A batalha campal de Braga | Relvado

A batalha campal de Braga

Ou os clubes agem de forma coletiva e com mão firme, ou irão perder adeptos no futuro.
 
Bola na baliza
sxc

Foi em Braga que aconteceu aquilo que pensei que nunca veria: adeptos do Braga a fazerem uma autêntica investida militar sobre os adeptos do Paços de Ferreira, com estes desesperados a refugiarem-se para fora do estádio em pânico. Perdão... utilizei a expressão adeptos, mas deveria, se a direção me permite a palavra, referir-me a estes pseudoadeptos como energúmenos.

Mas estes energúmenos não são só apanágio do Braga, todos os clubes em Portugal os têm. O Benfica tem, o FC Porto tem, o Sporting também os tem. A questão não é clubística, porque todas as sociedades, e a portuguesa não é exceção, os têm - e não é por se ser de determinado clube de futebol que faz de alguém melhor ou pior pessoa.

Em vez de individualizar o clube onde acontecem estes atos bárbaros, a questão é mais como evitar estes acontecimentos, como evitar que alguém morra num jogo de futebol com um very light, porque um energúmeno se lembrou de levar esta arma para uma festa, como evitar que alguém seja esfaqueado só porque a equipa do esfaqueador perdeu, ou como evitar que um jogador, após algum feito desportivo, leve com algo na cabeça que o impossibilite de jogar durante um ano inteiro... todos os clubes têm deste tipo de pessoas infelizmente.

Para evitar estas situações, só vejo uma solução a longo prazo: a identificação de todos os adeptos à entrada do jogo com nome e número do cartão do cidadão; novas regras e rígidas (aqui sim, a rigidez é um imperativo) para todo e qualquer adepto que incorra nestes actos (perder o direito de ser adepto, ficando fora dos jogos)... e podíamos começar já por este exemplo, identificando aqueles seres que avançaram sobre os adeptos do Paços e fazer deles um exemplo com penas de prisão para todos eles e punição de não entrada em recintos desportivos durante 5 anos, por exemplo...

Como costumo dizer, quanto mais responsabilização sentida pelas pessoas, neste caso adeptos, mais eles se irão comportar de acordo com os parâmetros normais da sociedade. Porque este tipo de pessoas revelam uma cobardia individual contrastante com a valentia coletiva que revelam nestes momentos. Por isso, a chave é individualizar. Com as novas tecnologias não é assim tão dispendioso tirar uma fotografia para ficar ao lado da sua identificação.

Em conclusão: ou os clubes agem de forma coletiva, em bloco e sem divisões, já e com mão firme sobre o que aconteceu, ou irão perder no futuro adeptos e assim dinheiro, que já é tão escasso.

I Liga:

Comentários [8]

Seleccione a sua forma preferida de visualização de comentários e clique "Guardar configuração" para activar as suas alterações.

+1 Parabens!

+1

Parabens!

Concordo

plenamente. É tudo uma questão de mentalidade. Não se pode admitir que um adepto do Benfica, não sou supeito porque até sou sócio, entre no terreno de jogo e agrida um auxliar.E que não possa entrar nesse campo somente mas o posssa fazer noutros estádios. Não se pode permitir que entrem bolas de golfe, petardos ou seja o que for dentro dos campos. Não se deveria admitir mentalidades retrógadas, transmitidas por Presidentes como Pinto da Costa, Luis F. Vieira, Salvador ou outros, que, na maior parte das vezes só contribuem para inflamar ainda mais e incendiar os ânimos d emuitos mais fracos de espirito e embebidos num fanatismo clubistico bacoco. Em Inglaterra, hooligans, talvez noutras partes das cidades, não nos arredores do campo nem no recinto em si. Por lá, essas atitudes são reprimidas e duramente castigadas. Por lá, os primeiros a dar o exemplo são os próprios clubes, expulsando de sócios os transgressores ou impedindo o seu acesso aos jogos da sua equipa d epaixão por periodos longos de tempo. Por lá, as apresentações periódicas, em dias de jogos, nas esquadras são vistas com atenção. Por lá o exemplo vem de cima. Que as claques são um reflexo da sociedade não deixa de ser uma verdade. Mas, quando se glorificam criminosos, que outro nome não poderão ter, chefes de claques, que escrevem livros ou se gabam das atividades ilicitas; quando se lhes dá cobertura entregando-lhes bilhetes para que eles possam depois revender com lucros enormes; quando os mesmo traficam drogas e armas e albergam nas suas fileiras assaltantes e outros de tal espécie e, com a anuência cândida de presidentes e dirigentes, os deixam fazer oq eu fazem sempre que querem, nada irá mudar.

