Scolari explica que FPF não paga tanto como o Chelsea

Luiz Felipe Scolari assegura que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) fez tudo para que ele continuasse na Selecção das quinas, mas não
há dinheiro para igualar a proposta do Chelsea. Na Suíça, na conferência de imprensa de antecipação do jogo de domingo contra os helvéticos,
o ainda seleccionador de Portugal salienta que Gilberto Madaíl ainda tentou arranjar «auxílio junto de alguns patrocinadores», mas não foi
possível alcançar os «números» da oferta de Roman Abrahmovich.



Numa breve declaração, antes de responder às perguntas dos jornalistas, Scolari tratou de esclarecer que as suas negociações com o Chelsea
decorreram com o conhecimento da FPF. O treinador diz ainda que «o presidente da Federação Portuguesa procurou auxílio junto de alguns
patrocinadores e não conseguiu que tivéssemos uma condição futura muito próxima daquilo que eu consegui com o Chelsea», aponta.
«O presidente fez o seu possível, eu fiz o meu possível e o assunto está encerrado», repara.


Scolari assegura ainda que o anúncio do acordo com o Chelsea «não vai mudar em mais nada» a vida da Selecção portuguesa no Euro 2008
e fala do desejo de deixar Portugal com uma vitória no torneio, apontando que pelo que vê dos seus atletas pode «acreditar» nisso. E
«se Portugal for derrotado eu sou o responsável sempre», nota

Antes de passar a palavra aos jornalistas, onde foi respondendo monocordicamente com «sim» ou «não» sempre que o tema era o Chelsea,
Felipão também aponta que mantém o «carinho pelo povo e pelas pessoas» e sublinha que ele e Madaíl vão «continuar grandes amigos e
sempre a torcer um pelo outro».

Sobre o jogo com a Suíça, apenas para cumprir calendário, uma vez que Portugal já está nos quartos-de-final e os helvéticos já estão eliminados,
Scolari confirma que vai poupar jogadores, justificando que «temos um saldo no banco para podermos usar». O
treinador admite fazer «5 ou 6 substituições», considerando que «confia plenamente em todos os atletas», mas notando que
pretende manter a «estabilidade em alguns sectores» e «preservar jogadores de alguns possíveis erros».

Antes de Scolari, Nuno Gomes e Petit também falaram do último encontro das quinas na Fase de Grupos. O médio do Benfica assegura que, independentemente
de quem jogar, os atletas lusos «vão fazer tudo para terminar o Grupo com três vitórias». E o avançado encarnado assegura que está
«tudo tranquilo» na Selecção, apesar do anúncio da saída de Scolari para o Chelsea. Sobre este assunto foram parcas as palavras.

Quanto às declarações de Eusébio, que disse que Portugal não tinha «um ponta-de-lança a sério», Nuno Gomes responde diplomaticamente, realçando
que «o King foi o maior do mundo» e que gostava de o ver a jogar na equipa das quinas.



Fotos: Lusa