Trapattoni faz um balanço positivo da sua estadia no Benfica mas critica arbitragem

A paragem na SuperLiga foi aproveitada pela quase totalidade dos "actores" da mesma para gozar um curto período de férias. Giovanni Trapattoni não foi excepção e está, desde a semana passada, em Itália, mas nem isso o impediu de falar de futebol.
Numa entrevista publicada ontem no jornal «La Gazzetta dello Sport», Trap fez um balanço positivo dos seis meses passados em Portugal, embora não tenha deixado de falar da arbitragem portuguesa.
O ex-seleccionador italiano mencionou um «lapso» à arbitragem lusitana: o de, no jogo contra o FC Porto, não ter sido validado um golo a Petit, na sequência da defesa, polémica, de Vítor Baía.
Comparando a arbitragem portuguesa com a arbitragem em Itália, o treinador dos encarnados disse ainda: «Não é como na Alemanha, onde quase não existe o replay, mas em Portugal fala-se menos. Um episódio grave extingue-se em poucos dias. Não é como em Itália, onde não se fala durante meses, mas sim durante anos.»
Quando confrontado com o desânimo dos adeptos sobre a carreira do Benfica, Trapattoni mostrou-se optimista: «Sinto-me bem, estamos em segundo lugar, a um ponto do FC Porto, roubaram-nos um golo clamoroso e ficou um penalty por marcar no confronto directo. Continuamos na corrida em três competições, incluindo a Taça UEFA. Infelizmente, Nuno Gomes lesionou-se e outros estão KO. É verdade que ouvi alguns assobios, mas nenhuma contestação fora do campo. É preciso tempo, mas estou optimista».
A fechar esta entrevista, Giovanni Trapattoni explicou as razões que o levam a manter-se no activo, apesar de a idade não lhe permitir trabalhar em Itália. «Dá-me prazer dar corpo às ideias. Tenho ainda amor pelo futebol aos 65 anos. Em Itália, a idade é uma desvantagem. No estrangeiro, pelo contrário, a idade e o sucesso dão respeito e propostas de trabalho...».