Real Madrid: Época desastrosa

estou admirado nao estar aqui a fiorentina-Inter

Agora, é extremamente fácil dizer cobras e lagartos de Pellegrini. Na realidade, o chileno pode não ser um técnico de excepção, mas não se lhe descobrem grandes erros tácticos e não faz muito pior que Juande Ramos numa equipa que, Ronaldo à parte, não é assim tão diferente da do ano passado. Ah, não fez daquelas grandes individualidades um verdadeiro conjunto. É discutível, mas, sabem, leva tempo. E o Madrid tinha pressa – muita pressa – de fazer esquecer a epopeia do Barça. Dizer que Pellegrini é frouxo e mau é fácil. Mais difícil é criticar o ser superior, o grande Florentino Peste. Esse mesmo que prometeu o céu e a terra numa só época e que fez encher Chamartín no Verão passado em duas ocasiões e meia. Não entoavam os histéricos adeptos do RM o nome do seu deus regressado em triunfo? Ele dava-lhes aquilo que queriam ver. Não tinham ainda os títulos, mas estes pareciam mais do que uma simples miragem. Com aqueles milhões todos de euros, uma criança, de sorriso tão naturalmente aberto como os braços, podia falar levianamente do “triplete” que já vinha a caminho. Foi Perez que os sócios aplaudiram, foi a ele que quiseram. Esmagadoramente. E ainda hoje hesitam em criticá-lo. Foram eles que lhe pediram Ronaldo, Benzema, Kaká, como antes quiseram Beckham, Zidanne e o inenarrável pesetero... Como querem agora Rooney, Ribery e o diabo a quatro, se for preciso. Não lhes ocorre que ganhar títulos exige planeamento, paciência e sobretudo tempo: o que o Barça fez não se ergueu num par de horas; o Madrid até tem “cantera”, mas, evidentemente, não tem um projecto e muito menos um modelo. Pellegrini, apesar da sua imagem e prestígio intocáveis, talvez não seja um Capello, um Mou ou um Zydink; porém, quis manter Sneidjer e Robben, jogadores decisivos nas actuais equipas, que, curiosamente, poderão estar na final do Bernabéu – uma festa na casa de um anfitrião que nem sequer é convidado.

Ter o Barcelona desta era ( talvez uma das melhores equipas de todos os tempos) não ajuda... Além disso dispensaram/venderam jogadores muito valiosos como o Arjen Robben que deu a passagem ao Bayern as meias finais da LC e Wesley Sneijder ao Inter que se tornou um indispensavel de Mourinho não ajudou em nada... Foi um grande erro! Acho que a eliminação perante o acessivel ( para o R.Madrid claro) Lyon foi a pior mancha... Mas com mais uns 250 milhoes em contratações vão ao sitio lol

É caso para dizer.. cada um tem aquilo que merece... é o clube/empresa e é os jogadores que vão para lá atrás dos milhões do Florentino...

http://i119.photobucket.com /albums/o122/nigbcn /etoomessixaviiniesta1.jpg isto http://static.guim.co.uk /sys-images/Sport/Pix/pictures/2009/4/27/1240853381389/Pep-Guardiola-001.jpg e isto http://blogdomac.files.wordpress.com /2008/05/humildade.jpg

Também gosto muito do FC Barcelona e do seu futebol , mas não vale a pena tratar o Real Madrid como os desgraçados lá do sítio. Do ponto de vista estatístico, se é de títulos que queremos falar, e considerando os últimos 10 anos (desde 1999/2000) conclui-se que ambos os clubes têm um palmarés idêntico (o RM tem mais uma liga espanhola, o FCP mais uma taça de Espanha, têm as mesmo número de LC). Mas compreendo que o FCP de Ronaldinho e Messi esteja mais fresco na memória que o RM de Figo e Zidane. O RM é famoso pelos sua política de galáticos, mas é preciso recordar que na altura de que Figo saiu para Madrid, todo esse dinheiro (e mais ainda) foi gasto pelo FCP em jogadores de qualidade, mas que pouco acrescentaram desportivamente e financeiramente (Emanuel Petit, Marc Overmars e os nossos bem conhecidos Geovanni e Rochemback – que fazendo fé no que tirei da net custaram muito dinheiro!). Penso que neste momento estão claramente em “confronto” dois modos diferentes de ver o “negócio” futebol. A do RM com jogadores mediáticos, capazes de vender o clube fora das quatro linhas e a do FCP com uma aposta na formação para base da equipa e um/dois jogadores de classe mundial que complementem a equipa em lugares chave, no fundo uma equipa bem mais barata. Este ano o RM esticou-se um bocado nos valores, uma vez que habitualmente só comprava um galáctico por temporada (um pouco à imagem do que o FCP fez com Ibrahimovic este ano), mas acabou por gastar demasiado dinheiro sem equilibrar a equipa. Quando à liga espanhola, está tudo em aberto. Três pontos é bastante pouco, o calendário é difícil para o FCP e tudo pode acontecer.

No futebol também não é tudo

hoje é o futebol