FIFA vai propôr limitação do número de estrangeiros

No protocolo assinado entre FIFA e FIFPro abordam-se ainda temas como o racismo, a corrupção, as apostas e o doping com as estruturas a notarem que este acordo serve para se «reconhecerem mutuamente e reforçarem a sua cooperação e diálogo em torno das questões mais importantes que afectam o futebol contemporâneo». O presidente da FIFPro, Philippe Piat, fala de um «acordo histórico», considerando que «os jogadores são finalmente reconhecidos como constituintes de pleno direito do jogo profissional» e salientando que «aumenta a voz das organizações nacionais de jogadores». E pela parte da FIFA, o presidente Joseph Blatter nota que «os jogadores são uma parte importante da família futebolística e têm que fazer parte da tomada de decisões a nível internacional».No âmbito da limitação do número de estrangeiros, Blatter entende que a medida vai «proteger as equipas nacionais». O dirigente constata que neste momento os clubes «não estão muito interessados em formarem jogadores porque sabem que mais tarde ou mais cedo podem sair». E não sendo o desejo da FIFA acabar com as transferências, conforme aponta o líder da entidade, a imposição da utilização de atletas nacionais pretende «trazer de volta a base regional ou local que existia previamente», salienta Blatter.O presidente da FIFA refere noutra vertente que há «forças económicas e comerciais, agentes de jogadores e nalguns casos governos de diversas partes do mundo a tentarem intervir no futebol e na sua gestão». Blatter afiança por isso que «o futebol tem que defender a sua posição e especialmente os seus mais importantes protagonistas, os jogadores».O acordo entre a FIFA e a FIFPro foi assinado no Estádio de Camp Nou, em Barcelona, e contou com a presença de Lilian Thuram, Samuel Eto’o e Carlos Puyol, jogadores do Barcelona.Susana Valente