Real (só) atrasa a festa do Barça | Relvado

Real (só) atrasa a festa do Barça

Messi marcou a Mourinho, Ronaldo ao Barça. Clássico permitiu quebrar enguiços, num empate (1-1) que
 

Mourinho tinha avisado e aconteceu. Durante a semana o treinador setubalense tinha avisado que para ganhar ao Barça era fundamental acabar o jogo com 11 jogadores, mas desta vez o Special One só se pode queixar dos erros da equipa.

A primeira parte resume-se de forma rápida: o Barcelona dominou territorialmente, mas as grandes hipóteses de golo pertenceram ao Real Madrid, que viu Ronaldo atirar ao poste e Adriano salvar em cima da linha uma bola que deveria ter dado o 1-0.

Feito este ponto de situação, avançamos para o segundo tempo, que realmente foi o período que mais empolgou quem viu o Clássico, mais concretamente a partir dos 50 minutos de jogo. O lance que marcou a partida foi protagonizado por Albiol, que permitiu que Villa se isolasse e para evitar o golo fez uma “gravata” ao avançado. O árbitro viu e corretamente mostrou vermelho direto ao central. O primeiro penálti ofereceu ao Barcelona o 1-0 e o controlo do jogo, ou pelo menos assim se pensava.

Tal como no passado, quem não se recorda da meia-final da Champions com o Inter no ano passado em Camp Nou, Mourinho demonstrou que as suas equipas são especialistas a jogar com menos um elemento e o Real Madrid cerrou fileiras explorando o adiantamento excessivo da equipa de Guardiola. O técnico catalão incorreu num defeito recorrente e permitiu que a vencer e a jogar com mais um o Barça continuasse exposto aos contra-ataques, quando não tinha qualquer necessidade disso.

Mourinho recorreu ao banco e trocou Xabi Alonso e Di María pelos mais frescos Arbeloa e Adebayor. Antes já tinha entrado Ozil, que de forma surpresa não foi titular.

Reorganizada a equipa, os jogadores fizeram o resto e aos poucos conseguiram colocar em sentido a defesa contrária, que logo no início da segunda parte tinha perdido Puyol, que depois de passar três meses lesionado voltou ao onze inicial de forma fugaz, temendo-se que a nova lesão o afaste da final da Taça do Rei, na quarta-feira.

Os merengues causavam perigo com a velocidade dos seus homens avançados e viram o esforço ser recompensado aos 81 minutos quando Dani Alves cometeu penálti sobre Marcelo. Cristiano Ronaldo aproveitou para restabelecer o empate e ao mesmo tempo estrear-se a marcar ao Barcelona.

Até final houve uma troca de golpes de parte a parte, sem grande discernimento, num ritmo que foi sempre em crescendo na segunda parte e que infelizmente para quem gosta de futebol teve que chegar ao fim. Resultado final: 1-1.

Pepe a trinco foi a surpresa

Na análise da partida é impossível não questionar algumas opções de Mourinho, que surpreendeu ao deixar Ozil ao banco e apostar num tridente nitidamente defensivo onde Pepe foi colocado a trinco, auxiliando Ricardo Carvalho e Albiol sempre que era preciso.

A alteração tática já tinha sido utilizada frente ao Atlético de Bilbau, na altura para travar Llorente, e a verdade é que voltou a resultar. A aposta decapitou a equipa do ponto de vista ofensivo, num reconhecimento por parte de Mourinho de que o Barça é um rival temido no Santiago Bernabéu e que por isso era preciso fazer um jogo sacrificado para bater o campeão em título, mas evitou a pressão e o domínio esmagadores com que normalmente os catalães subjugam os adversários.

Poste e... penálti

O minuto 50 é por vários motivos o momento do jogo. Primeiro devido a um remate ao poste de Cristiano Ronaldo; segundo porque quase na sequência Villa provocou a expulsão de Albiol. Aí esteve a chave do jogo, que se tornou menos complicado para os campeões em título e impediu a reação dos anfitriões.

Uma nota para a má atuação do árbitro Muñíz Fernández, que aos 27 minutos ignorou um penálti cometido por Casillas. Esteve também mal a ajuizar o lance que resultou no empate do Real Madrid, já que deveria ter mostrado o segundo amarelo a Dani Alves e ao invés penalizou Valdés por protestos. Perfeito ao expulsar Albiol, que impediu que Villa se isolasse depois de ter calculado mal a abordagem ao lance e que viria a resultar no primeiro penálti barcelonista no Barnabéu em 19 anos.

Mourinho pode ter perdido a Liga, mas a forma corajosa como o Real Madrid conquistou um ponto reforça a confiança para a final da Taça do Rei de quarta-feira. Ainda assim, o Barcelona foi a Madrid provar que é a equipa mais forte do campeonato e que a revalidação do título é uma questão de tempo.

Venham agora os jogos do mata-mata, num ano que promete tornar-se clássico.

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Comentários [5]

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porto porto

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jogaço de Pepe!

Não deixa de ser curioso que o truque que Mourinho sacou da manga para este clássico, foi uma autêntica jogada à CQ ao colocar Pepe no meio-campo, onde acabou por fazer uma grande partida!

O Real com o meio-campo bem reforçado. Assumindo a impossibilidade de jogar de igual para igual com o barça, optou por dar a iniciativaa ao adversário fechando muito bem os caminhos para a sua baliza e aproveitando para lançar ataques rápidos.

Durante 45 minutos o jogo esteve muito preso no centro do campo e o empate era justo.

A 2ª parte fica marcada pelo penalti favoravel ao barça e pela expulsao na sequencia do lance. Não vi esse lance pois o link pifou na altura, mas pelo que li parece que foi justo.

Daqui para a frente e quando o barça parecia que ia partir para uma vitória fácil, Mourinho faz 2 alterações decisivas, empolga psicologicamente a equipa para a frente e o Real faz 30 minutos de grande nível com menos 1 jogador. O pénalti (mesmo que inventado) surge proximo do final e repõe a justiça no marcador.

Foi um interessante ensaio para a copa del rey e para a champions. Esse sim, jogos a valer!

Não vi o jogo

Foi um bom jogo!

Ou será que não perdi nada

Empate justo

Duas boas equipas com mais medo de perder que outra coisa. Hoj o humilde foi o Ronaldo, o Messi desde simular agressões atirar bolas para os adeptos do MAdrid que na primeira parte o aplaudiram é triste.

Jogaço de Pepe e Villa, foram os melhores. Raúl Abiol não tem talento nenhum, e o Xabi Alonso é mais nome que outra coisa.

PS: O Real teve mais remates e mais oportunidades para ganhar o encontro, não percebi bem um comentário que ouvi que dizia "Barça a dar banho, pois o Xavi e o BUsquets juntos têm mais passes que toda a equipa do Real"... O Problema do Barça é que não fodia nem deixava foder, já o Real cada vez que atacava era com imensa qualidade o que lev ou o PIquê a perder a bola várias vezes na defesa... Isso nem viu, só se vê a humilde inexistente em Messi.

Isso nem viu, só se vê a

Isso nem viu, só se vê a humilde inexistente em Messi

Eu ando a dizer há anos que o rapaz é mais arrogante que o Ronaldo, mas enfim as pessoas recusam-se a ver isso.
E repetindo o que aqui disse, desde que ele num aeroporto foi apanhar um táxi e não respeitou a fila, que era grande, e entrou para o táxi sem se importar com outros, fica tudo dito desse crápula, que se faz passar pelo que não é.