Máfia italiana queria comprar a SS Lázio

Chinaglia, que foi um dos grandes avançados do futebol italiano, vive actualmente nos Estados Unidos da América e por isso a ordem de captura não foi cumprida. Em 2006 o ex-futebolista já tinha sido alvo de uma ordem de detenção na primeira fase da investigação devido a um processo movido contra ele pelo actual presidente e propietário do clube, Claudio Lotito, por tentativa de extorsão. Neste caso são também suspeitos quatro elementos da claque ultra "Irriducibili".Os dados recolhidos na investigação apontam que os Casalesi pretendiam apoderar-se da Lázio através de operações financeiras e com o auxílio de actos violentos e intimidatórios. Nesse sentido terão exercido pressões sobre Claudio Lotito e os seus familiares mais próximos.A Lázio está cotizada na Bolsa de Valores de Milão e a investigação começou em torno da flutuação dos títulos da Sociedade depois de declarações de Chinaglia que, em 2006, se anunciou como representante de uma companhia farmacêutica húngara que estaria interessada na compra da Lázio. A tal companhia seria o "capote" para os Casalesi e há suspeitas de que o ex-avançado do clube sabia que os fundos para a aquisição da Lázio eram procedentes do grupo mafioso.Susana Valente