Portugal-Brasil: Queiroz e Dunga prometem equipas de ataque

«Quem joga para o empate, perde». Palavras de Carlos Queiroz que promete uma Selecção portuguesa a jogar ao ataque frente ao Brasil, na última jornada do Grupo G do Mundial da África do Sul, para «tentar ganhar o jogo». Carlos Dunga garante o mesmo, frisando que à canarinha exige-se sempre que ganhe.




O Brasil já está qualificado para os oitavos-de-final do Mundial, mas nem assim o seleccionador da equipa vai apostar na contenção. «Independentemente dos jogadores que entrarem, o Brasil tem que jogar para ganhar», frisa Dunga que não pode contar com Kaká, a cumprir castigo, nem com Elano, lesionado.

Na equipa portuguesa Deco é "baixa" devido a problemas físicos e Queiroz admite «fazer algumas adaptações», até porque «o Brasil não é a Coreia do Norte», repara o seleccionador das quinas em relação ao adversário que Portugal goleou por 7-0.

Certo é que Cristiano Ronaldo vai estar no onze, não sendo poupado pelo treinador, apesar do cartão amarelo que carrega e que, somado a outro, o afastará do próximo jogo no torneio. E Queiroz frisa que o jogador do Real Madrid não tem que ter «nenhuma recomendação, só tem que jogar como no jogo onde viu o cartão amarelo», aponta, retomando a crítica a essa admoestação que já antes considerou injusta.

Na memória de portugueses e brasileiros está a goleada de 6-2 sofrida pelas quinas em Gama, Brasília, mas os dois treinadores fazem questão de notar que «o que passou, passou», conforme aponta Dunga. «Já quase não sei onde fica Gama», sustenta Queiroz, frisando que foi um jogo disputado «em circunstâncias especiais» e que não se pode «viver do passado». De resto o professor lembra que «entretanto tivemos 21 jogos sem sofrer golos», notando que a equipa lusa tem agora «um equilíbrio mais sólido».

O jogo está marcado para as 15 horas de Portugal Continental, à mesma hora joga-se o Costa do Marfim-Coreia do Norte com os africanos ainda com hipóteses de qualificação, caso Portugal perca com a canarinha. Mas mesmo nesse caso, os "Elefantes" têm que golear os asiáticos para seguirem em frente, já que têm uma desvantagem de nove golos relativamente a Portugal.

Sven-Goran Eriksson, seleccionador dos costa-marfinenses, fala de uma missão «muito improvável, mas vamos tentar», sustenta. «Não nos vamos lançar como loucos no ataque e gastar as nossas forças todas aí, vamos tentar desenvolver o nosso jogo e, evidentemente, tentar atacar», conclui.