TAD culpa Nuno Assis, mas também critica Federação

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) considera que ficou «provado para além de dúvida razoável» a culpa de Nuno Assis no caso de doping em que foi suspenso por um ano por aquela estrutura. O médio do Benfica está neste momento a cumprir metade do castigo, depois de já ter ficado de fora de competição por 5 meses e meio, e o TAD vem agora divulgar a fundamentação da sanção aplicada ao atleta. Considerando que está absolutamente confirmado o doping do jogador, o Órgão faz contudo duros reparos aos Órgãos disciplinares da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), considerando nomeadamente que a «lentidão e as «inconsistências» da sua actuação.

O TAD realça que a pena de Nuno Assis se ficou pelo um ano e que não foi até aos dois anos exigidos pela Agência Mundial Anti-dopagem devido ao facto de se tratar da primeira infracção do médio encarnado e de se considerar que a punição de 12 meses é já «penalização agravada» porque o atleta tinha já cumprido pena de 5 meses e meio decretada pela Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa. Note-se que foi o recurso do atleta que motivou a chegada do caso ao TAD e a consequente sanção de um ano de suspensão. O TAD entende ainda que Nuno Assis não merecia pena agravada porque «foi deixado num estado de incerteza por um período de 12 meses», salienta a estrutura em alusão à «lentidão» da justiça desportiva portuguesa, frisando ainda que se trata de um «longo período em termos desportivos e a antítese dos objectivos do regime de anti-doping, cujos casos devem ser tratados com celeridade».
Quanto às alegações de Nuno Assis na sua defesa, o TAD diz que são «fantasiosas» e «infundamentadas», considerando a entidade que o jogador «não apresentou qualquer prova que justificasse uma conspiração contra si». O TAD entende também que o testemunho do presidente do Laboratório de Análises e Dopagem (LAD), Luís Horta, é «credível e forte» e que os procedimentos do LAD foram correctos.

Foto: Agência Lusa