Imprensa imparcial

Se dão mérito ou não ás vitórias do FC Porto pela Europa fora é completamente irrelevante para a minha felicidade. Há que dar mérito aos jornalistas dos jornais desportivos que, ano após ano, enganam as pessoas com estrelas decadentes, prémios insignificantes. Fazem claramente o papel de Presidente, Director Desportivo, etc. Quem não cai nisso sou eu! Ps: Aos amigos sportinguistas, julgo que, Carlos Carvalhal é a melhor solução a curto prazo. Em Maio logo se verá.

Longínquo vai o tempo - quase tão longínquo como o tempo em que os peixes davam sermões ou que os porcos andavam de trotinete - em que os jornalistas eram os primeiros guardiães da ética, do mérito e da verdade. Hoje uma sede de jornal não é, como antigamente, um santuário, uma caserna libertina e intelectual, onde o pensamento voava e divagava em ondas quase que electromagnéticas, nem lá dentro se vive na anarquia do descobrimento, no chão fértil e imaginativo da escrita feita para encantar. Hoje um jornal não é trissemanal, semanal ou mensal, não é romântico e nem chega a ser semântico. Hoje um jornal é um negócio, são números, tiragens e audiências. Hoje um jornal são cifrões, intenções e pressões. Hoje um jornal são lobbies, jobs for the boys, influências e linhas editoriais. Hoje um jornal são sociedades anónimas, accionistas, gráficos e lucros. Hoje um jornal não são noticias, são vidas romanceadas, são cor-de-rosa, vermelhos, verdes ou azuis. Hoje um jornal é uma empresa igual a outra qualquer, perdeu alguns princípios e não olha a meios para atingir os fins, quer vender, quer liderar, quer facturar e ser cotado em Bolsa. Hoje num jornal já não há idealismo. Mas afinal não é isto apenas um reflexo daquilo que somos actualmente, profundamente egoístas? Então do que é que nos queixamos? Temos os jornais que merecemos….