Ligas poderão parar por falta de árbitros

A Lei de Bases do Desporto e o Regulamento Disciplinar da LPFP obrigam membros da Comissão de Arbitragem, árbitros, auxiliares e observadores a apresentarem declarações de património, rendimentos e actividades susceptíveis de incompatibilidades com a actividade no domínio futebolístico. Porém a larga maioria dos elementos dos quadros da primeira categoria nacional não cumpriu a norma estabelecida, alegando inconstitucionalidade da Lei pelo facto de os restantes agentes desportivos não estarem obrigados à mesma medida. António Sérgio, o presidente da APAF, a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, esclarece na Rádio Antena 1 que «os árbitros não entregaram as declarações porque contestaram as respectivas notas de culpa e entregaram um parecer jurídico, da autoria do Dr. José Manuel Meirim, sobre o assunto».A contestação dos homens do apito arrasta-se desde a época passada, tendo a LPFP optado por congelar os processos disciplinares abertos na temporada 2005/2006 de modo a que as Ligas prosseguissem até ao seu término. Do mesmo modo continuaram na gaveta esses procedimentos até agora para que os campeonatos começassem com normalidade. O Registo de Interesses deve ser feito no começo de cada época desportiva até 30 de Agosto, devendo a consequente actualização ser entregue até 30 de Junho. Com a retoma dos processos disciplinares por parte da CD fica fixada a data de 30 de Setembro para que os árbitros entreguem as declarações, se não o fizerem ficam automaticamente suspensos até efectivarem o devido Registo de Interesses.Susana Valente