Liverpool não quer ir jogar a Israel | Relvado

Liverpool não quer ir jogar a Israel

 


Liverpool não quer ir jogar a Israel
O sorteio para a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões atribuiu ao Liverpool o adversário que ninguém queria nesta altura. O Maccabi Haifa era o rival indesejado, não tanto pelos pergaminhos desportivos, mas devido ao conflito que opõe Israel ao Hezbollah e que transforma terras israelitas num alvo. A UEFA permite ao Maccabi e aos restantes clubes israelitas presentes nas provas europeias acolherem jogos no seu reduto, pelo menos para já, mas o Liverpool considera «totalmente inaceitável» ter que se deslocar a um país em guerra.

Benítez diz que é uma situação louca

O treinador do Liverpool, Rafael Benítez, fala de «uma situação louca», sublinhando que o clube inglês não deveria «ter que ir a Israel jogar numa altura destas». «Temos que pôr a segurança de todos os envolvidos acima de tudo o resto e isso quer dizer que não podemos viajar até lá», destaca ainda o técnico espanhol, frisando que será «impossível concentrarmo-nos no jogo» com o conflito bélico a decorrer. O Liverpool vai deste modo pedir à UEFA para mudar o jogo para um país neutro. Mas o presidente do Maccabi, Jacob Schachar, salienta
a expectativa de que o encontro se realize em terras israelitas, até porque «há muitos adeptos do Liverpool em Israel», nota.
A UEFA decidiu, após reunião do Comité de Emergência, que as equipas israelitas podem acolher os jogos das competições europeias no país, solicitando à Federação Israelita segurança suplementar para as equipas estrangeiras que lá se desloquem para jogar. A UEFA apela ainda às autoridades futebolísticas israelitas que preparem «um plano alternativo» para caso a situação na região piore.

Foto: Agência Lusa

Liga dos Campeões:

Comentários [41]

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Se não querem...

dão o lugar a outros, ja que o ano passado foram eles a aproveitar uma situação deste genero quando uma equipa galesa lhe deram o lugar. Quêm não esta contente põe-se a andar!

Re: Se não querem...

e achas mesmo ,que outra equipa qualquer no lugar do liverpool , não tomaria a mesma posição ???? trata-se de uma deslocação a um cenario de guerra !!

O liverpool não quer

Eu também não gostaria de ir jogar a israel em condições normais, se é que isso existe, quanto mais agora. Não percebo a UEFA, por vezes em situações que não o justificam é extremamente rigorosa, noutras é condescendente. Há que manter um critério...

Israel

Uma pergunta porque é que Israel está nas competições da Uefa?Então deveriam estar tambem a Siria,o Libano e Palestina,não acham?Politica a obrigar-nos a aceitar uma aberração.Como o Liverpool deviam todos os clubes não quererem jogar contra,porque se cair uma bomba será sempre a culpa dos arabes,e nunca dos israelitas que nos obrigam a aceitá-los nas suas loucuras e hipocrisias.

Vão conseguir...

Para os ingleses acho que se vai conseguir. Se fossem os Portugueses, julgo que não se alteraria. Independentemente disto, julgo que na realidade o local do jogo deveria ser alterado.

Comentário puramente pessoal

Porque é que a UEFA não propõe um jogo entre as partes envolvidas para resolver a questão e deixa os "outros" de fora.

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Quanto ganha Simão no Benfica

Problema deles...

...nem sequer aprecio muito o Liverpool,lol

Dizem que o futebol...

...é guerra que não mata. Longe vai a década de 40, quando Kiev estava invadida pelos alemães. Conta a História que foi realizado um jogo entre o Dynamo e uma equipa de soldados alemães, cuja vitória teria que pertencer aos invasores. Com orgulho, os de Kiev ganharam o jogo e foram fuzilados em pleno relvado. Percebe-se a posição da Uefa. O povo quer guerras, que tal dar-lhes uma guerra que não mata? Se é possível? Atendendo ao último Mundial, com Países que no cenário político-social andam ás turras, e que nos relvados se portaram de forma exemplar, eu acho que é possível.

Re: Dizem que o futebol...

Penso que o panorama aqui é diferente. É verdade que países como o Irão ou a Costa do Marfim, onde existe um clima muito tenso, conseguiram a qualificação para o mundial, tendo os africanos deixado até uma boa impressão, mas aqui estamos a falar em jogar no local onde a tensão tem maior incidência, um local onde ninguem pode se pode sentir seguro. É verdade que o futebol poderia dar o exemplo de como se pode lutar pelo mesmo objectiva de um rival de forma salutar, e sria interessante a mensagem que esse jogo poderia passar, mas estamos a falar de vidas humanas que seriam desnecessariamente colocadas em risco, não é certamente isso que a UEFA quer. Compreendo perfeitamente os elementos do Liverpool, que querem sobretudo preservar o bem-estar dos seus profissionais. Já agora, interessante a história que relatas, que demonstra como o futebol é um bom meio para lutar sem armas contra aqueles que vêm no abuso do poder a forma de se elevarem acima dos seus pares. Honra seja feita aos atletas que foram de forma tão digna preferiram entregar a sua vida à sua honra.

eu também não ia !!!

a uefa tem forçozamente de alterar o local/pais deste jogo , ainda para mais em haifa , onde há relato de diversas bombas lá terem caido !! não cabe na cabeça de ninguém ,uma equipa estrangeira ser obrigada a se deslocar a um pais em guerra , para disputar um jogo !! vamos que lá cai uma bomba (como têm caido muitas) e vão todos pelos ares ???? quem assumia depois as responsabilidades ??? o liverpool , faz muitissimo bem em não querer lá ir , porque eu (e qualquer pessoa com tino) também não metia lá os meus pés !!

Perfeitamente compreensível

Não sei o que os regulamentos prevêem, mas penso que as duas mãos fossem realizadas em campo neutro, ou então o Macabbi aceitar jogar num estádio que não o seu. Nenhum dos clubes tem culpa do que se passa em Israel