Benfica: Valter Marques esclarece incidentes ocorridos na AG

A Assembleia Geral do Benfica terminou, esta quinta-feira, repentinamente, devido a alguns incidentes provocados por alguns adeptos "encarnados". Valter Marques explica, em declarações à Antena 1, que tal aconteceu apenas depois de o presidente da AG, dr. Vilarinho, ter concedido meia hora para «discussão de assuntos internos do clube e perguntas à direcção», altura em que se desencadeou «uma grande algazarra», tornando-se impossível a continuidade dos trabalhos. Apesar de tudo, o objectivo da AG foi atingido, tendo sido aprovado o «orçamento de contenção» para a próxima época.



A reunião do Benfica, que decorreu ontem à noite no Pavilhão da Luz, em Benfica, tratava-se, de acordo com Valter Marques, de «uma assembleia muito simples, embora dedicada a um assunto muito importante que era o orçamento das actividades do clube para o próximo ano». Conforme já tinha sido noticiado, «esse orçamento foi aprovado por maioria».

No entanto, Valter Marques atenta que, já nesta altura, «havia de facto um grupo de associados que estavam excitados e que tinham o objectivo de discutir outros assuntos».



Em causa estavam alguns elementos das claques do Benfica que reclamavam a ajuda do clube para se tornarem legais. No entanto, a direcção não acedeu a muitos dos pedidos e, como consequência, começou aquilo que Valter Marques considerou ser «uma grande algazarra» que impossibilitou a continuidade dos trabalhos «com normalidade».

O presidente Luís Filipe Vieira escusou-se a responder às perguntas do referido grupo de associados, «dado o enorme barulho e o tipo de linguagem e agressão de que estava a ser vítima», o que terá causado os incidentes já no exterior do recinto. O líder dos "encarnados" teve mesmo de ser escoltado pela polícia até ao parque de estacionamento do estádio, sempre com vários adeptos a insultarem a direcção do clube da Luz e a reclamarem a legalização das situações das claques vermelhas e o apoio do clube.

O certo é que o que aconteceu esta quinta-feira acabou por ser a gota de água de uma situação que já se arrasta há muito tempo.




Imagem: Lusa