Oliveira não se demite, entrega-se a Madaíl...

Eleições antecipadas na FPF
Entretanto serão igualmente marcadas eleições antecipadas para a liderança do
organismo máximo do futebol luso. De notar que o sufrágio estava
inicialmente marcado para Novembro.
No processo eleitoral, cuja data ainda não foi anunciada, antevê-se uma provável
disputa nas urnas entre Gilberto Madaíl e António Boronha que se
demitiu da vice-presidência da FPF. Este foi mesmo o efeito mais drástico da
reunião de ontem, juntamente com a mediatização definitiva do conflito
entre o membro demissionário e Madaíl. E os dois dirigentes deixaram em aberto a
possibilidade de se candidatarem.

Boronha contra Oliveira e Madaíl
Boronha saiu da reunião de
ontem volvidos apenas 20 minutos do seu início para anunciar a sua demissão,
tendo alegadamente deixado aos seus pares um relatório considerado «explosivo» nos media sobre as falhas da participação portuguesa no Mundial do Oriente. Relatório esse que
Madaíl diz, em declarações recolhidas pela SIC Notícias, ter algumas
inverdades. E sendo assim o ex-vice-presidente da FPF desafia, na mesma
estação, o presidente a publicá-lo. Ao que Madaíl contrapõe garantindo que o
fará, logo após o ter analisado e contestado as tais inverdades...

Boronha revelou ainda à SIC Notícias que no seu relatório sublinha que
este seleccionador não serve, acrescentando que o insucesso do Mundial se
deve aos erros do seleccionador nacional e do senhor presidente da
Federação. Falando em circos romanos e em julgamento
interno da sua pessoa e referindo-se a Madaíl como um Nero, e falando
dele próprio e de Oliveira como os seus gladiadores, Boronha considera
ainda que foi preciso arranjar um bode expiatório, nada mais nada menos
do que ele. A Madaíl deixa ainda o recado: está à frente de um beco sem
saída...

Madaíl contra Boronha
Mas para Madaíl as culpas vão todas para Boronha. Quem se demite é por que
tem culpas, assim considera o líder da FPF em declarações à SIC
Notícias. O presidente acusa Boronha de já ter criado problemas com Humberto
Coelho após o Euro 2000 e coloca-se ao lado de António Oliveira. Madaíl frisa
que no contrato do seleccionador nacional o objectivo principal era a
qualificação para o Mundial, algo que foi conseguido, conforme refere.