Pequim 2008: Para Moniz Pereira castigo não devia ter sido para Fortes

Continua a polémica com o comportamento dos atletas portugueses nos Jogos Olímpicos de Pequim. Marco Fortes fala de «uma grande injustiça» pelo tratamento de que foi alvo por parte do Comité Olímpico de Portugal (COP) e Moniz Pereira diz que «houve um atleta» que não o lançador de peso do Sporting «que devia ter sido enviado para casa», mas escusa-se a revelar o seu nome.




Moniz Pereira surgiu ao lado de Marco Fortes numa conferência de imprensa em Alvalade para lamentar que «esta deve ser a primeira vez, na história das participações portuguesas em Jogos, que um atleta é mandado para casa por se portar mal». O "vice" leonino atira ainda que «se todos os atletas do Sporting tivessem a dedicação ao Clube, ao treino e o profissionalismo do Marco, seria um homem muito mais feliz».

Marco Fortes teve que antecipar o seu regresso a Lisboa por indicação do COP depois de ter dito, após a sua eliminação na prova de Lançamento de Peso, que «de manhã só se está bem é na caminha». O atleta diz que se expressou «mal»
e lamenta que «aprende-se mil vezes mais com as coisas más do que com as coisas boas».

«Não tive problemas com doping, não tratei mal ninguém, não agredi ninguém e não desprestigiei o país, daí achar que foi uma grande injustiça o que se passou comigo», constata ainda, confessando que está «muito magoado».

Quando questionado sobre se a decisão do seu regresso terá sido tomada por Vicente Moura, presidente do COP, Marco Fortes nota que não sabe e que só o viu «uma vez durante os nove dias» que esteve em Pequim.

Sobre a possibilidade de sofrer represálias pela sua posição pública diz que não tem medo, até porque alega que «praticamente não existiu» qualquer apoio financeiro na sua preparação para as Olimpíadas de Pequim, lamentando que «500 euros durante seis meses não são grande apoio».