Vítor Baía revelou esta sexta-feira ao jornal espanhol Sport uma situação em que viu a morte por perto quando estava no Barcelona. Foi na sua primeira temporada enquanto blaugrana, a 14 de maio de 1997, dia da final da Taça das Taças, entre o Barça e o PSG, em Roterdão. Tudo se passou nos balneários, antes do jogo.

"Tive muito azar mas também a sorte de ter pessoas capazes a meu lado, como Ángel Mur, Jaume Langa ou Fernando Baños”, recordou o antigo internacional português.

Mas, afinal, o que aconteceu? “Eu tinha uma infeção atrás da orelha, como um furúnculo, e deram-me penicilina para afastar a infeção e assim poder jogar a final sem problemas. Eu já tinha tomado penicilina em ocasiões anteriores, mas o problema é que o que me deram tinha também um analgésico chamado procaína, ao qual sou alérgico. Imediatamente depois de tomá-lo entrei em estado de choque anafilático e tive convulsões. A sorte é que eles os três foram muito rápidos e deram-me cortisona. Foi uma sorte, pois poderia ter morrido logo ali”, descreveu.

“Eles não tiveram culpa. Perguntaram-me se era alérgico à penicilina e eu disse que não. Da outra substância não falámos. Da procaína ninguém sabia absolutamente nada...", acrescentou.

Baía recuperou e jogou a final, que o Barcelona ganhou por 1-0. “Mas tenho de admitir que nesse dia em Roterdão não estava a cem por cento. Ainda estava afetado por esse espasmo que me deu. Por sorte, não passou de um susto".

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