam na expectativa de um contra-ataque mais feliz -talvez isto seja "ser medroso"? Mas se as coisas correrem bem... (O Benfica europeu do ano passado chegou a utilizar Alcides-Luizão-Anderson-R.Rocha e Leo e, depois, Petit-Beto-M.Fernandes; Geovanni e Simão!) Entendo que a abordagem ao jogo é que é fundamental: se uma equipa "espera" pelo adversário, estará a ser cautelosa, talvez mesmo "medrosa"; se, vai para o adversário a dizer-lhe "quero ganhar", é óbvio que haverá tudo menos medo. Contudo, há adversários e adversários! Não é a mesma coisa jogar com o Beira-Mar ou com Valência, p.exº. Nestas provas em que cada ponto vale "ouro" -no sentido real e figurado...- também me parece evidente que qualquer equipa a jogar fora, a ganhar por "1" ou empatada já próximo do final do jogo, não se vai expor a perder...tudo. "Cautela e caldos de galinha"... Ser temerário é giro nos jogos "a feijões" - mas com cada ponto a valer 300.000 Euros? P.Bento foi atrevido quando devia(saída de um defesa e entrada do avançado, quando não ganhava nada); foi prudente, já no final, ao sentir que já náo podia ganhar mais...mas podia perder o que tinha! Fernado Santos teve uma entrada temerária -aquela correria desenfreada, que "entregou" a equipa ao adversário, mais fresco, na 2ª parte; e Jesualdo só tarde demais compreendeu que, estando a perder por um, arriscava-se a sofrer um 2º golo que, para azar da equipa, surgiu logo a abrir -mas também ainda não arricara nada.

Estou de pleno acordo que os treinadores portugueses são mesmo incompetentes para alinharem em jogos de extrema importancia.