Benfica 3-1 Fenerbahçe: na final com toda a justiça!

O Benfica está com todo o mérito numa final europeia, depois de vencer esta quinta-feira o Fenerbahçe por 3-1, numa noite inspirada em que Cardozo esteve em evidência. 23 anos depois, Jorge Jesus repete o feito de Sven-Goran Eriksson, que em 1990 levou os encarnados à final da Taça dos Campeões. O resultado, esperam os portugueses, será diferente desta vez.

Aconteça o que acontecer no próximo dia 15, quando os encarnados medirem forças com o Chelsea na final de Amesterdão, o Benfica já deixou uma boa imagem da sua força e da qualidade do futebol português nesta edição da Liga Europa. O jogo desta quinta-feira foi disso exemplo. A equipa mostrou, se dúvidas houvesse, que é muito superior ao adversário e que mais golo menos golo iria vencer.

Poderia e deveria ter vencido por mais golos, é verdade, tamanha foi a superioridade evidenciada pelo Benfica perante o seu público. O jogo teve apenas um sentido: o da baliza adversária. Do Fenerbahçe, órfão de Raul Meireles, pouco se viu além de uns fogachos de Moussa Sow.

O Benfica entrou a matar e empurrou o adversário para a sua grande área desde o primeiro minuto. Com Lima, Cardozo e Gaitán em destaque nos primeiros minutos, a aparecerem em toda a largura da frente de ataque, foi o argentino o primeiro a fazer saltar de alegria os milhares de adeptos da casa. Lima assistiu e Gaitán marcou um ótimo golo com o pé esquerdo.

Estava feito, e rapidamente, o que parecia mais difícil e adivinhava-se, até, o segundo golo que colocaria o Benfica em vantagem. Mas uma mão na bola de Garay na grande área (que existiu, embora tenha sido precedido por um fora de jogo) deu aos turcos o empate, que ameaçava ser comprometedor.

O Benfica sentiu o golo e durante cerca de 10 minutos baixou o ritmo de jogo. Assistiu-se a uma fase pouco bonita, com muitos choques, quedas, reclamações e pouco futebol. Mas Cardozo provou que é um jogador para os grandes momentos. O tacuara devolveu a esperança à sua equipa aos 35 minutos. Enzo marcou um livre, Cardozo rodou e rematou de primeira. Mais um bom golo que fez saltar Jorge Jesus.

A segunda parte foi em tudo idêntica à primeira. O Benfica entrou com todo o gás, consciente de que mais um golo bastava para esta equipa entrar na história. Mas apesar da pressão intensa, e dos muitos remates, a tarefa estava difícil.

Teve de ser Cardozo a tirar mais um coelho da cartola, aos 66 minutos, numa jogada que começou em Salvio e passou por Lima e Luisão, até chegar ao paraguaio, que bateu pela segunda vez Demirel.

O Fenerbahçe estava vencido e convencido. Até final, os turcos pouco ou nada fizeram, apesar do chuveirinho nos últimos minutos que fez sofrer os adeptos encarnados – e apesar das constantes más decisões do árbitro francês Stephane Lannoy. Muito, muito fraco.

O apito final desencadeou uma onda de euforia pelo estádio. É uma final europeia há muito desejada.

Agora, que venha o Chelsea. Os ingleses são em teoria favoritos. Mas uma final é sempre imprevisível. Que o diga o Chelsea, que venceu a época passada a Liga dos Campeões quando ninguém acreditava.