Não há almoços grátis...

Já aqui escrevi que o Benfica iniciou este ano uma nova forma de fazer negócios.

A jogada estratégica na venda de Coentrão, misturada com a vinda de Garay, os timings escolhidos de comunicação à posteriori dos valores que envolveram a aquisição do argentino, permitiram a Luís Filipe Vieira uma saída "airosa" pela venda de Coentrão pela cláusula de rescisão, quando na verdade o valor real da venda foi de 24 milhões de euros, e sendo generoso ao não contabilizar os restantes 50% do passe de Garay que não foi adquirido.

Mas de facto, continuando a estratégia de venda, com marketing comunicacional, a venda de Roberto continua sem explicação, ok, já passou, e isto poderão dizer que são maus fígados de um portista para com o seu rival, aceito a eventual critica, mas não vou deixar de dizer o que penso.

E o que penso, é que o mistério, mais do que a entidade que comprou os direitos económicos, está em contrapartidas que na minha opinião ficaram contratualizadas nesta operação. Ou seja, o sr L.F.V, sabendo que lhe daria um grande capital de crédito sair do "berbicacho" Roberto, conseguiu uma operação bem sucedida à primeira vista, mas que mais mês menos mês, terá a demonstração de que teve contrapartidas, e essas podem ser ou percentagens de passes de jogadores alienadas, ou transferências de direitos sobre jogadores, ou ainda algum negócio onde a empresa que comprou Roberto vai "repescar" o investimento na compra de Roberto.

Invenções, e total imaginação fértil, dirão, pois, mas no futebol, como na vida, não há milagres, e negócios tirados da cartola, não existem, como se diz em linguagem popular - não há almoços grátis, e um jogador que teve um impacto negativo tão mau, não pode, por passe de mágica, manter valor de um negócio, já de si, exagerado (8,5 milhões euros) e ter, ironicamente até um lucro de 100.000 euros, quem quiser acreditar, que continue a ser crente...