No atual momento do futebol europeu, no que toca a equipas de top absoluto teremos cerca de três, ou quando muito, quatro equipas consideradas como verdadeiros colossos do desporto rei em toda a Europa e até do mundo, refiro-me concretamente ao Barcelona e Real Madrid em Espanha, e ao Manchester United e Chelsea em Inglaterra, sendo que aqui o Chelsea de Villas-Boas ainda andará a conquistar o seu espaço perpétuo destas andanças, devido a só há bem pouco tempo se ter vindo a impor como grande equipa europeia.

Numa segunda linha, podemos aqui colocar o Milan e o Inter em Itália, o Bayern de Munique na Alemanha, se bem com alguns altos e baixos de rendimento, e o Porto e o Benfica em Portugal, sendo que também aqui, ao contrário do seu rival do norte, que cada vez mais é tido como um dos grandes clubes mundiais, o Benfica tem perdido o comboio dos grandes feitos desportivos, apresentando-se numa performance um pouco aos soluços, e mais fruto da força da sua enorme massa de adeptos por essa Europa fora e dentro do seu país que muito o tem ajudado.

Entrando agora um pouco mais no âmbito da nossa Liga, será pacífico dizer que em Portugal, o clube do momento é o FC Porto, não só por estar em primeiro por direito próprio, ter nos últimos anos ganho mais títulos, e inegavelmente por ter um plantel mais equilibrado, com melhores jogadores e uma SAD onde tudo parece funcionar em pleno, e digo isto, não só pelo facto de ser um assumido portista, mas também por ter a certeza que será esta a opinião da maioria dos desportistas em geral, pelo menos os que se intitulam ou conseguem ser isentos, e não colocam sempre a cor das suas camisolas em primeiro lugar a qualquer preço.

Voltando ao princípio do meu artigo, e tendo como principal objetivo demonstrar o que pretendo atingir com o raciocínio do meu comentário, no último jogo entre o Benfica e o Manchester para a Liga dos Campeões, deu para ver com clareza no estádio da Luz as enormes diferenças que ainda existem entre estes dois clubes, já que o Benfica se limitou a correr atrás da bola durante quase todo o jogo, devido à excelente técnica e posse de bola da equipa inglesa, e ainda à opção arriscada mas compreensível de Alex Fergunson, que fez alinhar só três jogadores titulares da sua equipa base.

Assim, para quem foi ao estádio da Luz ver o Benfica, decerto que saiu defraudado, pois, ao contrário da vontade dos seus sócios e simpatizantes, o que viram de facto foi uma equipa adversária de reservistas a dominar por completo o Benfica, sem deixar hipótese de controlo do jogo, pese embora ter havido algumas oportunidades de golo que poderiam ser aproveitadas pelo Benfica para ganhar o jogo fruto da imprevisibilidade do futebol, simplesmente o que se depreendeu daquele jogo foi a tal diferença que faço menção no início do meu artigo, para fazer a tal diferença de leitura entre as grandes equipas europeias e... as outras.

Saudações desportivas.