A Bola protege Benfica?

Em miúdo habituei-me a ver no jornal “A Bola” o melhor jornal desportivo português – competia com o “Record” e com o “Mundo Desportivo” - pela qualidade dos seus jornalistas e a boa documentação dos seus artigos. Tinha pena como sportinguista, que fosse tendencialmente mais vermelho que verde, puxava mais para o lado do Benfica. Mas até era compreensível já que nessa época em cada 10 Ligas o Benfica ganhava 7 e o Sporting as restantes 3. Essa geração de jornalistas passou, homens como Aurélio Márcio, Vítor Santos, Alfredo Farinha, Carlos Pinhão, etc, o Benfica passou a não ganhar ou a ganhar pouco (1 Liga nos úlimos 10 anos e sem qualquer triunfo – Liga, taça ou supertaça - nos últimos 5) mas o jornal agora menos compreensívelmente contínua tendencialmente pró-Benfica. Essa característica é todavia amenizada pela boa qualidade de alguns “colunistas”, alguns dos quais marcadamente clubistas (Fernando Seara, Santana Lopes, Daniel Reis ou Sousa Tavares, pela boa documentação de arquivo dos arquivos, pela boa qualidade gráfica e até por esse achado que é a colaboração com as produções fictícias.
Como sportinguista, e penso que também a generalidade dos que têm como clube as cores verde e azul, compro raramente o jornal, mas abria uma excepção ao sábado devido a 3 coisas: crónica de Rui Santos, crónica de Sousa Tavares e artigo do Visconde do Lumiar, esse personagem fenomenal das produções fictícias e que cujas crónicas gostava de ver publicadas em livro.
De Rui Santos posso dizer o seguinte:
1.Começo a ler o jornal pela sua crónica.
2.Critíca por vezes abertamente o Sporting e a sua direcção, e até o treinador Boloni, mas sempre correctamente e depois é bom sermos confrontados com opiniões fundamentadas, mesmo se críticas, sobre o “nosso” clube .
3.É um dos jornalistas desportivos com melhor capacidade de análise e isenção na imprensa portuguesa.
Espero que se se mantiver a situação Rui Santos entre rapidamente nas redacção de “O Jogo” ou do “Record”.
A dar-se o facto dos motivos da censura a Rui Santos se prenderem com a impossibilidade de criticar a política seguida pelo Benfica e pelo sua direcção. É triste e “A Bola” revela que mesmo seguindo uma tendência de cor vermelha, apenas representa os seguidores do actual poder dominante, o do “gestor”.
Quem não se lembra do nº de meses em que o casal Leonor Pinhão/João Botelho levou a lamber as feridas do apoio tão fundamentalista que deu a Vale e Azevedo? “A Bola” passará de orgão oficioso do Benfica (dos benfiquistas) para orgão oficioso da actual direcção do Benfica.

Eu sou dos leitores assíduos do jornal A Bola. Quanto às razões porque Rui Santos deixou de escrever prendem-se com a forma como tem aproveitado nos últimos meses a sua coluna opinião para estabelecer criticas a dirigentes, clubes, jogadores, falando de um pedestal, como se estivesse acima do resto da classe jornalistica, do retante mundo futebolistico.

Não li o editorial mas sei o que R.Santos escreveu. Sei que andava a partir de certa altura a puxar dos galões, falando da sua carreira que justificaria, cada abuso, cada excesso. Quando se começa a puxar dos galões... As principais razões porque deixou de escrever, são claras. Não têm a ver com o Benfica. Basta ter lido as crónicas que ele escreveu recusando-se a tratar JN Pinto da Costa pelo nome, tratando-o de "pai de Alexandre Pinto da Costa, sendo deselegante, falando num tom pessoal e não como quem escreve numa coluna pessoal. Não estava a ser pago para fazer ataques pessoais nos quais se tornou useiro e abuseiro... Antes tinha dito que não possuía medo de Pinto da Costa e escreveu uma série de inverdades sobre o FCP, ao qual o presidente do FCP respondeu com uma missiva dirigida a Vitor Serpa, criticando a falta de respeito e ataques pessoais do "sobrinho do grande Vitor Santos...", o que daria origem aos ataques pessoais que deram origem ao encerramento da sua coluna de opinião que tinha decaído de qualidade já há uns tempos...

Para o Rui Santos, serve aquela fábula do sapo que inchou tanto para ser um boi que acabou por rebentar... Tanta arrogância e petulância não ficaram impunes para bem do prestigio do grande jornal que é a Bola, muito acima dos egos pessois de jornalistazinhos que vivem à sombra do trabalho feito num passado já longinquo e da fama da familia para permanecer numa senda de ataques personalizados, que fez a LFV, Jardel, Pinto da Costa, João Loureiro... enfim esqueceu-se que era jornalista...

os artigos que foram censurados? e de quem?

Não é nABola que o Miguel Sousa Tavares tem uma coluna semanal?? Não me digam que ele também é do Benfica ... zzz zzz

Cumps

Posso até por vezes não concordar com aquilo que ele escreve mas que é um grande jornalista disso não tenho dúvidas...

Aliás considero-o o jornalista que com mais autoridade poderá falar sobre a NOSSA seleção por ter sido o jpornalista que os tem acompanahdo a nível nacional e internacional desde a tenra idade da maioria dos jogadores que a compoem...

Rui Santos na minha opinião será sempre uma voz que fala com autoridade e sapiencia...

p.s. - Esta tomada de posição de o jornal A BOLA apenas vem contrariar a tese de que ele era benfiquista...ou melhor que não seria isento...

Pena é não ve-lo a fazer a crónica a jogos da I Liga...

é necessário ver as coisas pelos dois prisma.

Se eventualmente por um lado o jornal "A Bola" eleva as qualidades do Benfica em alturas boas (porque acho que tivemos alturas muito boas este ano), não deixa de ser verdade que por outro lado o mesmo jornal é dos mais acérrimos críticos em alturas de maior crise... Lembro-me de ler este ano nesse mesmo jornal coisas do genero "o plantel tem 1 ou dois jogadores de qualidade"...

De qualquer modo acho que esse estigma tem vindo a desaparecer.. pois a diferença é notória para os anos 80's, por exemplo..

Eu acho ainda mais errado o jornal O Jogo ter conteudos diferentes (penso que não é só a 1ª página) para o norte e para o sul. Apesar de saber que isso se deve sobretudo a Markting/Vendas, nós cá em baixo nunca sabemos que boatos correm aí em cima :) (e vice-versa, claro)

cumps,
.g0ga