Quem semeia ventos, colhe tempestades...

Eis que em Braga o Benfica, pelo menos no entendimento de alguns seus dirigentes e jogadores, hipotecou as suas já escassas possibilidades de renovar o título de campeão nacional, inclusivamente, o seu presidente declarou no fim do jogo que, para além de algumas situações anómalas que na sua ótica se passaram dentro das quatro linhas, não entendia fundamentalmente as atitudes de revolta do povo bracarense, quando pelos vistos estava (ele LFV) habituado a quase jogar em casa quando visitava o clube arsenalista do Minho.

Ao que parece o clube da Luz mais uma vez não soube fazer bem o tal trabalho de casa, pois esqueceu-se de ler nas tais famigeradas estrelas, que no ano anterior no mesmo recinto de jogo, foi ele protagonista de uma teia bem montada (do mesmo género do túnel da Luz com o Porto), que fez com que a partir daquele jogo de então, o Braga ficasse sem o Mossoró e principalmente o Vandinho para o resto da época, daí, ressaltando o prazer imenso que deu ao próprio Mossoró ser dele o golo da vitória do Braga, e do afastamento do título para o Benfica.

Pois é, se calhar é por estas e por outras, que o FCP cada vez será maior e rapidamente encurtará a diferença que tem de adeptos em relação ao seu rival do Terreiro do Paço, pois, pelo menos para os lados do Minho as coisas parecem estar a mudar o sentido da agulha das preferências clubistas, e outros estarão na forja certamente a curto prazo.

Mas depois não me venham com a velha teoria da divisão do norte e do sul, pois, pela 1ª página do jornal A Bola de 10 de Março, a julgar pela imagem nele contido, onde aparecem três fotos de jogadores de três clubes e onde se vislumbram profundas diferenças nas dimensões entre os mesmos, não será certamente um bom princípio para tentar unir o país desportivo com imparcialidade de processos.

É claro que no fim da época a culpa de tudo isto, ou seja, as derrotas do SLB, a má gestão física da maior parte dos seus jogadores, ou até a venda do André Luís, etc., terá sempre o mesmo alvo e o mesmo culpado, JNPC, ele será sempre responsável eternamente por qualquer acontecimento menos conseguido pelo SLB ano após ano, século após século, como uma autêntica praga contínua de estrelas cadentes vestidas de cor azul e branca que tardam a não deixar de cair sem causar danos profundos para os lados do clube da Luz.

Aliás, não é de estranhar que num programa televisivo (Trio de ataque da RTPN), um conhecido cineasta tenha tido o desplante de trazer para o citado programa uma notícia de 2008 sobre o FCP, como se estivesse a ler uma notícia de manchete de um jornal do dia anterior - só que teve azar, é que na nossa casa todos sabemos fazer o trabalho de casa e não sabemos ler nas estrelas que nada nos dizem, pois lá diz o velho ditado "quem semeia ventos, colhe tempestades".

Saudações desportivas.