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Deprimente imagem nos JO

A análise à participação de Portugal nos Jogos Olímpicos resulta em números duros que levam à conclu
 
Telma Monteiro em ação
PASCAL PAVANI/AFP/Getty Images

Até ao momento (6 de agosto), estão 56 países à nossa frente na lista de medalhas, e nenhum atrás de nós, pois estamos empatados com todos os outros que não ganharam nada.

É curioso ver que nestes 56 países existem 23 que têm a população inferior à nossa: Nova Zelândia, Dinamarca, Bielorrússia, Jamaica, República Checa, Suécia, Eslovénia, Croácia, Suíça, Lituânia, Geórgia, Eslováquia, Azerbaijão, Arménia, Bélgica, Mongólia, Noruega, Sérvia, Moldávia, Hong Kong, Catar, Singapura, Tunísia. Quando analisamos estes 23 países, constatamos que pertencem a todos os quadrantes, desde os super desenvolvidos a países de 3º mundo.

A Jamaica, por exemplo, tem 4 vezes menos população que nós, e possivelmente, só nestas Olimpíadas vão ganhar mais medalhas de ouro que nós em 116 anos de Jogos Olímpicos!

Estes números são duros, mas levam-nos à conclusão de que o desporto por cá é anedótico. Poucos praticantes e pouco acompanhamento levam a escassos atletas de elite da alta competição. A acompanhar isto existe uma estrutura olímpica nacional totalmente amadora no sentido motivacional, pois os nossos atletas nas sucessivas Olimpíadas tem prestações muito abaixo do seu potencial.

A pergunta que se põe é, que tipo de medidas devem ser tomadas para inverter esta situação?

diversos:

Comentários [4]

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Análise simplista e pouco adequada

Esta análise é, obviamente, muito simplista e pouco cuidada de nada servindo como base de partida para uma análise mais cuidada do desporto em Portugal. Querer retirar ilacções, generalizadas, apenas pelas medalhas ganhas é redutor e nada interessante para se tirartem conclusões sérias.
Diria, antes do mais, que as análises devem ser feitas no fim, depois de pesados todos os factores e devem ser feitas a frio. O que aqui se vê é uma análise bastante despeitada e que não leva a lado nenhum.
Creio ainda que a análise deve ser feita não no global mas sim desporto a desporto pois nem todos estão a trabalhar da mesma maneira e a obter resultados semelhantes.
Também temos de perceber que os mais fortes candidatos a medalhas, no atletismo, se lesionaram e que se estivessem presentes e as ganhassem isso não mudava absolutamente nada na situação do desporto nacional.
Nesta altura, pode-se dizer que a participação do Judo foi desastrosa, já que os nossos representantes não ganharam um único combate, algo que não sucedia há muito tempo, O Judo tem trabalhado bem e tem tido resultados positivos pelo que esta péssima participação se deverá mais a uma preparação errada que a outra coisa qualquer.
Muito fraca também a Natação, mas esta já nos habituou a situações semelhantes. Nas grandes competiçõesm os nossos nadadores ficam sempre longe das marcas que já conseguiram e pergunto-me porquê.
Destaque para o Tènis de Mesa com uma participação brilhante tendo ficado a um passinho da discussão das medalhas e mostrando uma enorme qualidade.
Todos os outros desportos ainda têm provas para mostrar e só devem ser avaliadas no fim.
Um ponto é para mim evidente há muito tempo: só com uma aposta clara e continuada na massificação do desporto e nomeadamente no desporto escolar, será possível ter muitos mais praticantes e dessa quantidade nascer a qualidade que se deseja. Doutra maneira, pese embora o trabalho meritório de algumas Federações, nunca atingiremos o nível desejado.

Acabaste por ir lá dar ...

... apesar de não controlares essa clubite exacerbada.

Quanto a fazer análise desporto a desporto, concordo contigo, agora não analisar o global é no minimo patético. Como tu disseste e bem, tem havido prestações desastrosas em algumas modalidades em que nós até damos algumas cartas a nível mundial, não digo para medalhas mas pelo menos para uma classificação à altura das outras competições.

A comitiva Olímpica é um todo, engloba todas as modalidades, como tal tem que haver uma preparação adequada e muito rigorosa que venha de cima. Por exemplo não se pode permitir que vão atletas grávidas competir nos jogos Olímpicos, situações destas revelam um amadorismo atroz por parte das nossas instituições. O presidente do comité Olimpico nacional não pode vir dizer que não vamos ganhar medalhas, retirado toda a pressão aos atletas incluído aquela pressão saudável necessária por obter bons resultados.

Quanto à massificação do desporto escolar estou inteiramente de acordo contigo. Um verdadeiro projecto Olímpico tem que necessáriamente passar por essa medida e os resultados começarão a aparecer em 10-15 anos. Além do bem-estar populacional derivado da prática desportiva e o combate à obesidade infantil.

Quer queiras quer não, as medalhas e os exelentes resultados aumentam a auto-estima de um país o que poderá ser um factor motivacional para outras "conquistas".

As primeiras medidas a tomar é separar o trigo do joio, existem

excepções à regra, temos tido alguns atletas que tentaram e não conseguiram porque realmente os outros eram melhores, já a maioria dos do grupo de excursionistas nem isso fez, depois temos desculpas como nos J.O. anteriores assim do tipo de ficar boquiaberto com a estupidez :

“Os outros são bons, mas não são fortes!” - Marcos Fortes / atletismo
“Os outros usam doping!” - João Pina / judo
“Para os outros, os jogos são uma brincadeira.” - Vanessa Fernandes / triatlo
“Foi bom levar esta tareiazinha.” - Arnaldo Abrantes / atletismo
“Oitavo lugar é ouro!” – Ana Cabecinhas / atletismo
“Para mim, o bronze é ouro!” - Vanessa Fernandes / triatlo
“Isto é como se fosse mais uma outra competição.” - Marcos Fortes / atletismo
“O tempo não é importante.” - marcha feminina
“Fica para a próxima.” - vários
“Este género de competições não é para mim.” - Vânia Silva / atletismo
“De manhã é para estar na caminha.” - Marcos Fortes / atletismo
“Os braços pesam muito a nadar!” – natação
“Não consigo correr em estádios olímpicos.” - Arnaldo Abrantes / atletismo
“Andamos a gastar o dinheiro dos contribuintes.” - Gustavo Lima / vela Bronze
“As outras são mais fortes, é melhor não participar.” - Jéssica Augusto / atletismo Prata
“A minha égua não está habituada a ver ecrãs televisivos.” - Miguel Ralão / equitaçãoOuro
“Conseguimos um apuramento difícil: em dezassete, só passavam quinze!” - Beatriz Gomes, Helena Rodrigues / canoagem

P.S. - Mais escrevinhamento para quê??? LOL

Desculpa que te diga ...

mas parece-me que a tua opinião foi apenas destrutiva. Esses comentários que tu citaste são feitos também pelos atletas que ganham, os media é que aproveitam-se para criar bodes espiatórios nos que menos culpa têm, os atletas. Eles abdicam de uma vida normal, fazem um sacrifício enorme, e o que é estranho é que fazem resultados piores do que o normal, não achas que há um problema motivacional?