Sim é verdade, referi os casos mais mediáticos

a facada até foi uma adepto do Porto a uma adepto do Sporting há uns anos atrás... porque o objectivo do artigo é mesmo esse, não atribuir a culpa a A, B ou C... todos são culpados... porque todos comparticipam as claques e todos gostam de ter essa espécie de braço armado para apoiar a equipa em qualquer estádio...

Mas, também não quero que a rivalidade clubística esmoreça, eu penso que é possível mantê-la, penalizando individualmente os seres patéticos protagonistas da violência... como eu digo sempre em qualquer área, que o que falta à Sociedade portuguesa é mais responsabilidade individual nos seus actos e dou-te alguns exemplos:

- Um polícia é apanhado em qualquer fraude, e é penalizado com multa, com uma transferência, até quiçá com algum tempo de prisão militar, mas não é despedido, ou raramente o é... ou seja, um tipo que a sua função é fazer cumprir a lei, ele próprio a infringe e deixam-no voltar para o trabalho... este individuo se existisse responsabilidade individual em Portugal era logo demitido sem direito a indemnização...

- Militares, antigamente havia muito aquela coisa dos subornos para as pessoas não irem à tropa... sei de um caso em que o tipo andou toda a vida a receber deste expediente, quando estava quase na reforma foi apanhado, fez algum tempo de prisão militar, que aquilo mais parecia um hotel, e no final reformou-se sem perder qualquer valor na reforma...

- acontece qualquer tragédia e tu vês que em Portugal nunca ninguém é responsável de nada, tu viste em Entre os rios, alguém tinha que ir para a prisão por incompetência...mas o grande resultado daquilo foi a saída do Coelho para a empresa privada que foi...

Portanto, se as pessoas fossem mais responsabilizadas, se por exemplo, alguém metesse uma cunha para o filho de alguém entrar em qualquer lado e se descobrisse essas pessoas ambos fossem imediatamente despedidos, se não estivessemos sempre a ser complacentes com este e aquele, e se as pessoas em termos culturais soubessem, que os seus actos terão consequências graves, e as responsabilidades dos mesmos fossem bem claras... podes ter a certeza que a corrupção não acabaria mas abrandaria vertiginosamente, e neste caso concrecto se as pessoas, soubessem que o seu nome estava dado, ou seja, sabiam que poderiam ser penalizados, como tal, o medo seria a grande força policial dos estádios...

Mas, como disse, tudo o resto é verdade do que referiste...

Nunca pensei ser possivel...

...Mas acabo de ver alguem defecar pela boca...

Ps...isto é resposta ao energumeno caniggia, e não ao autor do artigo...

Se há coisa que mete nojo ...

... é a hipocrisia. Até o Braga ser alinhado com um determinado clube, que por acaso até é o mesmo do autor deste artigo, nunca havia este tipo de incidentes. A fórmula mágica do clube "bem organizado", "estruturado", etc, envolve necessáriamente violência, pois é uma estratégia de guerrilha.

E agora vem este autor com um discurso todo bonito da anti-violência quando já andou por aqui a publicar artigos a bajular o seu presidente que é um dos principais responsáveis pela tensão e consequente violência que existe hoje no futebol português.

Este autor devia era explicar como é que com pinto da costa, o seu ídolo de integridade, iria conseguir com que os clubes se unissem para acabar com este estado de coisas.

:)

:)

:)

Mas o meu sorriso é pelo facto de eu constatar o seguinte: Se eu não tivesse feito um comentário ao seu artigo, quantos relvas teriam comentado o seu artigo?

Para pensar e não para responder

:)

:)