Escandalo que não é escandalo |
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14 de Outubro de 2002, às 09:10 |
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jumper diz: "O FC Porto convocou uma conferência de Imprensa para o final da tarde de ontem para responder antecipadamente a uma notícia a publicar hoje pelo jornal "Expresso" relativa ao Plano de Pormenor das Antas (PPA). Segundo o semanário, entre os terrenos hipotecados pelos portistas para garantir o financiamento da construção do novo estádio, estaria uma parcela de 15 mil m2 pertencentes à Câmara do Porto.
Acontece que esse terreno foi incluído indevidamente na área que os dragões disponibilizaram para conseguir as necessárias garantias bancárias. Em tempos, essa parcela pertenceu-lhe, mas depois de uma permuta ficou a cargo da Câmara do Porto. O problema é que a edilidade não registou a propriedade em seu nome e, dessa forma, a área manteve-se como parte integrante do terreno do FC Porto.
Um pequeno lapso que os portistas apontam à edilidade e ao qual não atribuem grande importância, até porque, nessa planta, a edilidade possuía um espaço de 25 mil m2, onde se encontrava o parque de estacionamento, que na verdade é dos azuis e brancos.
Razão suficiente para Pinto da Costa sublinhar que "perante esse cenário o FC Porto até estava a perder 10 mil m2. Querem criar um escândalo mas nem sequer há um caso. As coisas estão perfeitamente esclarecidas, pelo que não restam dúvidas. Se houvesse má-fé neste processo era por parte da Câmara que nos estava a tirar 10 mil m2. Neste caso, a responsabilidade é da Câmara, que deveria ter registado o referido terreno que lhe pertence na realidade".
O presidente do FC Porto justificou a pronta intervenção neste caso de forma a "evitar responder posteriormente através de comunicados de páginas inteiras. Não vamos consentir que tapem os olhos às pessoas de forma a que estas não possam ver o que realmente interessa e criem casos que não têm qualquer significado".
Custos já rondam 2,5 milhões de euros
Angelino Ferreira, administrador da EuroAntas, revelou que até ao momento "o FC Porto já despendeu 4,9 milhões de contos (quase 2,5 milhões de euros) na construção do estádio. Face a esses custos, é necessário encontrar recursos financeiros. Por isso, tivemos de recorrer aos terrenos para garantir os apoios bancários". De resto, o contrato de desenvolvimento urbano com a Câmara do Porto deverá ser assinado no final deste mês."
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